No dia 24 de fevereiro de 2022, a Rússia invadiu a Ucrânia, dando início a um conflito bélico que vem despertando a atenção do mundo. No artigo a seguir você poderá entender melhor os motivos que levaram a essa situação. Trata-se de um conflito baseado em diferentes fatores.
A invasão russa ao território ucraniano, no dia 24 de fevereiro de 2022, tem origem multifatorial. No final de 2021, as tensões entre os dois países aumentaram consideravelmente. No entanto, as bases do conflito têm raízes em um passado mais distante e também nas relações culturais, territoriais e políticas das duas nações.
A Ucrânia estava cada vez mais próxima de organizações como a União Europeia e a Otan. Esse é um dos principais motivos do conflito, pois levaria a uma aproximação mais enfática do Ocidente, o que resultaria na perda de influência russa sobre o país vizinho.
Uma aliança da Ucrânia com a Otan faria com que os outros países-membros passassem a proteger a nação, direta ou indiretamente. Logo, o país teria maior potencial militar e para a Rússia isso poderia significar uma ameaça.
Outras causas do conflito também são a crise que tomou conta da Ucrânia após as negociações com a União Europeia terem sido suspensas e a questão referente à Crimeia. A Rússia reconheceu, um pouco antes da invasão, a independência de algumas regiões separatistas da Ucrânia.
A guerra na Ucrânia tem contribuído para que haja um grande número de refugiados ucranianos, inúmeros mortos e feridos e ainda a aplicação de sanções contra a Rússia e contra membros do governo russo.
A invasão russa ao país vizinho tem suas bases no passado histórico das duas nações. Os territórios que hoje são a Rússia, a Ucrânia e Belarus foram ocupados, inicialmente, por povos com uma mesma matriz étnica, chamados de primeiros eslavos ou Rus.
Essa denominação foi atribuída bastante tempo depois do começo do povoamento. Dessa forma, mesmo havendo culturas particulares em cada uma das nações, é inegável que existem elementos culturais em comum.
A geopolítica e a questão territorial dos dois países também nos ajudam a compreender os motivos da guerra. O Império Russo, na segunda metade do século XVIII, anexou parte do território ucraniano. Áreas do oeste ao sul foram incorporadas, inclusive a península que, atualmente, corresponde à Crimeia.
Em 1922, o país foi integrado à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Foi somente em 1991, quando a URSS foi desmantelada, que a Ucrânia conquistou novamente a sua independência. Durante todo o período da Guerra Fria, o país foi integrante do bloco soviético.
Em 1954, a península da Crimeia foi cedida pela Rússia para a Ucrânia, um gesto interpretado como uma manobra estratégica. Essa região retornaria para o domínio russo quase sessenta anos depois, levando a uma grave crise diplomática e geopolítica entre as nações. Esse episódio deu origem à chamada Questão da Crimeia, um dos fatores do conflito atual.
Em 1949, foi criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Essa aliança política e militar objetivava resolver e prevenir conflitos, além de oferecer proteção para seus países-membros.
Com o fim da Guerra Fria, a Otan passou por um processo de expansão no Leste Europeu. Nos últimos tempos, houve uma maior aproximação com a Ucrânia, que também demonstrou interesse em ingressar na União Europeia.
Confira mais detalhes sobre os motivos que levaram a Rússia a invadir a Ucrânia.
Analistas e pesquisadores políticos ainda estão debatendo as motivações que levaram a Rússia a invadir o país vizinho no dia 24 de fevereiro de 2022. Dentre as principais razões apontadas está a aproximação da Ucrânia com a Otan. Devemos nos lembrar de que, na visão russa, a Otan é uma organização representante dos países do Ocidente, especialmente dos seus principais rivais políticos como os Estados Unidos.
Há, ainda, o fato de que nações do Leste Europeu, que fazem fronteira com a Rússia, já são integrantes da Otan. Estão nessa aliança os países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) e a Polônia. Dessa forma, restaram apenas a Ucrânia e Belarus. Se a Ucrânia ingressasse na Otan, isso poderia reduzir consideravelmente a influência russa no país vizinho.
Além disso, a Ucrânia passaria a contar com a política de segurança e proteção militar oferecida pela Otan. Logo, os outros países-membros da aliança ofereceriam apoio direto em uma situação de instabilidade. Para a Rússia isso representaria uma grande ameaça.
Em 2013, as negociações de ingresso da Ucrânia na União Europeia foram suspensas pelo então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, que estava alinhado com a política russa. No ano seguinte, 2014, Yanukovich foi deposto depois de uma grande onda de protestos que tomou conta da Ucrânia.
Também em 2014, houve a anexação da Crimeia pela Rússia. Os russos declararam, ainda, apoio para as regiões separatistas do leste ucraniano. Nessas regiões há um número expressivo de população de origem russa e o governo da Rússia alegou estar agindo em prol dessas pessoas.
Poucos dias antes da invasão acontecer de fato, a Rússia reconheceu a independência das regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, no leste da Ucrânia. Tropas russas foram, então, deslocadas para essas áreas, permanecendo nos limites fronteiriços ucranianos.
Além das causas mencionadas, há analistas que consideram que essa invasão é uma forma de Vladimir Putin, presidente da Rússia, demonstrar o poder e a influência do seu país nessa região.
Esses são os motivos apontados por analistas políticos para a invasão do território ucraniano pela Rússia.