Violência física e simbólica, marginalidade, massificação das drogas: problemas sociais da contemporaneidade

A violência física e simbólica passou a fazer parte da realidade social no cenário da globalização. As relações sociais passaram a estar permeadas pela desigualdade social que acarreta em vivências violentas no cotidiano. Esse é um tema bastante debatido na sociologia e abordado em vestibulares e no Enem. 

Os problemas sociais contemporâneos e a violência física e simbólica

A globalização é uma realidade em quase todas as sociedades contemporâneas. Esse processo, paralelamente ao crescimento do capitalismo e avanços tecnológicos, gerou uma série de questões sociais. O aumento dos conglomerados urbanos torna a convivência social cada vez mais difícil. 

Há correntes de pensamento que sugerem que os indivíduos vêm adoecendo na sociedade atual e seus paradigmas. Essa configuração vem se refletindo em implicações diretas nas relações criadas entre as pessoas. 

Nesse contexto, há o favorecimento da cultura do medo apoiada no aumento da violência e da criminalidade. A sociedade vem caminhando para um modelo cada vez mais individualizado. 

Somado a isso existe a questão do dinheiro, elemento crucial para mover as relações entre as pessoas. Dentre as bases dos problemas sociais estão o dinheiro e o acúmulo do mesmo. 

Marginalidade e os problemas sociais 

Como citamos anteriormente, o dinheiro é uma peça essencial nas sociedades contemporâneas. Não ter dinheiro impede acesso às condições básicas da vida como saúde, moradia, alimentação, lazer, entre outras. 

A partir dessa falta surge um quadro de desigualdade social e exclusão de alguns indivíduos que acabam à margem da sociedade. Por este motivo, não temos como dissociar a exclusão da falta de recursos financeiros. A marginalidade, então, está fortemente ligada aos problemas sociais e a escalada da criminalidade e violência.

A violência física e simbólica

Quando pensamos em marginalidade não podemos focar somente na violência física. É necessário falar também sobre a violência simbólica. Geralmente, quando ouvimos a palavra violência tendemos a pensar na sua versão física, aquela que envolve o uso da força para ferir. 

A violência física pode se manifestar de diferentes formas, com o objetivo de coação física do corpo, como tapas, chutes, socos, entre outros. Também pode se manifestar através do uso de objetos como nos assaltos a mão armada. 

Contudo, também precisamos falar sobre a violência simbólica, aquela que gera a coação moral. Nesses casos, não há o envolvimento de violência física, mas leva a danos morais e psicológicos. 

Conceito de violência simbólica

O sociólogo francês Pierre Bourdieu foi quem elaborou o conceito de violência simbólica. Segundo as ideias dele, existe um patamar de violência que atua na esfera simbólica. Trata-se de formas de ver e pensar em questões como prestígio, honra e reconhecimento social. 

Segundo Bourdieu, o Estado detém um poder que contempla o controle das estruturas objetivas e estruturas mentais. Assim permite o monopólio não somente da violência física, mas também da violência simbólica. 

Esse tipo de violência está especialmente na ideia de que o Estado, como gestor da vida pública, deveria gerar emprego, oferecer moradia, saúde e educação. Logo, essas condições seriam ofertadas para quase todos os indivíduos inseridos na sociedade. 

Porém, essas condições e oportunidades não seriam oferecidas para pessoas à margem da mesma. No entanto, o governo acaba atuando em prol de uma minoria por meio de regras e leis que legitimam o ponto de vista da classe dominante. 

Relação entre violência simbólica, globalização e capitalismo

Atualmente, a globalização, a tecnologia e o crescimento do capitalismo não levaram a geração de mais empregos. Na realidade, tem gerado o oposto favorecendo o lucro e acúmulo por poucos aumentando a desigualdade social. Assim, mais pessoas têm ficado em situação de pobreza. Esses indivíduos estão marginalizados. 

Ressaltamos ainda que as classificações e hierarquizações sociais não acontecem apenas por questões de classe social. Há também um recorte de raça, etnia e gênero. A violência simbólica parte de uma não adequação à sociedade e aos padrões sociais. Esse tipo de violência gera um sentimento de desconforto pessoal.

Há ainda a massificação da comunicação que contribui para a veiculação e propagação de ideias e visão de mundo da classe dominante. Os padrões são constantemente reforçados através desses mecanismos. Quanto mais um indivíduo se aproxima do padrão vigente mais tende a se sentir pertencente. 

Massificação do uso de drogas

Além das questões apresentadas ao longo do artigo, é essencial tocar em outro tema relevante atualmente, o hiperconsumo de drogas. Todos os dias a massificação das drogas contribui para enfatizar a desigualdade social. As pessoas estão cada vez mais angustiadas, frustradas e deprimidas. 

Uma das reações aos problemas sociais é a busca dos indivíduos pelo uso de drogas. Mais do que uso recreativo, esse consumo pode ser uma forma de fugir da realidade ou tentar aliviar os problemas da vida. 

De acordo com Relatório da UNDOC – ​United Nations Office on Drugs and Crimes, de 2017, o consumo de algumas drogas vêm aumentando no Brasil. Em outros países, o consumo dessas mesmas substâncias ilícitas vêm se estabilizando. 

O consumo de álcool, principal droga lícita, vem caindo entre a população em geral. Porém, vem aumentando entre jovens e adultos. O uso abusivo de drogas também é um fator que leva à exclusão e à marginalização. O tráfico de drogas é um dos fatores associados ao aumento da criminalidade. 

Agora você tem um panorama da violência física e simbólica. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!

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