O romance “Tenda dos milagres” é uma obra do escritor brasileiro Jorge Amado. A trama gira em torno do escritor baiano Pedro Archanjo que se torna famoso, 25 anos após seu falecimento. A partir da retrospectiva da vida do protagonista, o leitor é convidado a refletir sobre questões políticas e sociais do século XX.
A história de Tenda dos milagres se passa em dois tempos diferentes:
O espaço em que se passa a obra é a cidade de Salvador, na Bahia.
Fausto Pena é um poeta e bacharel em Ciências Sociais que realizou uma pesquisa sobre o escritor baiano Pedro Archanjo. O resultado do trabalho de Pena será apresentado ao longo da obra e foi uma encomenda do estadunidense James D. Levenson. O nome de Pedro Archanjo ganha a mídia pela primeira vez quando Levenson vem ao Brasil.
No decorrer da trama são apresentados fragmentos a respeito da vida do escritor fictício. Descobrimos que ele faleceu com 75 anos de idade tendo sido encontrado em uma sarjeta. Sua morte passou despercebida, pois ocorreu no mesmo dia do falecimento do pai de santo Ojuobá.
As despesas do enterro de Archanjo foram custeadas por “mulheres da vida”. A prostituta Rosália saiu pelo Pelourinho arrecadando dinheiro para pagar pelo enterro do escritor. A menção do nome do autor, 25 anos após sua morte, desperta atenção para ele e o jornal da cidade decide publicar uma homenagem ao seu centenário.
O autor da pesquisa sobre Archanjo, Fausto Pena, tinha um caso com a jornalista e poetisa Ana Mercedes. Quando Levenson chega à Bahia, desperta o ciúme de Pena, pois Ana se torna a guia do estadunidense.
Para elaborar a homenagem aos cem anos de Archanjo, os repórteres vão a busca dos conhecidos do autor. Entre as entrevistas eles descobrem que Archanjo teve um envolvimento com uma sueca e lhe mostrou a chamada Tenda dos milagres. Tratava-se da residência que dividia com o pintor Lídio Corró.
À noite, os amigos e suas acompanhantes, se reuniam para assistir a cenas em um cinematógrafo enquanto bebiam e conversavam. Corró namorava Rosa, porém, Archanjo também era apaixonado pela moça.
O escritor era um boêmio que defendia pessoas pobres e marginalizadas. Na época de Archanjo, as suas obras não ficaram conhecidas e foram pouco lidas. A exceção foi uma obra que teve repercussão devido a um escândalo.
Os livros de Archanjo incluem:
A partir da iniciativa do Jornal da Cidade de prestar uma homenagem a Archanjo, foi formada uma comissão para organizar os festejos pelo seu centenário. Participavam dessa comissão pessoas importantes da cidade de Salvador.
O que se sabe sobre Pedro Archanjo:
Essa obra apresenta diversos elementos da cultura baiana, em especial, aqueles referentes ao candomblé. Nesse livro ele expõe conflitos políticos do Brasil do começo do século XX. Também destaca as injustiças geradas pelas diferenças de classe e o racismo brasileiro que pode ter diferentes facetas.
A obra tem um narrador onisciente e um narrador-personagem, Fausto Pena. Os dois narradores tem a função de apresentar o escritor baiano Pedro Archanjo, falecido há 25 anos.
Nessa obra, cada capítulo é precedido por um breve resumo. Boa parte desses capítulos é dividida em subcapítulos. A trama narra a história de dois personagens em tempos distintos: Fausto Pena e Pedro Archanjo. Os narradores têm as suas narrativas intercaladas entre o passado e o presente.
É importante ressaltar que Jorge Amado é um escritor que faz parte da Geração de 30 do Modernismo brasileiro. Dessa forma, os seus romances apresentam algumas características como:
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