O período conhecido como República Oligárquica se estende de 1894 a 1930. Caracteriza-se pela alternância das oligarquias de Minas Gerais e São Paulo no poder. No artigo a seguir apresentaremos as principais características, presidentes e revoltas desse período.
A República Oligárquica (1894-1930) é o período histórico em que se alternavam no poder, as oligarquias de e São Paulo.
Na prática, isso significava que os presidentes eleitos eram em sua maioria do Partido Republicano Paulista e do Partido Republicano Mineiro. Esse período é também chamado por alguns historiadores de:
De origem grega, a palavra oligarquia significa “governo de poucos”. Logo, uma oligarquia refere-se a um governo em que há o domínio de um grupo de indivíduos ou famílias. Esses indivíduos ou grupos estavam unidos por uma atividade econômica ou partido político.
Oligarquias se caracterizam por serem grupos fechados que não aceitam pensamentos diferentes. É importante salientar que mesmo em um uma democracia podem existir casos de governos oligárquicos.
A República Oligárquica, no Brasil, ocorreu no período em que as oligarquias rurais dominaram o campo político nacional. Os presidentes eleitos nesse período, geralmente, pertenciam aos seguintes partidos:
Essa alternância entre os partidos de São Paulo e Minas Gerais no poder era chamada de “política do café-com-leite”. Esse nome fazia referência às principais riquezas geradas entre os dois estados.
Quando a chamada República da Espada (1889-1894) chegou ao fim com o término do mandato de Marechal Floriano Peixoto, Prudente de Morais assumiu. E assim teve início o processo que levaria a alternância das oligarquias no poder.
Morais, que tinha o apoio da oligarquia cafeeira de São Paulo, foi o primeiro presidente civil do Brasil. O seu mandato se estendeu de 1894 a 1898. Em seguida, Campos Salles foi eleito pelo Partido Republicano Paulista.
Outro partido de grande relevância nesse período foi o Partido Republicano Riograndense (PRR). Esse partido buscava afetar essa alternância no poder para defender os interesses da oligarquia rural e classes urbanas do Rio Grande do Sul.
No período da República Oligárquica não havia partidos políticos nacionais, os partidos eram estaduais. O Partido Republicano Conservador (PRC) era a exceção, pois tinha partidários do Rio Grande do Sul e em estados do Nordeste.
Embora o PRR não tenha elegido nenhum presidente, nesse período, tinha um senador no poder, o gaúcho Pinheiro Machado. Nessa fase, esse senador tinha grande representatividade na política nacional.
Presidentes da República Oligárquica:
A República Oligárquica é um período da história que possui características particulares. A seguir apresentaremos as que tiveram maior destaque.
Na República Oligárquica, os presidentes utilizavam a sua influência política para beneficiar os cafeicultores. Ao oferecer esses benefícios, esses políticos garantiam que se manteriam no poder.
Para que a política das oligarquias se mantivesse era essencial construir alianças estaduais como a Política dos Governadores. O resultado eleitoral favorável para as oligarquias era garantido por meio de fraude. Tal prática era chamada de Voto de Cabresto.
Os coronéis eram os chefes locais que realizavam essa prática que garantia a manutenção do sistema. Ainda que fossem chamados de coronéis, não tinham nenhum vínculo com o Exército. A política baseada em conseguir votos por meio do uso da força e da troca de favores é chamada de coronelismo.
A República Oligárquica não foi um período histórico tranquilo, embora tivesse bastante repressão pela força dominante. Havia protestos realizados pelos grupos e partidos que não estavam inseridos no círculo de poder como as classes urbanas, por exemplo. Confira algumas das principais revoltas desse período:
A industrialização crescente do país fez com que empresários e operários também se envolvessem nesse processo de protestos. Havia a reivindicação por mais direitos e mais atuação na política brasileira. Por meio de greves, os trabalhadores passaram a lutar para conquistar os seus direitos. Os donos de fábricas utilizavam as associações empresariais.
O fim da República Oligárquica se dá com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder. Vargas foi o candidato à presidência, nas eleições de 1930, porém, foi derrotado por Júlio Prestes. No entanto, a posse de Prestes foi impedida e Vargas se tornou presidente.
Esse episódio histórico é conhecido como Revolução de 30 e trouxe para o cenário político outros atores relevantes. Também foi um processo que mudou a forma como o país era governado e gerou novas demandas e motivações para reivindicações.
Agora você conhece melhor a República Oligárquica. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!