As vozes verbais permitem identificar se o sujeito gramatical é o agente ou o paciente da ação verbal. Basicamente, nos ajudam a entender se o indivíduo está praticando ou sofrendo a ação. Continue lendo para saber mais sobre a flexão em voz dos verbos.
Os verbos possuem flexão em voz. As chamadas vozes verbais nos ajudam a identificar se um indivíduo pratica a ação (agente) ou sofre a ação (paciente). Há três vozes verbais no português:
Essa voz verbal é usada quando o sujeito gramatical é quem pratica a ação verbal. Dessa forma, indica que o sujeito gramatical é o agente da ação. Observe o exemplo:
Identificamos que o sujeito (minha tia) realizou a ação que está indicada pelo verbo (criou minha irmã).
Exemplos de frases na voz ativa:
Essa voz é usada quando o sujeito gramatical sofre a ação do verbo. O sujeito gramatical é então o paciente de uma ação praticada pelo agente da voz passiva. Observe a frase do exemplo acima escrita na voz passiva:
Nesse exemplo, o sujeito (minha irmã) não está realizando a ação do verbo, ele sofre a ação (foi criada). Então a ação verbal é praticada pelo agente da voz passiva (minha tia). De acordo com o processo de formação, a voz passiva pode ser classificada como:
A estrutura das frases na voz passiva analítica é a seguinte:
sujeito paciente + verbo auxiliar + particípio + preposição + agente da passiva
Confira exemplos de frases na voz passiva analítica:
Nesse tipo de frase a estrutura é a seguinte:
verbo transitivo + pronome se + sujeito paciente
Confira exemplos de frases na voz passiva sintética:
Essa voz é usada quando o sujeito gramatical pratica e sofre a ação verbal. Então, indica o sujeito gramatical que ao mesmo tempo é o agente e o paciente da ação. Tem obrigatoriamente um pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos, se).
Um exemplo de frase na voz reflexiva: “Minha irmã criou-se sozinha”. Identificamos que o sujeito (minha irmã) realiza a ação que o verbo indica, porém, também sofre a ação (criou-se = a si mesma).
Exemplos de frases na voz reflexiva:
Essa voz é considerada recíproca quando ambos os sujeitos, que praticam e sofrem a ação, estão presentes. Confira os exemplos abaixo:
Algumas mudanças devem ser feitas quando se está fazendo a passagem da voz ativa para a voz passiva. Essas alterações são diferentes daquelas feitas na voz passiva analítica e na voz passiva sintética. Confira alguns exemplos:
Conversão da voz ativa na voz passiva analítica:
Voz ativa: “O chefe alterou o horário de chegada à empresa”.
Mudanças a serem feitas:
Voz passiva analítica: “O horário de chegada à empresa foi alterado pelo chefe”.
Conversão da voz ativa na voz passiva sintética:
Voz ativa: O chefe alterou o horário de chegada à empresa.
Nesse caso o sujeito (o chefe) passa para a partícula apassivadora (se). Não se tem agente da passiva, o verbo permanece transitivo. O objeto direto (o horário de chegada à empresa) passa a iniciar a frase.
Voz passiva sintética: Alterou-se o horário de chegada à empresa.
Voz ativa: Claudia rasgou o bilhete.
Voz passiva analítica: O bilhete foi rasgado por Claudia.
Voz passiva sintética: Rasgou-se o bilhete.
Voz ativa: Eu faço atletismo.
Voz passiva analítica: Atletismo é feito por mim.
Voz passiva sintética: Faz-se atletismo.
Voz ativa: O funcionário apresentaria o produto à direção.
Voz passiva analítica: O produto seria apresentado à direção pelo funcionário.
Voz passiva sintética: Apresentar-se-ia o produto à direção.
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