Reino Monera: características e classificação das bactérias

Reino Monera é uma classificação taxonômica antiga da Biologia que abrangia os organismos unicelulares com célula procarionte. Atualmente, as espécies que formavam esse reino foram separadas em dois grupos distintos. Continue lendo para saber mais. 

O que é o Reino Monera?

Como citamos acima, a classificação taxonômica do Reino Monera é antiga. Contudo, mesmo que essa nomenclatura não seja mais utilizada ainda é comum encontrá-la em textos e livros antigos. Sendo assim, é fundamental saber mais sobre o que se tornou esse reino. 

Reino Monera: conheça as suas características 

Os seres vivos englobados no Reino Monera possuem somente uma célula que é obrigatoriamente procarionte. Esse tipo de célula não possui núcleo celular envolto por carioteca e nem organelas membranosas como o complexo de golgi e retículos endoplasmáticos. 

Organização da célula procariótica 

De maneira geral, uma célula procariótica apresenta uma membrana plasmática que delimita o citoplasma além de uma porção de ribossomos dispersos no fluido. Há células que apresentam também cápsulas externas que oferecem proteção contra as agressões do meio. 

Outro item observável no Reino Monera é a parede celular. É importante mencionar que a constituição desse envoltório foi usada como critério para a reclassificação desses organismos. 

No ambiente citoplasmático, o material genético fica distribuído e organizado na forma de um pequeno DNA circular. Há casos em que é possível observar a presença de plasmídeos (pequenos DNAs não essenciais). Eles permitem melhor adaptação dos procariontes ao meio.

Seres autótrofos e heterótrofos 

Os indivíduos do Reino Monera podem ser autótrofos, aqueles que produzem a sua própria nutrição a partir de um substrato como substâncias químicas ou luz. Também há indivíduos heterótrofos, aqueles que dependem do meio para sobreviver. 

Adaptações

As estratégias de sobrevivência adotadas pelos organismos do Reino Monera em cada meio foram essenciais para a sua seleção ao longo da evolução. Uma adaptação interessante de citar é a dos flagelos que oferecem maior mobilidade. As fímbrias, por sua vez, permitem a adesão em células de onde os nutrientes são extraídos. 

Outra estrutura interessante é dos pili, tipo de “pelo” ou “canal” que possibilita que o material genético seja transmitido entre diferentes indivíduos procariontes. Essas características citadas até aqui são relativas a um tipo de ser vivo: as bactérias como as cianobactérias (algas azuis) e arqueias (tipo de organismo primitivo). 

Reprodução no Reino Monera

Reprodução assexuada 

Grande parte dos organismos procariontes se reproduz de maneira assexuada através da fissão binária ou cissiparidade. O material genético é replicado (duplicado) e em seguida a célula é dividida em duas porções idênticas. Em cada célula filha há o mesmo tipo de DNA da célula original. Por isso o processo se chama fissão binária. 

Por ser um processo de reprodução rápido, as bactérias conseguem se estabelecer no ambiente com facilidade. As células procariontes, em muitas espécies, ficam ligadas entre si formando uma colônia bacteriana. 

Reprodução sexuada 

As bactérias podem realizar reprodução sexuada em alguns casos. A estrutura pili possibilita que o DNA complementar (plasmídeos) seja compartilhado. As características dos indivíduos que passam por esse processo estão associadas a esse material genético. 

Uma curiosidade é que a troca de genes plasmidiais contribui para que algumas bactérias resistentes a antibióticos transmitam essa informação para outros procariontes. É por isso que em alguns casos é necessário trocar o medicamento durante o tratamento de uma infecção bacteriana.

Doenças associadas ao Reino Monera

Há algumas doenças associadas ao Reino Monera como faringites, amigdalites e furúnculos. Outras doenças demandam tratamento mais direcionado como tuberculoses, meningites e infecções sexualmente transmissíveis. Confira abaixo algumas bactérias e as doenças que elas causam. 

  • Febre maculosa – Rickettsia rickettsii
  • Tétano Clostridium tetani
  • Cólera Vibrio cholerae
  • Sífilis – Treponema pallidum
  • Botulismo – Clostridium botulinum
  • Tuberculose – Bacilo de Koch ou Mycobacterium tuberculosis
  • Gonorreia – Neisseria gonorrhoeae
  • Leptospirose – Leptospira interrogans
  • Hanseníase – Mycobacterium leprae
  • Pneumonias bacterianas – Streptococcus pneumoniae, entre outras espécies. 

Importância ecológica 

O Reino Monera tem grande importância na ecologia porque as bactérias atuam na decomposição da matéria orgânica e na fixação do nitrogênio. Sendo o nitrogênio um elemento químico essencial para a sobrevivência em nosso planeta, as bactérias também são essenciais. 

Importância industrial

Os seres procariotos têm importância industrial devido a sua capacidade fermentativa. Eles podem ser utilizados para fabricar vinhos, pães, queijos, cervejas, vinagre, iogurtes e até biocombustíveis. 

Os indivíduos do Reino Monera também são importantes para a indústria farmacêutica. São estudados para produzir vacinas e antibióticos que ajudarão contra o seu funcionamento. Esses produtos podem ser utilizados para prevenir doenças em humanos e em outras espécies vivas.

Reclassificação do Reino Monera

Atualmente, os seres vivos estão classificados em três grandes domínios:

  • Bacterias;
  • Archae;
  • Eukarya. 

Os grupos Bacterias e Archae representam a divisão do antigo Reino Monera. Os organismos procariontes estão distribuídos nessas classificações. Os seres eucariontes estão englobados no domínio dos Eukarya. 

Os seres procariotos estão separados em Archae e Bacterias de acordo com os seus estilos de vida. As arqueias são seres unicelulares que se caracterizam por viver em condições hostis e extremas como temperaturas baixas ou altas. Também podem viver em ambientes com grandes concentrações de sal. 

Os procariontes mais conhecidos estão agrupados na divisão das Bacterias. Nesse grupo estão as bactérias patogênicas para o ser humano e também as cianobactérias (algas azuis). 

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