Reino Protista: conheça suas principais características
No Reino Protista ou Protoctista estão reunidos os organismos eucariontes que não possuem características para serem classificados nos reinos Plantae, Animalia ou Fungi. Há uma grande variedade de organismos nesse reino incluindo os unicelulares, pluricelulares, heterotróficos e autotróficos.
O que é Reino Protista?
O Reino Protista contempla os organismos eucariontes que não podem ser agrupados nos reinos Plantae, Animalia ou Fungi. Os sistemas de classificação mais atuais não consideram mais esse reino uma vez que vários dos seus representantes podem ser relacionados com plantas, animais ou fungos.
No entanto, o termo protista ainda é utilizado para se referir a organismos eucariontes que não são plantas, animais ou fungos. Os protozoários e as algas, por exemplo, são chamados de protistas.
Características do Reino Protista
Os protistas são organismos eucariontes, isso significa que eles apresentam células com núcleo definido além de organelas membranosas. Porém, como esse é um grupo com uma grande diversidade de organismos é difícil determinar características gerais. Confira abaixo algumas características que podem ser observadas nesses seres:
Boa parte dos protistas é unicelular, mas também existem espécies pluricelulares e coloniais.
Alguns protistas são autotróficos, porém, também existem espécies heterotróficas.
Há protistas que combinam as duas formas de nutrição, eles são chamados de organismos mixotróficos.
Algumas espécies apresentam reprodução sexuada e outras apresentam reprodução assexuada.
Boa parte dos protistas vive em ambientes aquáticos, mas há representantes vivendo no solo ou dentro de outros organismos.
Os protozoários causadores de doenças são exemplos de protistas vivendo dentro de outros seres.
Representantes dos protistas
Os protistas, geralmente, são divididos em dois grandes grupos: protozoários e algas. Os primeiros são organismos eucariontes que possuem nutrição heterotrófica. Já as algas possuem nutrição autotrófica.
É importante mencionar que, atualmente, há biólogos que classificam as algas verdes junto às briófitas. As plantas vasculares são classificadas em um grupo chamado de plantas verdes ou viridófitas.
Protozoários
Esses protistas são heterotróficos, ou seja, não são capazes de produzir seu próprio alimento.
Há protozoários de vida livre e organismos parasitas, alguns são causadores de doenças no homem.
Os protozoários são divididos, tradicionalmente, de acordo com sua forma de locomoção.
Essa divisão não possui valor taxonômico.
As estruturas locomotoras além de promover a locomoção também são usadas para obter alimentos.
Confira abaixo a classificação dos protozoários de acordo com a forma de locomoção:
Protozoários esporozoários
Não possuem estrutura locomotora. São exemplos desse tipo de protozoários: Toxoplasma gondii (causador da toxoplasmose) e Plasmodium (causador da malária).
Protozoários com pseudópodes
Esses protozoários se movem através de pseudópodes (prolongamentos citoplasmáticos). As amebas são um exemplo desse tipo de protozoários.
Protozoários ciliados
Movem-se através do batimento dos seus cílios. Podemos citar como exemplo o Paramecium.
Protozoários flagelados
Possuem flagelos como estrutura locomotora. Podemos citar como exemplo o Trypanosoma cruzi (causador da doença de Chagas).
Algas
Organismos aquáticos que apresentam nutrição autotrófica.
Podem ser unicelulares ou pluricelulares (essas algas não possuem diferenciação tecidual).
As algas são encontradas em água doce e em água salgada.
Apresentam papel ecológico similar ao das plantas no ambiente terrestre. Constituem a base da cadeia alimentar (organismos produtores).
As algas microscópicas constituem o chamado fitoplâncton que se destaca por produzir grande quantidade de oxigênio.
Há algas com valor econômico, sendo utilizadas na alimentação e na indústria para fabricar diferentes produtos de beleza e higiene.
Diatomáceas (crisofíceas)
Algas unicelulares ou coloniais.
São encontradas em abundância nos oceanos.
São reconhecidas entre 10.000 e 12.000 espécies.
Há espécies de diatomáceas de água doce.
Tem como principal característica apresentar uma parede celular com duas valvas que se encaixam como uma placa de Petri.
Essas paredes recebem o nome de frústulas e possuem sílica em sua composição.
Euglenoides
Essas algas são flageladas.
Habitam principalmente a água doce.
Boa parte dessas algas é unicelular exceto o gênero Colacium, este é colonial.
Existem entre 800 e 1.000 espécies, sendo que algumas têm nutrição mixotrófica (realizam fotossíntese na luz e tem nutrição heterotrófica na ausência de luz).
Algas douradas
Possuem carotenoides (fucoxantina) que lhes conferem a sua cor típica.
Normalmente, possuem dois flagelos.
Boa parte das algas douradas é unicelular, porém, algumas são coloniais.
Há cerca de 1.000 espécies diferentes, são predominantemente de água doce.
Algas pardas (feofíceas)
Pluricelulares.
Apresentam corpo vegetativo simples e indiferenciado (talo).
Possuem coloração amarronzada devido a presença de carotenoides (fucoxantina).
Existem aproximadamente 1.500 espécies e quase todas são marinhas.
Possuem tamanhos variados, algumas são pequenas e outras podem chegar a medir metros de comprimento.
Os kelps, por exemplo, podem alcançar mais de 30 metros de comprimento.
Têm relevância econômica e são usadas na alimentação.
Algas vermelhas
A maioria é marinha.
Há poucos indivíduos unicelulares.
A sua cor é resultado da presença de ficobilinas que mascaram a clorofila.
Há em torno de 6.000 espécies de algas vermelhas.
Dinoflagelados (pirrofíceas)
A maior parte é de organismos unicelulares com dois flagelos.
Os outros são imóveis, mas produzem células reprodutivas flageladas.
Nesses seres pode ser observado um flagelo em um sulco, como se fosse um cinto em torno da alga, e outro perpendicular a este.
O dinoflagelado gira quando os dois flagelos se movem.
Há muitas espécies marinhas, mas também muitas espécies de água doce.
Há cerca de 4000 espécies de dinoflagelados.
A reprodução exagerada dos dinoflagelados gera um fenômeno conhecido como maré vermelha.
A água adquire coloração avermelhada devido a presença de pigmentos carotenoides.
O problema da maré vermelha não é apenas a mudança de cor da água.
As toxinas produzidas por algumas espécies podem levar os animais como peixes à morte.
Muitos dinoflagelados são lembrados também por sua capacidade de bioluminescência.
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