De acordo com a narrativa bíblica, os hebreus foram um povo que teve origem com o patriarca Abraão, em Canaã. De origem semita, esse povo migrou para o Egito, onde passou por um longo período de escravidão, e então retornou a Canaã. Na sua volta, precisou reconquistar a terra dos cananeus e filisteus.
Na Antiguidade, os hebreus eram um povo seminômade que se fixou em Canaã, parte da sua história é contada através da narrativa bíblica. A Bíblia consiste nas escrituras sagradas dos cristãos.
Assim como outros documentos oriundos da Antiguidade, a Bíblia é considerada como uma fonte histórica. Porém, nem todas as informações presentes em seu texto são consideradas como verdades históricas. Algumas passagens bíblicas a respeito do povo hebreu são consideradas como míticas e sem embasamento em fatos históricos.
Segundo a narrativa bíblica, os hebreus são descendentes diretos de Abraão. Esse povo teria partido da Mesopotâmia rumo a Canaã, por volta do século XX a.C. De acordo com a Bíblia, Abraão foi um pastor seminômade morador de Ur.
Ele então recebeu uma profecia de Deus que lhe dizia para abandonar a sua terra e partir em busca da “terra prometida”. Muitos historiadores consideram difícil comprovar os textos bíblicos sobre Abraão, pois foram escritos quase dez mil anos após os fatos. Para os historiadores, o povo hebreu teria se originado no seio dos cananeus.
Os israelitas encontraram no Vale do Rio Jordão terras mais férteis e ali se fixaram. Os hebreus continuaram tendo um perfil seminômade. Também mantiveram contato com os cananeus, os povos originários. Muitos hebreus passaram a adorar a Javé (deus hebraico) e também outros deuses como El (deus cananeu).
A primeira fase da história dos hebreus é conhecida como período dos patriarcas.
Grandes patriarcas hebreus:
Segundo a narrativa bíblica, os hebreus migraram para o Egito, em torno de 1700 a.C., devido à falta de alimentos em Canaã. O objetivo dos israelitas era se estabelecer nas terras férteis das margens do Rio Nilo. Contudo, historiadores identificam diversas perguntas sem respostas nesse período.
Os hebreus teriam chegado ao Egito no período em que havia o domínio dos hicsos. Nesse primeiro momento, o povo de Canaã teria sido bem recebido e teria existido cooperação entre os povos. No entanto, quando os egípcios expulsaram os hicsos houve reflexos negativos também para os hebreus.
Sendo assim, a escravização do povo hebreu pelos egípcios teria sido uma forma de vingança. Esse regime de escravidão teria sido mantido até 1300 a.C., quando surge a figura de Moisés, o grande libertador do seu povo.
Quando os hebreus foram libertados retornaram para Canaã, essa passagem recebe o nome de Êxodo. Mas, não existe uma comprovação histórica de que essa migração ocorreu da forma como é relatada na Bíblia, especialmente em relação ao número de participantes.
Ao longo do trajeto de retorno para Canaã, os hebreus viveram como nômades na Península do Sinai. Quando chegaram a Canaã, o povo israelita descobriu que a terra prometida havia sido ocupada por cananeus e filisteus. Segundo é descrito na Bíblia teria tido início, então, uma campanha de conquista.
Segundo o texto da Bíblia, os hebreus realizaram uma grande campanha militar para reconquistar Canaã. Porém, os historiadores acreditam que o processo de retomada da terra foi mais lento e menos impactante do que o descrito.
Os historiadores embasam essa opinião no fato de que não existem indícios de uma invasão de grande porte dos israelitas. Há evidências que indicam a formação de aldeias, em torno de 1200 a.C., ao norte de Jerusalém. Alguns historiadores ainda sugerem que Israel teria nascido no interior da sociedade cananeia.
Israel foi criada pelos hebreus presentes em Canaã, essa fase é chamada de período dos juízes. Nesse período, a autoridade máxima do povo hebreu pertencia aos juízes e chefes militares.
A monarquia hebraica teria sido iniciada por Samuel, o último juiz hebreu, no final do século XI a.C. A monarquia foi adotada devido ao enfraquecimento de povos como os assírios e egípcios. Outros povos como os filisteus, amonitas e moabitas passaram a representar uma ameaça para os hebreus, nesse contexto.
Sendo assim, era necessário ter uma liderança forte, como a figura de um rei. Os três grandes reis da monarquia hebraica foram:
Durante o reinado de Saul foram realizadas inúmeras conquistas militares. Porém, a principal conquista militar se deu ao longo do reinado de Davi. A cidade de Jebus (capital dos jebuseus) foi conquistada, talvez em uma campanha militar ou por meio de golpe militar. Não se sabe ao certo. Essa cidade é atual Jerusalém.
Renomeada como Ir David, a cidade foi conquistada por volta de 1000 a.C. Davi idealizou o Templo de Jerusalém como um lugar sagrado para os hebreus. Porém, a sua construção se deu ao longo do reinado de Salomão. Esse foi um período de prosperidade e um exército reforçado.
Quando o reinado de Salomão chegou ao fim, o Reino de Israel perdeu sua força. A consequência foi a sua divisão em dois reinos: Judá e Israel. Essa fragmentação levou a sua conquista por vários outros povos como:
O templo sagrado dos hebreus foi destruído pela primeira vez durante a conquista empreendida pelos caldeus. O povo hebreu foi escravizado na Babilônia e mais uma vez, durante o domínio romano, o templo sagrado foi destruído.
Os conflitos entre os hebreus e os romanos receberam o nome de Guerras Romano-Judaicas. O Templo de Jerusalém foi novamente destruído, em 70 d.C. A repressão violenta dos romanos acarretou na fuga dos hebreus para a Palestina, essa foi a diáspora.
Agora você conhece mais sobre a história dos hebreus. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!