A corrente do Ultrarromantismo faz parte da escola literária do Romantismo. As obras se caracterizam por serem bastante melancólicas, mórbidas e escapistas. O profundo sentimento negativo em que esse movimento está baseado ficou conhecido como “mal do século”. Continue lendo para saber mais.
Trata-se de uma corrente da escola literária do Romantismo cujas principais características incluem:
A produção ultrarromântica tinha como base um sentimento negativo (“mal do século”). Um dos principais nomes do movimento foi Lord Byron, poeta europeu do Romantismo que desafiava as convenções morais. A influência de Byron é tão significativa para Ultrarromantismo que ele ficou conhecido também como “geração byroniana”.
No Brasil, Ultrarromantismo é o nome utilizado para designar a segunda geração do Romantismo (período entre 1853 a 1879). Os jovens escritores dessa geração não se guiavam pelos sentimentos nacionalistas tão arraigados na primeira geração romântica.
Nessa fase os poetas não tinham esperança e por isso as produções costumam assumir um tom pessimista. Havia grande influência do britânico Lord Byron. O principal representante desse movimento literário no Brasil é Álvares de Azevedo. Em Portugal, o nome de maior destaque é o de Camilo Castelo Branco.
Confira abaixo as principais características do Ultrarromantismo:
Lord Byron (1788-1824) é considerado como o principal nome do ultrarromantismo do mundo e sua obra se caracteriza pela profunda melancolia. O escritor tinha uma conduta que escandalizou o seu próprio tempo.
Em suas obras é possível identificar elementos autobiográficos. Byron foi uma das principais influências de Álvares de Azevedo, o principal nome do Ultrarromantismo no Brasil.
No Brasil, o principal nome ultrarromântico é Álvares de Azevedo (1831-1852). Dentre as suas obras se destacam:
Os poemas de Álvares de Azevedo apresentam teor melancólico e fantasioso, assim como acontece na obra de Byron. Ambientes mórbidos também são utilizados como uma forma de empreender fuga da realidade.
O escritor foi o Patrono da Cadeira n° 2 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Álvares de Azevedo faleceu em 25 de abril de 1852, no Rio de Janeiro, aos 20 anos de idade. Um mês antes de sua morte, o autor escreveu o poema “Se eu morresse amanhã”.
Casimiro de Abreu (1839-1860) é outro nome de destaque do Ultrarromantismo brasileiro. Comparativamente com Álvares de Azevedo, esse autor possui uma obra menos pessimista. Os temas são trabalhados mais suavemente nos poemas de Abreu. O único livro escrito pelo autor se chama “Primaveras”, trata-se de uma obra de poesias.
Em 1860, o escritor ficou noivo de Joaquina Alvarenga Silva Peixoto. No entanto, devido a sua vida boêmia contraiu tuberculose. Faleceu em 18 de outubro de 1860, em decorrência da doença, aos 21 anos de idade.
Outro autor ultrarromântico brasileiro é Fagundes Varela (1841-1875). Em suas obras, o pessimismo e a morte são temas recorrentes. No entanto, Varela também tem obras que começam a introduzir temas voltados à terceira geração romântica. As obras do autor incluem:
Em 1862, Varela se casou com uma artista circense chamada Alice Guilhermina Luande, o que chocou sua família. Faleceu em 18 de fevereiro de 1875, em Niterói, vítima de derrame cerebral.
Camilo Castelo Branco (1825-1890) é considerado como um dos principais escritores portugueses do século XIX e o maior expoente ultrarromântico do país. A sua novela mais importante é “Amor de Perdição”. Exatamente pela produção de novelas passionais o escritor é classificado como representante do Ultrarromantismo.
Uma curiosidade a respeito de Castelo Branco é que ele foi um dos primeiros escritores portugueses a viver exclusivamente da literatura. Foi agraciado com o título de Visconde pelo rei de Portugal, D. Luís I. Em 1° de junho de 1890, o escritor tirou a própria vida em Vila Nova de Famalicão, São Miguel de Seide.
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