A Segunda Guerra Mundial foi um evento que deixou diversas marcas na história. Milhares de vidas foram ceifadas, houve incontáveis feridos e uma nova ordem de distribuição de poder pelo globo.
Dentre as principais consequências desse conflito estão a ascensão dos Estados Unidos à posição de líder global, a divisão do mundo entre os blocos socialista e capitalista e a fundação da ONU (Organização das Nações Unidas). O Brasil também foi impactado e o governo Getúlio Vargas chegou ao fim.
Veja quais foram os principais impactos históricos da Segunda Guerra Mundial.
A Segunda Guerra Mundial ocasionou a morte de 45 milhões de pessoas e deixou outras 35 milhões feridas. A União Soviética foi o país mais afetado com o registro de 20 milhões de óbitos.
Em seguida, vem a Polônia com aproximadamente 6 milhões de vidas ceifadas. A Alemanha contabilizou 5,5 milhões de óbitos. No Japão, 1,5 milhão de pessoas perderam suas vidas devido ao conflito.
Um dos principais impactos históricos deixados pela Segunda Guerra Mundial foi o Holocausto, um dos crimes mais cruéis da humanidade. Parte do projeto de Adolf Hitler (1889-1945) conhecido como Solução Final, o Holocausto consistiu no extermínio de 6 milhões de judeus em campos de concentração. Os nazistas objetivavam a eliminação do povo judeu.
Além de acarretar na morte de milhões de pessoas, a Segunda Guerra Mundial gerou perdas monetárias na ordem de 1 trilhão e 385 bilhões de dólares. Os Estados Unidos arcaram com 21% desse montante. A União Soviética arcou com 13% e o Japão com 4%. Os 72 países envolvidos no conflito foram impactados com perdas em proporções distintas.
Durante a guerra, os governos priorizaram destinar recursos para a guerra, deixando outras áreas sem cobertura. Isso levou à geração e ao agravamento de diversos problemas sociais. Além disso, nesse período houve intensa queda na produção industrial.
Os Estados Unidos saíram fortalecidos do conflito, destacando-se assumindo uma posição de liderança econômica e imperialista. O diferencial norte-americano foi que o país não sofreu ataques, logo, não precisou investir recursos em sua reconstrução.
O fim da Segunda Guerra Mundial levou ao surgimento de novos países e a mudança no desenho de algumas fronteiras. A Europa se tornou um continente dividido entre o bloco de países capitalistas e o bloco de países socialistas. Em 1938, a Alemanha anexou a Áustria ao seu território. Com o fim da guerra, a Áustria volta a ser um país independente.
A monarquia foi deposta na Romênia, Itália, Hungria, Bulgária e Iugoslávia, dando lugar a regimes republicanos. Até meados da década de 1950, Portugal e Espanha se mantiveram isolados devido às respectivas ditaduras de Salazar e Franco. Hungria, Polônia e Thecoslováquia, países libertados pela União Soviética, passam a ser influenciados pelos soviéticos. Os outros países conservaram a social-democracia.
A Alemanha, como perdedora da guerra, precisou aceitar os quatro “Ds” (“desnazificação”, democratização, desmilitarização e desarmamento) impostos pelas nações aliadas. Houve o julgamento de alguns líderes nazistas no Tribunal de Nuremberg, dentre os quais 12 foram sentenciados à pena capital.
O território alemão foi dividido em duas zonas de influência bastante claras: República Federal Alemã (RFA), que se manteve capitalista, e República Democrática Alemã (RDA), que adotou o regime socialista. O principal símbolo da divisão ideológica que se originou a partir do fim da Segunda Guerra Mundial foi o Muro de Berlim. Esse muro dividiu a então capital da RDA.
As Forças Armadas da Alemanha foram drasticamente reduzidas. Instalações do país foram cedidas para o acolhimento de tropas norte-americanas e soviéticas.
O Japão teve que devolver as ilhas Curilas para a União Soviética, reduzir as suas Forças Armadas e reconhecer a independência da Coreia. Além disso, o Japão teve as cidades de Hiroshima e Nagasaki destruídas em decorrência de duas bombas atômicas que os Estados Unidos lançaram. O país recebeu 2,5 bilhões de dólares para reconstruir seu território.
Os Estados Unidos investiram cerca de US$ 300 bilhões ao longo do conflito. Esse valor foi recuperado com o incremento de 75% de sua indústria armamentista. Outro fator que fortaleceu a economia dos Estados Unidos foi o fato de que o país se tornou credor dos países destruídos pelo conflito. Em 1948 foi elaborado o Plano Marshall, que nada mais era do que uma ajuda financeira de US$ 38 bilhões para a recuperação das indústrias e cidades europeias.
A União Soviética recusou o auxílio norte-americano iniciando, assim, o que entrou para a história como Guerra Fria. A influência soviética se estendeu aos países do leste europeu e houve forte apoio aos movimentos que desejavam a implantação do socialismo como regime de governo.
A Segunda Guerra Mundial também gerou consequências no Brasil, tendo influenciado diretamente no fim do governo de Getúlio Vargas. Ficou evidente para intelectuais e para o povo, de maneira geral, a grande contradição do governo Vargas de enviar soldados para defender a democracia do outro lado do oceano, enquanto aqui havia uma ditadura.
Em 1945, Vargas foi deposto por meio de um golpe articulado entre os conservadores e as Forças Armadas. No ano seguinte, foram realizadas as eleições presidenciais que deram a vitória para Eurico Gaspar Dutra. A Força Expedicionária Brasileira foi desmobilizada na Europa.
O Brasil se manteve alinhado política e culturalmente com os Estados Unidos. O país foi convidado para entrar na Organização das Nações Unidas (ONU) por ter participado da Segunda Guerra Mundial.
Esses foram os principais impactos da Segunda Guerra Mundial. Navegue pelo blog do Hexag para conferir mais conteúdos de história geral e outras disciplinas!