Quais são os efeitos do álcool no organismo?

Você sabe quais são os efeitos do álcool no organismo? Desde a pré-história, bebidas alcoólicas são produzidas e fazem parte de festividades e de momentos de socialização de diferentes grupos.

Embora seja uma droga lícita, cuja venda é permitida e socialmente aceita, pode gerar consequências negativas para a saúde quando há uso prolongado e em excesso. Continue lendo para saber mais.

Efeitos do álcool no organismo: entenda como eles acontecem

Antes de qualquer coisa, é importante ressaltar que o álcool age de formas distintas em cada indivíduo. Alguns fatores como idade, sexo, quantidade consumida, histórico familiar e condições físicas, contribuem para acentuar as diferenças de efeitos.

Alguns efeitos do álcool são mais comuns e podem ser observados já após os primeiros goles. Porém, outros são decorrentes do acúmulo da substância e podem demorar a se manifestar. Confira abaixo alguns efeitos do álcool no organismo que podem gerar consequências adversas.

1. Alterações cerebrais

O álcool é uma substância que reduz a atividade cerebral por ser um depressor do sistema nervoso central. Ele altera a ação de neurotransmissores, como o glutamato, ácido gama-aminobutírico e a serotonina. No decorrer da ingestão da bebida, o organismo do indivíduo passa por alguns estágios.  

Concentração baixa de álcool no sangue (entre 0,01 e 0,12 gramas/100 mililitros)

A baixa concentração tende a levar o indivíduo a ficar desinibido, relaxado e em alguns casos eufórico. Conforme a quantidade de álcool vai aumentando, vão surgindo outros efeitos, como a redução dos reflexos, perda de memória, dificuldade de atenção e falta de equilíbrio.

Concentração muito alta de álcool no sangue (a partir de 0,40 gramas/100 mililitros)

Quando a concentração de álcool no sangue chega a uma quantidade muito elevada, pode gerar um quadro de intoxicação grave e parada cardiorrespiratória. Sequelas neurológicas podem ocorrer e, até mesmo, o óbito em alguns casos.

Esses efeitos mencionados acima são facilmente observáveis, no entanto, há outros decorrentes do consumo demasiado de álcool na infância e adolescência. O desenvolvimento cerebral pode ser prejudicado, inibindo o crescimento de novos neurônios, além do surgimento de lesões permanentes. É também um fator de risco para a depressão ou outros transtornos mentais.

2. Lesões no fígado

As lesões hepáticas podem surgir em decorrência do consumo de álcool pelo fato de que é o fígado o órgão responsável por metabolizar essas substâncias. O consumo demasiado de álcool pode levar a um quadro clínico de esteatose hepática, a popular doença conhecida como fígado gorduroso.

O fígado gorduroso se caracteriza pelo acúmulo de gordura em suas células. O problema pode se estabilizar, regredir ou evoluir para uma hepatite alcoólica com o decorrer dos anos. Por sua vez, essa condição clínica se caracteriza por ser uma inflamação que gera sintomas, como inchaço na barriga, dor abdominal, náusea, olhos amarelados, perda de apetite, vômito, entre outros.

Além disso, o consumo demasiado de álcool pode levar ao surgimento de uma cirrose hepática. Essa condição consiste em uma lesão crônica que forma cicatrizes (fibrose), além da formação de nódulos que atuam bloqueando a circulação sanguínea. Não é incomum que seja necessário um transplante desse órgão.

3. Disfunção renal

Para entender os efeitos do álcool nos rins é preciso conhecer antes as suas funções. Os rins realizam a filtragem do sangue, eliminando resíduos nocivos ao organismo. Atuam, também, na produção de hormônios, regulam o equilíbrio ácido/básico, entre outras funções relevantes.

O consumo demasiado de álcool pode levar a um quadro de diurese, que se caracteriza pela produção de urina, causando a desregulação da concentração de eletrólitos no sangue. Isso faz com que a pressão arterial seja elevada, alterando o funcionamento do órgão.

4 – Irritação do estômago

Dentre os sintomas mais comuns causados pelo álcool estão enjoo, náusea e vômito. Contudo, os efeitos da bebida alcoólica podem ir muito além dessa sensação de mal-estar, gerando irritações, erosões ou infecções na mucosa gástrica, o resultado disso pode ser uma gastrite aguda.

O álcool chega primeiro ao aparelho gastrointestinal, levando ao aumento da secreção de ácido clorídrico. O indivíduo pode sofrer com a queimação, dores abdominais, perda de apetite e vômito.

5. Problemas cardiovasculares

Alguns estudos sugerem que o consumo moderado de álcool pode ser benéfico para o coração por melhorar a circulação sanguínea, além de proteger o sistema cardiovascular. O vinho tinto é visto como um grande aliado por ter elevadas quantidades de resveratrol e flavonóides. No entanto, o consumo excessivo de álcool pode levar ao surgimento de problemas cardíacos bastante sérios, como:

Cardiomiopatia alcoólica

Alteração na função de contração do músculo do coração.

Arritmia

Consiste em uma desregulação do ritmo dos batimentos cardíacos.

Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVC hemorrágico)

Ocasionado pelo sangramento de uma artéria.

Hipertensão arterial

Chamada popularmente de pressão alta.

6. Enfraquecimento do sistema imunológico

O álcool se caracteriza por entrar bem facilmente na corrente sanguínea, percorrendo o organismo como um todo, diminuindo, assim, a produção de glóbulos vermelhos e levando ao comprometimento do sistema imunológico.

Isso significa que o corpo se torna mais vulnerável ao surgimento de doenças e infecções. Beber uma quantidade elevada de álcool, ainda que somente em uma ocasião, pode fazer com que o indivíduo desenvolva tuberculose, pneumonia e anemia. 

7. Inflamação do pâncreas

A pancreatite crônica (inflamação do pâncreas) leva ao endurecimento e diminuição do tamanho do órgão. Dentre as consequências desse quadro clínico estão dores abdominais, diarreia com fezes de aspecto gorduroso, diabetes e perda de peso.

A diabetes pode resultar das mudanças causadas pelo álcool no funcionamento do pâncreas, reduzindo a produção de insulina ou levando até à incapacidade de sua produção.

8. Mais risco de desenvolvimento de câncer

Consumir excessivamente álcool pode elevar o risco de desenvolver alguns tipos de cânceres, como o câncer de boca, laringe, faringe, fígado, intestino, mama e boca. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), há relação de bebidas alcoólicas em pelo menos 4% dos óbitos por câncer.

Esses são alguns dos efeitos do álcool no organismo! Para conferir mais conteúdos informativos de saúde e outros assuntos, fique ligado no blog do Hexag!

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