A Revolução Francesa aconteceu no ano de 1789, marcando o fim da Idade Moderna e o começo da Idade Contemporânea. Mais do que um capítulo relevante para a história da França, impactou consideravelmente todo o mundo. Levou à queda de uma forte monarquia, enfraqueceu o poderio da Igreja e findou com a aristocracia. Continue lendo para conhecer suas etapas, causas e consequências.
Essa importante revolução não aconteceu do dia para a noite, foi sendo construída ao longo do tempo através de ideais revolucionários. Abaixo listamos as principais causas que levaram à Revolução Francesa:
O século XVIII ficou conhecido como o “Século das Luzes”, nele, o continente europeu foi iluminado por uma das mais relevantes correntes de pensamento da história: o Iluminismo. O movimento defendia a razão e o humanismo, reforçava a importância do pensamento científico em detrimento da fé religiosa. Surgido no começo do século XVIII, teve grande impacto sobre os intelectuais e a burguesia da época.
O pensamento iluminista acreditava não ser produtivo ter a figura de um monarca com poder absoluto. Destacam-se nessa corrente de pensamento, na França, nomes como Voltaire, Montesquieu e Jean-Jacques Rousseau.
Na segunda metade do século XVIII, ocorreram diversas revoltas e revoluções na Europa e no continente americano. Uma das que mais ganhou destaque foi a Revolução de Independência das colônias americanas.
Luís XVI, o então rei da França, enviou tropas para ajudar os Estados Unidos nessa empreitada contra a Grã-Bretanha, seu grande rival econômico e político. No entanto, essa ajuda custou muito caro para a coroa francesa e levou a uma série de aumentos de impostos. A população ficou bastante insatisfeita e a Revolução Americana se tornou um símbolo no imaginário dos franceses.
A França era uma das nações mais poderosas do mundo no final do século XVIII. Entretanto, isso não significa benefícios para todos os 25 milhões de franceses do período. Havia grande desigualdade social, algo evidente através da existência de três ordens hierarquias distintas conhecidas como: Primeiro, Segundo e Terceiro Estados.
No Primeiro Estado estavam membros do clero (Igreja Católica), que detinham poderes comparados aos do monarca.
Nessa camada estavam os aristocratas, ou seja, a nobreza francesa. Um grupo em decadência desde que o Feudalismo começou a dar sinais de seu fim.
O Terceiro Estado era formado pela burguesia, trabalhadores das cidades e camponeses. A retomada do comércio após o fim do Feudalismo, levou a burguesia à ascensão financeira, mas não social e nem política. Os camponeses, mais de 80% da população francesa da época, estavam sobrecarregados com impostos.
A França passou por grande estiagem entre as décadas de 1770 e 1780. Isso fez com que as suas colheitas de trigo e demais cereais sofressem uma queda significativa. Os camponeses estavam sem sua principal fonte de alimento.
Trabalhadores e camponeses se viram em uma situação miserável sem alimento e tendo que arcar com os aumentos dos impostos. Diante de um cenário de inúmeras mortes por inanição e constantes saques, Luís XVI se viu obrigado a convocar a Assembleia dos Estados Gerais. Para muitos historiadores esse foi o ponto que levou à eclosão da Revolução Francesa.
Confira, a seguir, as etapas da Revolução Francesa.
Essa assembleia tinha como objetivo reunir os três estados para deliberar a respeito da economia e política da França e foi marcada para o dia 1° de maio de 1789. A última dessas assembleias tinha sido realizada em 1614, mais de dois séculos antes. O primeiro e o segundo estado votaram juntos, decidindo pelo aumento de impostos pelo terceiro estado, nada mudou.
Em 20 de junho de 1789, os deputados do terceiro estado foram impedidos de entrar no Palácio de Versalhes para participar das votações da assembleia. Eles então invadiram uma sala do palácio destinada ao jogo de pela.
Luís XVI disse que concordava com a criação da Constituição do Estado Francês, mas em paralelo estava articulando o exército da coroa contra o Terceiro Estado. A população parisiense se dirigiu à Bastilha.
Após a tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789, Luís XVI concorda com a Assembleia Constituinte Nacional. A França se torna, então, uma monarquia constitucional. É elaborada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Áustria e Prússia iniciaram uma guerra contra a França em 1791, para impedir revoltas semelhantes em seus territórios. Em agosto desse ano, Luís XVI foi destituído e foi proclamada a República e a Comuna Insurrecional. A França conseguiu se livrar das tropas austríacas e prussianas. Foi criada a Convenção Republicana como símbolo do fim da Assembleia.
Fase de divergências entre dois grupos políticos distintos: girondinos (alta burguesia) e jacobinos (baixa burguesia). As classes mais baixas lideravam os mais radicais que decidiram pela execução de Luís XVI e sua família na guilhotina.
Girondinos contrários à execução também foram para a guilhotina. Os jacobinos assumiram o poder liderados por Robespierre, que acabou indo para a guilhotina também.
Com a queda dos jacobinos, a alta burguesia assumiu o governo, essa liderança era chamada de diretório. Nessa fase, a burguesia se fortaleceu e conquistou alguns privilégios.
As principais consequências da Revolução Francesa foram:
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