A metonímia é uma figura de linguagem classificada como uma das figuras de palavra. Consiste na substituição de um termo por outro, sendo que existe uma ligação entre ambos. Continue lendo para saber mais sobre esse recurso linguístico.
Como mencionamos acima, a metonímia é uma figura de linguagem ou de palavra que se caracteriza pela substituição de um termo por outro. Os dois termos em questão apresentam uma relação que torna a troca plausível. Dessa forma, pode ocorrer a substituição:
Assim como a metonímia, a metáfora, também é uma figura de linguagem classificada como figura de palavra. Contudo, as duas têm como principal diferença o fato de que a metáfora faz uma comparação implícita no enunciado.
Exemplo de metáfora:
“O livro é um paraíso” – a comparação é feita de forma implícita no enunciado.
Exemplo de metonímia:
“Comprei um Cézanne.” – Não há comparação e sim uma substituição. Fica evidente que o sujeito comprou um quadro do pintor Paul Cézanne (1839-1906) e não o pintor.
A sinédoque, por sua vez, é um tipo específico de metonímia. Nesse caso, a substituição dos termos tem relação com o conceito de extensão, como a parte pelo todo e não por analogia. Um exemplo é a substituição do autor pela obra.
Exemplo de sinédoque:
“Li Machado de Assis enquanto estava na escola e me encantei”.
Nesse exemplo, a frase poderia ser “Li a obra de Machado de Assis…”. Contudo, da forma como está escrito conseguimos entender o que está sendo dito. Esse é um tipo comum de sinédoque.
Outro exemplo:
“Luara tem uma alma simples e comprometida com os outros”.
Nessa frase fica claro que Luara é uma pessoa simples e comprometida com os outros, mas isso é dito usando a sinédoque. Ao invés de falar da pessoa como um todo, se fala sobre a sua alma, uma parte pelo todo.
Exemplos de metonímia
Abaixo apresentaremos os principais tipos de metonímia que existem.
“Descobriu que Julia é um coração duro e cheio de egoísmo”. / “Descobriu que Julia é uma pessoa dura e cheia de egoísmo”.
“Li José de Alencar, pela primeira vez, aos 13 anos de idade”. / “Li um livro de José de Alencar, pela primeira vez, aos 13 anos de idade”.
“Tomou uma garrafa de vinho durante o jantar”. / “Tomou todo o vinho da garrafa durante o jantar”.
“O espanhol é animado”. / “Os espanhóis são animados”.
“Clarice sabe que vou ao barbeiro todas as sextas-feiras, mas disse que não avisei aonde ia.” / “Clarice sabe que a barbearia todas as sextas-feiras, mas disse que não avisei aonde ia”.
“João não gostava de champanhe, ele preferia cerveja.” / “João não gostava do vinho produzido na região de Champagne, na França, ele preferia cerveja”.
“Use a cabeça e resolva seus problemas sozinho”. / “Use a inteligência e resolva seus problemas sozinho”.
“O bebê aspirou a vida pela primeira vez”. / “O bebê aspirou oxigênio pela primeira vez”.
“Luzia é uma volante de primeira”. / “Luzia é uma motorista de primeira”.
“Tenho uma bandeira necessária e justa”. / “Tenho uma luta necessária e justa”.
“Carlos realizou seu sonho e comprou uma Ferrari” / “Carlos realizou seu sonho e comprou um carro da marca fundada por Enzo Ferrari”.
“Os gregos adoravam os imortais do Olimpo”. / “Os gregos adoravam os deuses do Olimpo”.
“Encha a garrafa e não desperdice nenhuma gota do suco”. / “Encha o recipiente e não desperdice nenhuma gota do suco”.
“Hoje encontramos mais um Picasso”. / “Hoje encontramos mais um pintor/artista”.
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