A doença de Chagas, também conhecida como Tripanossomíase Americana, é causada por um protozoário. A transmissão ocorre por meio das fezes de um inseto, tipo de percevejo, que possui o parasita. No artigo a seguir iremos explicar o que é essa doença, quais são os seus sintomas, como ocorre a transmissão e as principais medidas de prevenção.
A Doença de Chagas (DC) é também conhecida pela nomenclatura de Tripanossomíase Americana. Caracteriza-se por ser uma infecção parasitária cujo causador é o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. A transmissão se dá pelo triatomíneo, chamado popularmente de bicho-barbeiro.
Essa doença se desenvolve em duas fases: aguda e crônica. A fase aguda geralmente não apresenta sintomas, podendo evoluir para a fase crônica. O nível de gravidade da doença tem relação com fatores como a cepa infectante, forma de transmissão e a existência de outras patologias no paciente.
Essa doença é conhecida há mais de um século, sendo observada especialmente em populações em condições de negligência. Estima-se que há, aproximadamente, 6 milhões de pessoas infectadas no mundo, o que faz da doença de Chagas uma das enfermidades mais impactantes em escala global.
Anualmente, surgem em média 30 mil novos casos de DC. Há cerca de 14.000 mortes por ano e cerca de 8.000 recém-nascidos infectados ainda no período de gestação. A doença é característica de países subdesenvolvidos, sendo endêmica de 21 países das Américas.
Antes de apresentarmos os sintomas, é essencial compreender que ela possui dois estágios: fase aguda e fase crônica. A primeira fase, a aguda, se dá logo após o contágio.
É importante ressaltar que os sintomas podem se manifestar de forma distinta em cada indivíduo. Pessoas que apresentam o sistema imune comprometido podem ter uma evolução mais rápida da doença, o que torna a enfermidade mais grave.
Durante a fase aguda da Doença de Chagas, o indivíduo contaminado pode não apresentar sintomas. Aqueles que apresentam sintomas geralmente relatam:
– Sensação de fadiga;
– Diarreias;
– Dores de cabeça;
– Febre;
– Aumento do baço e do fígado;
– Aparecimento de nódulos e inchaço na pálpebra.
Na fase crônica, geralmente, os infectados não apresentam sintomas. A parcela de infectados sintomáticos na fase crônica é relativamente baixa. Aqueles que apresentam sintomas costumam relatar:
– Dores abdominais;
– Problemas digestivos;
– Dor e incômodo para engolir;
– Batimentos cardíacos irregulares.
Contudo, boa parte dos pacientes que estão na fase crônica da doença de Chagas não apresentam sintomas.
A principal forma de contaminação da doença de Chagas é o consumo de alimentos contaminados com as fezes do inseto transmissor. Pode ocorrer também através da transfusão de sangue ou pelo transplante de órgãos que estejam contaminados. Mães podem passar a doença para seus bebês durante a gestação (congênita) ou através do aleitamento.
O vetor dessa doença é um inseto que se caracteriza por ser um tipo de percevejo. O inseto se infecta quando suga sangue contaminado. A transmissão ocorre através das fezes do inseto que, ao picar as pessoas, deposita esses dejetos. As fezes do inseto contêm o protozoário flagelado Trypanossoma cruzi, um parasita de animais selvagens como, por exemplo, o tatu.
Quando o indivíduo picado coça a ferida deixada pelo inseto, permite que o parasita entre em seu organismo. Na sequência, ele chega à corrente sanguínea a partir da qual tem acesso a alguns tecidos, especialmente o músculo cardíaco.
Existem espécies variadas de vetores, as mais comuns são Triatoma brasiliensis e Triatoma infestans. Os nomes populares pelos quais esses insetos são conhecidos são: barbeiro, bicho-de-parede, porocotó, chupão, percevejão, entre outros.
Adotar medidas profiláticas para evitar a contaminação é essencial, haja vista que não existe um tratamento totalmente eficaz para a doença de Chagas. A medida principal de prevenção é evitar ser picado pelo barbeiro ou entrar em contato com as fezes dele de qualquer outro modo.
O inseto transmissor costuma se esconder em buracos nas casas, especialmente em regiões rurais do país. Lavar as mãos e higienizar os alimentos antes do consumo também são medidas importantes para a prevenção.
Quando uma pessoa acredita que pode ter sido infectada, é fundamental procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima imediatamente. Quando se trata de um caso de transmissão vetorial e é possível capturar o barbeiro, é importante levá-lo junto à consulta para que seja realizada a análise laboratorial.
É uma ação relevante, uma vez que devem ser realizadas ações no local e análise da possibilidade de aplicação de inseticidas. É necessário colocar em prática as medidas profiláticas e conter o espalhamento da doença de Chagas, combatendo o agente transmissor.
Agora você já sabe o que é a Doença de Chagas! Para conferir mais conteúdos como este, navegue pelo blog do Hexag.