A pandemia do novo coronavírus contribuiu para potencializar os resultados do comércio virtual no Brasil. Antes de março de 2020, esse tipo de compra já era uma tendência forte e depois do início do isolamento social foi potencializado. Houve a migração de consumidores de lojas físicas para lojas online. Inclusive quem ainda não vendia virtualmente precisou se adaptar.
Após o início da vacinação em massa foi possível visualizar que esse crescimento não ocorreu de forma isolada. Isso significa que as vendas online continuam em alta e demonstram potencial para se manter numa crescente. Além disso, também se identifica o aumento do gasto médio dos consumidores. Continue lendo para entender mais sobre como esse crescimento se deu.
Para entender o impacto do crescimento do comércio virtual no Brasil é interessante entender o cenário construído nos anos de 2020 e 2021 sob a influência da pandemia.
Segundo dados da NeoTrust, em 2020, os brasileiros realizaram mais de 300 milhões de compras virtuais. Comparando com 2019, houve um aumento de 68,5%. O faturamento foi significativamente potencializado. A receita chegou a casa de R$ 126,3 bilhões de reais, um aumento de 68,1% em comparação com 2019.
De acordo também com a pesquisa da NeoTrust, a região Sudeste do Brasil continua na liderança no tocante ao volume de vendas online, detém 64,8% do total de pedidos de 2020.
No entanto, a região que mais cresceu foi a Nordeste, que ficou com a fatia de 14% das vendas de 2020. Isso representa o aumento de 2 pontos percentuais em comparação com o ano de 2019. A região Sul realizou 13,6% das compras online, seguida pela região Centro-Oeste com 5,6% e por fim região Norte com 2%.
Houve aumento considerável do volume de compras online no Brasil, no entanto, os itens de ticket médio menor continuam sendo os mais buscados. Para se ter uma ideia, esses itens constituem mais da metade do volume de vendas das primeiras colocações.
Aparecem como as categorias campeãs: moda e acessórios, com 19,9% das compras, seguida por beleza, saúde e perfumaria com 14,4% e, por fim, entretenimento com 12,8%.
A ideia média dos consumidores brasileiros do comércio virtual é de 37 anos. Observando o perfil dos compradores é possível identificar que as mulheres são as que mais compram virtualmente, elas representam 57,3% dos pedidos. Os homens representam 42,7% desse público.
Brasileiros com idade entre 36 e 50 anos compõem um grupo de 33,6% do total de compras. O grupo com idade entre 26 e 35 anos representa 33,2% de acordo com o relatório elaborado pela NeoTrust. Os brasileiros com até 25 anos de idade realizaram 18,9% dos pedidos. Já os compradores com mais de 51 anos foram responsáveis por 14,3% do total.
O comércio virtual brasileiro ganhou 20,2 milhões de novos consumidores no ano de 2020. Um dado bastante interessante é a identificação da entrada de novos consumidores nesse universo de compras virtuais. Somente o varejo digital concentrou um total de 42,9 milhões de consumidores únicos. Houve aumento de 36,7% em relação ao ano de 2019.
Além disso, a frequência de compra também subiu de 6 para 7 pedidos por consumidor. No decorrer do ano o gasto médio foi de R$ 2.618,00, isso representou um aumento de 23,4% em comparação com o ano de 2019.
O aumento do número de consumidores do comércio virtual levou também ao aumento do número de lojas online. No mês de agosto de 2019, havia 930 mil empreendimentos online.
Esse número saltou para 1,3 milhão em agosto de 2020. Esse crescimento representou aumento de 40% no número de lojas. O maior aumento registrado desde 2015, quando o controle passou a ser realizado.
Em 2020, o comércio virtual foi impulsionado pela mudança da lógica social ocasionada pela pandemia. No ano seguinte, 2021, a tendência se manteve em alta. No período de isolamento social as pessoas se viram diante da necessidade de comprar online. Essa experiência permitiu que os brasileiros, inclusive os que não tinham contato com esse tipo de compra, descobrissem as facilidades de comprar com alguns cliques.
Embora as restrições da pandemia tenham diminuído consideravelmente e as pessoas possam retornar ao ritmo de compras físicas anterior, tem se observado a preferência pela compra em ambiente virtual.
Estima-se que nos próximos anos o número desse tipo de compra continue crescendo. Cada vez mais brasileiros descobrem que é fácil e seguro fazer as suas compras sem sair de casa e com a vantagem de poder pesquisar mais opções de preços.
O comércio virtual no Brasil cresceu consideravelmente durante a pandemia e tende a se manter em expansão.