A ONG SOS Amazônia foi criada na década de 1980, como uma forma de proteger a floresta do aumento do desmatamento decorrente do aumento de pastagens na região. No artigo a seguir você poderá conhecer mais sobre a história de resistência dessa ONG, assim como o seu significado nos tempos atuais.
Ao longo da década de 1980, grandes áreas de floresta foram derrubadas e substituídas por pastagens. O movimento dos seringueiros no Acre formou uma resistência contra essa mudança, pois desejavam proteger a floresta e o seu meio de ganhar a vida. Os seringueiros defendiam o direito de posse de suas colocações.
A resistência empreendida por esses verdadeiros guardiões da floresta incentivou professores, estudantes universitários e representantes de movimentos sociais a se unirem criando a SOS Amazônia.
O ativista e seringueiro Chico Mendes também fez parte desse processo de criação. Entre os principais objetivos da ONG estavam a defesa da causa extrativista e a proteção da floresta, prestando apoio às populações tradicionais.
No contexto da criação dessa ONG, havia muito conflito na região e uma de suas ações mais contundentes foi a de expor esse cenário. Foram divulgados dados e fotos a respeito do desmatamento na região, assim como as denúncias sofridas pelos seringueiros que resistiam ao avanço das invasões.
A SOS Amazônia também passou a atuar na frente de informação e diálogo por meio da distribuição de materiais que explicavam a situação. A ONG realizou um importante trabalho de trazer à tona o que vinha acontecendo na região amazônica. Era urgente que a sociedade compreendesse como o desmatamento estava crescendo e quais seriam as consequências desse descaso com a floresta.
Como já citamos, durante os anos 1980, a região amazônica enfrentou muitas dificuldades no tocante a sua conservação. Com um panorama tão complexo, a SOS Amazônia decidiu dar um passo além e iniciar a realização de projetos que pudessem ajudar a região.
A ONG passou a propor e contribuir na implementação de políticas públicas para difundir modelos e práticas de conservação da biodiversidade com desenvolvimento sustentável.
A missão da SOS Amazônia diz respeito a promover a conservação da biodiversidade e o crescimento da consciência ambiental da Amazônia. Um dos compromissos da ONG é seguir os ideais do ativista Chico Mendes, que tanto contribuiu para a construção de uma preocupação genuína do mundo com a Amazônia.
Basicamente, a ONG acompanha de perto o crescimento do desmatamento e outras práticas que interferem na preservação da floresta. Também difunde informação para trazer esse debate para a discussão da sociedade e contribui com projetos e iniciativas pautadas no bem-fazer pela floresta.
Nos anos 1980, a Floresta Amazônica vivia uma situação muito semelhante com a enfrentada nos dias atuais. Desmatamentos e queimadas se tornaram acontecimentos cotidianos na região sem a devida fiscalização. Em um contexto em que a floresta sangra todos os dias devido a ações irresponsáveis do homem, é imprescindível buscar formas de controlar os danos.
Nas últimas décadas, a SOS Amazônia se dedicou a desenvolver e implementar políticas públicas, tendo como foco potencializar a preservação da biodiversidade da floresta, bem como desenvolvimento sustentável. Foram mais de uma centena de projetos implementados pela ONG que possui uma forte rede de parceiros.
Atualmente, a SOS Amazônia atua nos estados do Acre e Rondônia, além do sudoeste do Amazonas. Participam das atividades da ONG cerca de cinco mil famílias. De maneira geral, a atuação da instituição se concentra em Unidades de Conservação (UC) como, por exemplo, o Parque Nacional da Serra do Divisor e a Reserva Extrativista Alto Juruá.
Conheça a seguir alguns dos projetos realizados pela ONG.
Esse projeto está alinhado com a ideia de desenvolvimento de negócios florestais sustentáveis, sendo desenvolvido nas Unidades de Conservação no Acre e Rondônia. Através desse projeto a governança será fortalecida nessas regiões e atividades econômicas serão implementadas.
Em 2019, com a mudança dos governos estadual do Acre e federal, houve a suspensão de importantes investimentos na conservação ambiental e a propaganda do agronegócio aumentou. Nesse contexto foi criado o Harpia (Observatório de Políticas Socioambientais do Acre) com o objetivo de monitorar essas iniciativas no estado.
Esse projeto visa fortalecer a produção da Borracha Cernambi Virgem Prensado (CVP) no Acre. O incentivo à produção contribui tanto para manter a floresta de pé quanto para gerar trabalho para os extrativistas. O projeto teve seu início em 2019 e envolve mais de 200 famílias.
Objetiva a promoção e recuperação da cobertura do solo, levando à obtenção de uma série de benefícios econômicos, ecológicos e sociais. A iniciativa visa reduzir a pressão sobre a floresta, além de preservar a biodiversidade.
O projeto Brigadas Amazônia realiza ações emergenciais de monitoramento das queimadas e desmatamento na região amazônica. Também realiza ações de conscientização ambiental.
O projeto, criado em 2003, conta com a participação voluntária de mais de 50 famílias ribeirinhas instaladas ao longo do rio Juruá. Os voluntários monitoram as praias de desovas dos quelônios na região de fronteira com o Peru. O objetivo desse projeto é garantir a conservação de espécies de tartarugas, iaçás e tracajás.
Em 2013, uma campanha experimental deu início ao que se tornaria esse projeto com objetivo de promover a educação ambiental a respeito da correta destinação de resíduos sólidos recicláveis.
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