Fordismo: saiba o que é e quais são suas características

O sistema de produção conhecido como fordismo foi desenvolvido por Henry Ford, nos Estados Unidos. Esse modelo foi pensado para potencializar a produtividade da indústria automobilística e reduzir os seus custos. Devido aos seus benefícios foi adaptado e utilizado em outros segmentos da indústria. 

O que é fordismo?

Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, nos Estados Unidos, desenvolveu um modelo de produção industrial que se tornou conhecido como fordismo. A automação de processos industriais é a principal característica desse modelo. 

O objetivo central dessa estratégia é aumentar a produtividade da fábrica, ao mesmo tempo em que reduz os custos produtivos. Um exemplo da implementação desse modelo de produção é a instalação de esteiras rolantes mecanizadas nas linhas de montagem. 

Como o fordismo surgiu? 

O fordismo surgiu no contexto da Segunda Revolução Industrial. Esse processo ocorreu, a partir do final do século XIX, nos países de maior desenvolvimento econômico do mundo. O avanço da industrialização tornou essencial a criação de técnicas que:

  • Oferecessem qualidade produtiva;
  • Tornassem a produção mais rápida;
  • Reduzissem custos. 

Como resposta a essas necessidades foram desenvolvidos modelos de produção industrial para o período. O primeiro modelo foi criado por Frederick Taylor e recebeu o nome de taylorismo. A lógica desse sistema era realizar o trabalho fabril de forma diretamente relacionada ao tempo das máquinas. 

Esse sistema tinha como principal objetivo incentivar a produtividade e reduzir o desperdício de materiais. O fordismo foi desenvolvido logo após o taylorismo e recebeu influência direta desse modelo. 

O fordismo na Ford Motor

Henry Ford criou o modelo fordista no começo do século XX, nos Estados Unidos, para aplicar na Ford, fabricante de automóveis. As técnicas utilizadas nesse modelo foram desenvolvidas a partir do modelo taylorista e objetivavam fomentar a produtividade na fábrica. 

Esse sistema contribuiu para o aumento da produção de bens manufaturados e barateamento dos processos industriais por meio da automação. O modelo fordista foi aplicado na linha de produção das fábricas da Ford, na cidade de Detroit, nos Estados Unidos. 

Inspiração

O fordismo se mostrou um sistema de produção industrial muito eficiente e logo passou a ser empregado no fabrico de outros bens manufaturados. Inclusive, esse sistema foi usado como referência para o desenvolvimento do modelo toyotista, criado por Eiji Toyoda.

Características do fordismo

O modelo fordista foi inspirado pelo sistema taylorista, no entanto, possui características próprias. Abaixo apresentaremos as principais características inovadoras desse sistema. 

Automação da linha de montagem

Uma das inovações mais interessantes do modelo fordista foi a criação da esteira automatizada. Esse item era usado para auxiliar o transporte de matérias-primas no decorrer da linha de produção. Assim o trabalho das máquinas e dos operários era facilitado. O uso da esteira reduz o tempo de produção. 

Trabalhadores especializados

No sistema fordista, o trabalho era bastante especializado, cada profissional da linha de montagem realizava apenas uma tarefa. O objetivo da especialização era aumentar a produtividade, pois os trabalhadores se mantinham concentrados em uma única atividade. 

Controle de qualidade como última etapa do processo 

No fordismo, o controle de qualidade era a última etapa do processo produtivo. Havia um profissional no final da linha de montagem cuja função era avaliar a qualidade da produção. Assim era possível elevar o nível de padronização dos produtos. 

Padronização da produção industrial

A produção se tornou mais padronizada devido ao uso de máquinas e equipamentos industriais. Os erros, decorrentes de atividades braçais, foram drasticamente reduzidos, assim como o desperdício de matérias-primas. Uma das consequências foi a redução dos custos de produção. 

Aumento da produtividade

Esse é um elemento-chave do sistema fordista. A lógica do sistema favorece a redução de erros e o aumento da concentração do trabalhador. 

Produção massiva

Com padronização, controle de qualidade e aumento da produtividade os lucros cresceram significativamente. A produção em massa de produtos permitiu barateá-los e com isso aumentar o consumo das famílias. No entanto, também foi um dos fatores que levou à queda do modelo fordista. 

Mudanças geradas pelo fordismo

O sistema de produção fordista se refletiu em profundas mudanças no funcionamento das indústrias. Também levou a transformações nas esferas trabalhista, econômica e social das sociedades. Dentre as principais mudanças impulsionadas por esse modelo produtivo estão:

  • Uso de técnicas produtivas mais modernas;
  • Automação da linha de montagem;
  • Especialização do trabalho;
  • Redução dos custos de produção industrial;
  • Aumento do retorno financeiro das indústrias;
  • Produção em massa;
  • Barateamento dos produtos;
  • Desenvolvimento de um sistema de trabalho no qual os trabalhadores são explorados. 

A queda do fordismo

O sucesso do sistema de produção fordista se deu, especialmente, no começo do século XX. Esse era um momento marcado pela ascensão de modelos econômicos liberais. A lógica desse sistema levou ao aumento da produção de bens manufaturados e redução dos custos fabris. 

Tal cenário culminou em uma crise de superprodução, as fábricas passaram a ter uma grande quantidade de produtos estocados. O volume de produção, decorrente da aplicação do fordismo, era muito superior à capacidade de compra da população. 

Além disso, o momento do auge do fordismo, no começo do século XX, foi marcado por mudanças econômicas e disputas entre nações. A Primeira Guerra Mundial aconteceu entre os anos de 1914 e 1918. 

O comércio internacional foi reduzido no período pós-guerra, algo que afetou especialmente as exportações dos Estados Unidos. O estoque de produtos aumentou ainda mais e isso levou, junto a outros fatores, a Crise de 1929. 

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