Entenda o que é o buraco na camada de Ozônio

A camada de ozônio protege a superfície da Terra da radiação ultravioleta emitida pelos raios solares. Ela consiste em uma cobertura gasosa que envolve o planeta. Contudo, em algumas regiões se formam os buracos dessa camada, regiões nas quais a concentração do gás ozônio cai abaixo de 50%. 

O que é a camada de ozônio?

A camada de ozônio é também chamada de ozonosfera ou camada de ozono. Trata-se de uma região da estratosfera terrestre em que há grande concentração de ozônio. Possui em torno de 10 km de espessura e está localizada entre 20 e 30 km de altitude. Concentra quase 90% do ozônio atmosférico. 

O que são buracos na camada de ozônio?

A camada de ozônio é uma cobertura gasosa que envolve o planeta Terra protegendo a sua superfície da radiação ultravioleta emitida pelos raios solares. Em algumas regiões dessa camada, a concentração do gás ozônio cai abaixo dos 50%. Esses são os chamados buracos da camada de ozônio.

O principal fator do surgimento de buracos nessa camada é a liberação de gases CFC (clorofluorcarbonos) na atmosfera. Tais gases estão presentes em:

  • Aerossóis;
  • Materiais plásticos;
  • Refrigeradores;
  • Solventes. 

Onde estão situados os buracos na camada de ozônio? 

Cientistas do Reino Unido identificaram o surgimento de um buraco na camada de ozônio, em 1977, sobre a Antártida. A região pode ser vista no final do inverno e primavera no hemisfério sul. 

A NASA, no ano 2000, chegou a conclusão de que o buraco apresenta aproximadamente 28,3 km2. Isso significa que esse buraco tem tamanho equivalente a uma área três vezes maior do que a dos Estados Unidos. 

Dados importantes sobre a localização dos buracos na camada de ozônio:

  • Estados Unidos, China, Japão e parte do continente europeu já perderam cerca de 6% da proteção fornecida pela camada. 
  • Nessas regiões há maior liberação de gases CFC.
  • O Brasil perdeu menos de 5% da proteção da camada. Esse fato se deve a pouca produção de gases CFC em território nacional.
  • Os buracos na camada de ozônio são monitorados de diferentes pontos do globo. 
  • Um grupo de cientistas divulgou que em 2016, os buracos da camada de ozônio estavam diminuindo, comparativamente com o ano 2000.
  • No entanto, ainda é uma situação de grande preocupação, pois existe uma concentração de gases poluentes acumulados na atmosfera. 
  • A recuperação da camada de ozônio levaria pelo menos cinco décadas. 

Como o buraco na camada de ozônio se forma? 

Confira abaixo os passos que levam a formação de buracos na camada de ozônio:

  • Após a liberação, os gases CFC levam até oito anos para alcançar a estratosfera.
  • Uma vez na estratosfera, esses gases são atingidos pela radiação ultravioleta liberando cloro. 
  • O cloro reage então com o ozônio que é transformado em oxigênio (O2). Esse processo dá início à destruição da camada de ozônio.
  • Trata-se de uma reação em cadeia uma vez que o cloro se torna livre novamente e age destruindo outra molécula de ozônio. 

Gases CFC: os grandes vilões da destruição da camada de ozônio

Os gases CFC representam o principal fator de destruição da camada de ozônio. Para se ter uma ideia, uma molécula de CFC pode destruir até 100 mil moléculas de ozônio. A estimativa é de que para cada 1% de queda nas concentrações de ozônio há um aumento de 2% da radiação ultravioleta na superfície terrestre. 

Ao longo das últimas décadas, os níveis de cloro na atmosfera aumentaram consideravelmente devido à liberação dos gases CFC. Por esse motivo, desde 2010 é proibida a produção de CPF em todo o planeta. 

Consequências dos buracos na camada de ozônio 

Os buracos na camada de ozônio geram consequências que afetam o meio ambiente e a saúde das pessoas. 

Consequências para a saúde das pessoas

A proteção oferecida por essa camada é reduzida pela presença de regiões com baixa concentração de ozônio. Dessa forma, os buracos se refletem numa maior incidência da radiação UV-B que atingem a Terra. Esses raios podem penetrar na pele e causar danos no DNA das células levando a um aumento dos casos de câncer de pele, por exemplo. 

Estima-se que 1% da perda da camada de ozônio seja equivalente a 50 mil novos casos de câncer de pele no planeta. Além disso, a radiação pode afetar também a visão e provocar o envelhecimento precoce. 

Consequências para o meio ambiente

A existência de buracos na camada de ozônio tem relação íntima com o efeito estufa e o aquecimento global. 

O que é o efeito estufa?

O efeito estufa é um fenômeno essencial para a manutenção da vida na Terra, pois garante que o planeta mantenha uma temperatura adequada. Contudo, o grande volume de gases do efeito estufa liberados têm intensificado esse efeito. 

O resultado dessa intensificação é o aumento da incidência dos raios solares que, por sua vez, aumentam as temperaturas médias da Terra. Esse processo é o que leva ao fenômeno do aquecimento global. 

Protocolo de Montreal

Em 1987, o acordo internacional “Protocolo de Montreal” foi assinado por 197 países. O objetivo do documento é reduzir a emissão dos gases causadores da destruição da camada de ozônio. De acordo com as metas estabelecidas pelo documento, a camada de ozônio poderia estar recuperada em 2065. 

Gostou de saber mais sobre a camada de ozônio? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!

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