O Ciclo do Ouro no Brasil se deu no século XVIII e a economia estava concentrada na mineração de ouro e pedras preciosas. A partir da descoberta de ouro no interior pelos bandeirantes paulistas teve início uma série de mudanças econômicas, políticas, culturais e sociais no Brasil Colônia.
Durante o século XVIII, houve um período em que a atividade econômica mais relevante do país era a mineração de ouro, esmeraldas e diamantes. Essa fase ficou conhecida como Ciclo do Ouro e foi determinante para o processo de interiorização do país.
As atividades mineradoras ficaram concentradas nos atuais estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Foi um período de desenvolvimento de modelos econômicos, políticos, sociais e culturais que impactaram o sistema colonial e a vida na colônia.
O contexto histórico do início do chamado Ciclo do Ouro foi o das bandeiras. Essas expedições paulistas entravam no interior do país, até aquele momento inexplorado. Dentre os objetivos dessas expedições estavam:
Devido ao modelo de exploração açucareiro, Portugal, até o século XVIII, limitou a sua ocupação ao litoral do país. Essas riquezas foram encontradas com a realização das chamadas “bandeiras de prospecção”.
O bandeirante Borba Gato encontrou ouro no rio das Velhas (território do atual estado de Minas Gerais), em 1695. Nos anos seguintes, foram encontradas mais reservas de ouro, assim como esmeraldas e diamantes. As fontes de metais e pedras preciosas estavam presentes nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.
O ouro encontrado em Minas Gerais era de aluvião, ou seja, aquele que fica depositado em leitos e margens de rios em pequenas concentrações. Em outras palavras, era um ouro de fácil exploração, mas que acabava rápido.
Foi encontrado ouro também em minas (galerias subterrâneas), porém, nesse caso a exploração era limitada. O que acontecia é que quanto mais os trabalhadores adentravam as minas mais a água as inundava. Chegava num certo ponto em que a exploração ficava inviável.
Compunham o grupo de exploradores do ouro:
A mineração do Ciclo do Ouro gerou a demanda da construção de toda uma infraestrutura em termos de alimentação, transportes, hospedagem e comércio. O trabalho pesado nas lavras e minas era realizado por escravizados africanos.
O Ciclo do Ouro teve grande importância social, política e econômica para o Brasil.
Assim que a notícia da descoberta de ouro chegou a Portugal foram criadas medidas para taxar e controlar a produção. Os mineradores pagavam altos impostos sobre a sua produção. O destaque fica para o Quinto, equivalente a 20% de todo o ouro produzido.
Os recursos gerados, porém, não foram acumulados e nem investidos por Portugal, eles foram gastos em relações comerciais com a Inglaterra. Nesse período, algumas manifestações artísticas se difundiram em decorrência do Ciclo do Ouro como o Barroco, por exemplo.
O controle da exploração do ouro gerou uma série de conflitos como a Guerra dos Emboabas e a Inconfidência Mineira.
A disputa pelo monopólio da exploração do ouro, entre paulistas e forasteiros (que eram chamados de emboabas) foi a motivação desse conflito. Os paulistas foram derrotados e Portugal ampliou o seu controle da região. Foi criada em 1709, a capitania de São Paulo e Minas do Ouro. Em 1720, foram desmembradas em duas: São Paulo e Minas Gerais.
Esse foi o conflito de maiores proporções do período do Ciclo do Ouro. Quando Portugal ameaçou cobrar os impostos atrasados, foi criado um ambiente de grande tensão em Vila Rica (atual Ouro Preto).
Os membros da elite local passaram a conspirar para colocar uma revolta em prática. Eles estavam influenciados por ideais liberais iluministas, desejavam a independência de Minas Gerais e um governo republicano.
Antes de ser iniciado, o movimento foi denunciado e os responsáveis receberam punições como exílio. Tiradentes, membro do movimento que não pertencia a elite, foi usado como exemplo sendo punido com a morte e esquartejamento público.
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