A proclamação da independência do Brasil aconteceu no dia 7 de setembro de 1822. Dom Pedro de Alcântara, o então Príncipe Regente, teria gritado à guarda que o acompanhava a seguinte frase: “Independência ou morte!”.
Pedro foi coroado como imperador do Brasil no dia 1° de dezembro de 1822, recebendo o título de D. Pedro I. Continue lendo para entender mais sobre esse importante acontecimento histórico.
Houve diversas causas que levaram ao processo de independência do Brasil. Dentre as principais, podemos citar o desejo da elite brasileira de eliminar o monopólio comercial de Portugal, os conflitos entre deputados brasileiros e portugueses nas Cortes de Lisboa e as ideias iluministas sobre liberdade dos povos.
Napoleão Bonaparte, imperador da França, travou uma dura disputa com a Inglaterra e, como forma de pressionar o inimigo, desejava que Portugal fechasse seus portos para os ingleses.
Como o comércio com a Inglaterra era muito importante para os portugueses, D. João, o Príncipe Regente de Portugal, decidiu transferir-se com sua família para a principal colônia, o Brasil. A Família Real Portuguesa permaneceu em nosso país entre os anos de 1808 e 1820.
Com a chegada da Família Real, houve a declaração da abertura dos portos brasileiros às nações amigas de Portugal, ou seja, à Inglaterra. Essa medida acabou com o monopólio português.
Em 16 de dezembro de 1815, o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido de Portugal e Algarves. Deixando de ser colônia e tendo o mesmo status que Portugal, o país passou a enviar deputados para as Cortes de Lisboa.
No período em que o Brasil foi elevado de status, nem todos estavam satisfeitos com o governo de D. João VI. Entendia-se que somente a capital se beneficiava com as melhorias.
Em 1817, em Recife, atual estado de Pernambuco, eclodiu uma revolta que entrou para a história como Revolução Pernambucana. Seu objetivo era fundar outro país sob o nome de Confederação do Equador.
No dia 24 de agosto de 1820 teve início, na cidade portuguesa do Porto, um movimento revolucionário conhecido como Revolução Liberal do Porto. Dentre os objetivos estavam derrubar o governo do comandante inglês em exercício, forçar a volta de D. João VI, elaborar uma Constituição e recolonizar o Brasil.
Em 26 de abril de 1821, D. João VI deixou o Brasil rumo a Portugal com sua família, exceto D. Pedro, herdeiro do trono, que passou a ser o regente do Brasil.
Em resposta à pressão portuguesa, foi entregue ao Príncipe Regente, no dia 9 de janeiro de 1822, uma petição com 8.000 assinaturas pedindo que ele não fosse embora.
A resposta de D. Pedro foi a célebre frase: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico”. Esse dia ficou conhecido como Dia do Fico e foi mais um passo rumo à conquista da independência do Brasil.
É importante mencionar que, em algumas províncias brasileiras, havia partidários dos portugueses que não eram favoráveis ao governo do Príncipe Regente. Inclusive, o comandante do Rio de Janeiro, general Avilés, tentou obrigar D. Pedro a embarcar para Portugal. Sua ação foi impedida pela mobilização de brasileiros que ocuparam o Campo de Santana.
Foi um período bastante crítico para o governo, ministros portugueses pediram demissão e havia grande caos. D. Pedro, então, formou um novo ministério liderado por José Bonifácio, que, até aquele momento, era o vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo. Em maio foi determinado que o governo brasileiro somente atenderia as determinações de Portugal com a devida aprovação do Príncipe Regente.
Na Bahia estava em curso uma dura luta entre tropas portuguesas e brasileiras. As Cortes em Portugal reagiram tomando medidas como declarar a Assembleia Constituída no Brasil ilegítima, o governo de D. Pedro ilegal e exigir seu retorno imediato a Portugal. O movimento pró-separação de Portugal se intensificou.
Com o objetivo de buscar apoio de líderes locais, D. Pedro partiu para a província de São Paulo. Durante sua viagem, a princesa Dona Leopoldina se tornou a regente. No seu retorno ao Rio de Janeiro, no dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro estava às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, quando recebeu os últimos decretos de Lisboa.
Nesses decretos ficava estabelecido que ele seria apenas um governador, ou seja, estaria sujeito às autoridades das Cortes. Foi então que ele decidiu que deveria cortar os laços entre Brasil e Portugal.
O Príncipe Regente teria solicitado que os presentes retirassem de seus uniformes as insígnias portuguesas e teria gritado em alto e bom som: “Independência ou morte!”.
A frase de D. Pedro se tornou o lema dos brasileiros e no dia 12 de outubro de 1822 ele foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil. A coroação foi realizada oficialmente no dia 1° de dezembro de 1822.
A comemoração da Independência do Brasil acontece no dia 7 de setembro por uma questão simbólica. Foi o momento em D. Pedro decidiu romper as relações de subordinação do Brasil com Portugal. Esse dia é um feriado nacional e em várias localidades são realizados desfiles escolares e militares.
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