Você certamente já ouviu falar a respeito de Freud, afinal, ele é considerado o pai da psicanálise e uma referência quando o assunto é a mente humana. Siga a leitura para entender melhor quem foi Sigmund Freud e qual a importância desse grande neurologista e psiquiatra para a humanidade.
Nascido em 1856, no Império Austríaco (território que hoje corresponde à República Checa), Sigmund Freud mudou-se com sua família para Viena, na Áustria, ainda na infância, onde passou a maior parte de sua vida. Foi lá que, aos 17 anos, ingressou para a faculdade de medicina e, posteriormente, se tornou um reconhecido médico.
Trabalhando ao lado do neurologista francês Jean-Martin Charcot, Freud desenvolveu um grande interesse por um tipo de distúrbio emocional chamado na época de histeria. Tempos depois, ao lado de outro médico, Josef Breuer, realizou um estudo de caso sobre uma paciente que apresentava sintomas como tosse nervosa e paralisia. Ao longo do tratamento, a mulher relembrou experiências traumáticas que eles acreditavam ter contribuído para o desenvolvimento da doença.
Através de diversas análises e pesquisas, Freud e Breuer concluíram que não havia uma causa orgânica para o problema da paciente. Além disso, perceberam que o fato de ela falar sobre os sintomas que experimentava estava fazendo com que se tornassem cada vez menos intensos. A própria paciente se referiu ao tratamento como “cura pela fala”, expressão que é utilizada até hoje para se referir à psicanálise e à psicoterapia.
Outros trabalhos de Freud de grande relevância para os estudos ligados à mente incluem The Interpretation of Dreams (A interpretação dos sonhos) (1900) e Three Essays on the Theory of Sexuality (Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade) (1905).
Vale mencionar que a teoria dos estágios psicossexuais de Freud é objeto de críticas e debates entre especialistas. De qualquer forma, seu trabalho continua a influenciar a psicologia e muitas outras áreas até hoje. Inclusive, muitos outros psicólogos renomados e mundialmente conhecidos foram influenciados por ele, incluindo sua filha, Anna Freud, Erik Erikson e Carl Gustav Jung.
Por se referirem a temas complexos, as teorias de Freud são igualmente complexas, especialmente para leigos. De qualquer maneira, é possível entender a essência de cada uma delas. Veja, a seguir, quais são as suas teorias mais famosas.
Entre 1900 e 1905, Freud desenvolveu uma espécie de mapa da mente, por meio do qual descreveu as características e funções de cada área. Para tornar a explicação mais clara, ele fez uma analogia com um iceberg, em que:
Em 1923, Freud desenvolveu um novo modelo da mente, com estruturas que ele denominou como id, ego e superego. Essas classificações não representam áreas físicas do cérebro e sim conceitualizações hipotéticas de funções mentais importantes. Entenda melhor cada uma delas.
Na época em que Freud viveu, a sociedade era bastante repressora em relação aos desejos sexuais femininos, o que levou muitas mulheres a desenvolverem doenças psicológicas. Para compreender esses transtornos, ele buscou reconstituir o histórico sexual das pacientes, o que incluía especialmente os desejos e vontades, além de experiências ligadas ao amor, ódio, vergonha, culpa e medo, e como elas lidavam com essas emoções.
Esses estudos levaram ao capítulo mais controverso da obra de Freud, que é a teoria do desenvolvimento psicossexual e o complexo de Édipo. Ele acreditava que as crianças nascem com libido (desejo sexual ligado ao prazer) e que buscam o prazer através de objetos diferentes em cada estágio da infância.
Em 1900, Freud desenvolveu a teoria de que os sonhos são o caminho para o inconsciente, pois através deles os pensamentos e desejos reprimidos podem chegar à consciência, mesmo que de forma distorcida. Para ele, os sonhos desempenham uma função importante para a mente inconsciente e servem como fonte de informações valiosas sobre como ela opera.
Mesmo que algumas de suas teorias sejam consideradas controversas por especialistas da atualidade, é inegável a importância de Sigmund Freud para os estudos da mente humana.
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