Rubem Braga: conhecendo mais de sua história

O escritor Rubem Braga nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, em 1913 e se tornou conhecido por suas crônicas. Publicou em diversos periódicos e trabalhou na Rede Globo. Sua obra foi bastante influenciada pelo Modernismo e seus textos se destacam pela ironia e abordagem do cotidiano. Faleceu em 1990. 

Conheça mais sobre a história de Rubem Braga

O cronista nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, no dia 12 de janeiro de 1913. Quando tinha apenas 13 anos teve o seu primeiro texto publicado no jornal O Itapemirim, do Colégio Pedro Palácios. Aos 15 anos, Braga discutiu com um professor e decidiu mudar de escola. Ele foi estudar então em Niterói.

Os irmãos de Rubem Braga criaram então o jornal Correio do Sul, na sua cidade natal. Em 1928, o escritor passou a escrever para o jornal familiar. Em seguida, ele ingressou na faculdade de Direito, no Rio de Janeiro, contudo, terminou o curso Minas Gerais. 

Mudou-se para Belo Horizonte, em 1931, onde passou a escrever para o Diário da Tarde. Em 1932, formou-se em Direito e foi morar em São Paulo. Na capital paulista passou a escrever para o jornal Diário de S. Paulo. 

Depois passou a trabalhar para os Diários Associados, de onde se demitiu, em 1935. A saída se deu porque Rubem Braga criticou a Igreja e não recebeu apoio de Assis Chateaubriand (1892–1968), o dono do jornal. 

Novos rumos na carreira

Após deixar os Diários Associados, Rubem Braga mudou-se para o Recife e passou a dirigir a Folha do Povo, jornal com editorial esquerdista. Passados cinco meses, o escritor se mudou para o Rio de Janeiro e passou a escrever para o jornal A Manhã.

Casou-se com a também escritora Zora Seljan (1918–2006), em 1936. No mesmo ano publicou seu primeiro livro de crônicas intitulado “O conde e o passarinho”. Nessa fase ele escrevia para a Folha de Minas. 

O escritor produziu nos anos seguintes para periódicos como:

  • O Imparcial;
  • Revista Problemas;
  • Dom Casmurro;
  • Revista Acadêmica.

Prisão

Em 1940, durante a ditadura do Estado Novo, do governo de Getúlio Vargas, Rubem Braga foi preso, no Rio de Janeiro. Passados três anos, ele assumiu o cargo de chefe de publicidade do Serviço Especial de Saúde Pública de Minas Gerais.

Viagens

Entre os anos de 1944 e 1945, o escritor atuou como correspondente de guerra, na Itália, para o Diário Carioca. Em 1946, ele voltou ao Brasil e passou a escrever para os jornais Correio da Manhã, A Manhã e O Estado de São Paulo. No ano de 1947, viajou à Europa atuando como correspondente do jornal O Globo. 

Rubem Braga fez outras viagens para o exterior nos anos seguintes. Entre 1961 e 1963, ele atuou como embaixador no Marrocos. Após quatro anos, em 1967, fundou a Editora Sabiá junto ao também escritor Fernando Sabino (1923-2004). 

Trabalho na Rede Globo

O escritor continuou produzindo as suas crônicas, no ano de 1975 passou a trabalhar no telejornal Hoje, da Rede Globo. A parceria do autor com a emissora carioca durou 15 anos. Em 19 de dezembro de 1990, Rubem Braga faleceu em decorrência de um câncer. 

Características da obra de Rubem Braga

A maior parte da produção literária de Rubem Braga é de crônicas. Contudo, ainda assim ele recebeu forte influência da geração modernista, em particular da segunda. As suas crônicas propõem reflexões a respeito de acontecimentos cotidianos e temas universais. A linguagem utilizada pelo autor é objetiva.

O texto de Rubem Braga possui poucos adjetivos, caracteriza-se por ser mais simples e ter elementos coloquiais. A sua escrita é do tipo memorialística, irônica e opinativa. O escritor reflete, com tom de melancolia, o tempo em que vive. Há críticas sociopolíticas em seu texto.

Obras de Rubem Braga

Confira abaixo as principais obras de Rubem Braga. 

  • O conde e o passarinho (1936);
  • Morro do isolamento (1944);
  • Com a FEB na Itália (1945);
  • Um pé de milho (1948);
  • O homem rouco (1949);
  • 50 crônicas escolhidas (1951);
  • Três primitivos (1954);
  • A borboleta amarela (1955);
  • A cidade e a roça (1957);
  • 100 crônicas escolhidas (1958);
  • Ai de ti, Copacabana! (1962);
  • Crônicas do Espírito Santo (1964);
  • A traição das elegantes (1967);
  • 200 crônicas escolhidas (1977);
  • O menino e o tuim (1986);
  • As boas coisas da vida (1988);
  • O verão e as mulheres (1990);
  • 1939: um episódio em Porto Alegre (Uma fada no “front”) (1994);
  • Casa dos Braga: memória de infância (1997);
  • Um cartão de Paris (1997).

Resumo sobre Rubem Braga

  • Rubem Braga nasceu em 1913 e faleceu em 1990. 
  • Foi cronista, repórter, editor e embaixador. 
  • Sua obra está inserida na segunda geração do Modernismo brasileiro. 
  • A característica mais marcante dos seus textos é a crítica sociopolítica. 
  • O primeiro livro de crônicas de Rubem Braga é “O conde e o passarinho”. 
  • Trabalhou na Rede Globo. 

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