O poeta e compositor Vinicius de Moraes, nascido no Rio de Janeiro, em 1913, integrou a Segunda Geração do Modernismo brasileiro. Embora tenha se tornado mais conhecido como cantor e compositor de bossa-nova, tem vasta produção de poemas. Continue lendo para conhecer sua biografia.
Nascido em 19 de outubro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro, Vinicius de Moraes foi poeta, compositor, dramaturgo e diplomata. Iniciou seus estudos primários na escola Afrânio Peixoto, em Botafogo. Por desejo do avô materno, em 1920, foi batizado na maçonaria.
Ao longo da infância, o poeta morou em diferentes endereços do bairro de Botafogo. Porém, em 1922, sua família se mudou para a Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Em 1924, ele passou a morar com os avós paternos em Botafogo, ao ingressar no curso secundário no Colégio Santo Inácio.
Ao terminar o curso secundário, em 1929, Vinicius de Moraes voltou a morar com seus pais, mas agora em um endereço no Jardim Botânico. Ingressou na Faculdade de Direito no ano seguinte e concluiu seu curso em 1933. Nesse ano publicou seu primeiro livro intitulado “O caminho para a distância”.
Em 1935, Vinicius de Moraes foi agraciado com o prêmio Felipe d’Oliveira pela sua segunda obra publicada, o livro “Forma e exegese”. O escritor foi contemplado com uma bolsa para estudar literatura inglesa na Universidade de Oxford, na Inglaterra.
Porém, ele e sua esposa Tati de Moraes (1911-1995), precisaram retornar antes do previsto, em 1939 devido a Segunda Guerra Mundial. Em 1941, Vinicius de Moraes, começou a escrever críticas de cinema para o jornal A Manhã. Após uma viagem ao nordeste, em 1942, Vinicius de Moraes tornou-se um artista de esquerda.
Em 1943, foi aprovado em um concurso do Itamaraty e deu início a sua carreira diplomática. Mesmo atuando como diplomata, o escritor dirigiu o suplemento literário periódico O Jornal, em 1944.
Assumiu o cargo de vice-cônsul, em Los Angeles, nos Estados Unidos, em 1946. Retornou ao Brasil, em 1951 e passou a morar com sua nova esposa, Lila Bôscoli, no Rio de Janeiro. Nessa época, ele escrevia crônicas para o jornal Última Hora. Em 1953, o escritor foi nomeado para trabalhar na embaixada brasileira em Paris, França.
Após quatro anos, em 1957, foi transferido para a embaixada brasileira no Uruguai. Mudou-se para Montevidéu, com sua nova companheira Maria de Lúcia Proença. Em 1963, o escritor voltou para Paris com Nelita de Abreu Rocha, seu novo relacionamento. Por lá atuou na delegação do Brasil na Unesco.
Em 1964, Vinicius de Moraes voltou ao Brasil. O escritor foi exonerado do cargo diplomático em 1969, pelo governo militar. Em um relacionamento com Christina Gurjão passou a morar com ela.
Em 1970, sua nova companheira, Gesse Gessy o apresentou ao candomblé. Nessa fase, Vinicius de Moraes fez muitos shows. Seu trabalho como músico foi intenso até que faleceu em 9 de julho de 1980, no Rio de Janeiro. Sua companheira nesse momento era Gilda Mattoso. O compositor é reconhecido como um dos inventores da bossa-nova.
Muitas das canções de Vinicius de Moraes foram compostas em parceria com outros artistas como:
A obra de Vinicius de Moraes está inserida no período da segunda geração do modernismo brasileiro. Dentre as características desse movimento artístico, destacam-se na produção do poeta:
Porém, suas obras apresentam características particulares, como:
Confira as principais obras de Vinicius de Moraes por categorias.
A obra “Orfeu negro” foi adaptada para o cinema, em 1959, pelo cineasta francês Marcel Camus (1912-1982). O longa recebeu a Palma de Ouro daquele ano e o Oscar, em 1960. Em 1967, “Garota de Ipanema” foi adaptada para o cinema com direção de Leon Hirszman (1937-1987).
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