O ramo da linguística responsável pelo estudo dos significados dos vocábulos da língua recebe o nome de semântica. Continue lendo para entender mais sobre esse termo e qual é a sua importância para o estudo da língua.
Como citamos acima, a semântica consiste no ramo da linguística responsável pelo estudo dos significados e/ou sentidos que os vocábulos da língua possuem. Essa palavra tem origem no grego “semantiká”, cujo significado é “sinal”. A semântica possui duas vertentes: Sincrônica e Diacrônica.
Também chamada de semântica descritiva, é a vertente que estuda o significado dos vocábulos utilizados na atualidade.
Trata-se da vertente da semântica que estuda o significado das palavras utilizadas em outros movimentos históricos. É também chamada de semântica histórica.
A semântica tem grande relevância por nos auxiliar a encontrar as palavras mais adequadas para diferentes discursos. Para conseguir comunicar uma ideia com clareza e transmitindo o real sentido da mensagem, é interessante recorrer à semântica, ou seja, ao conhecimento dos significados das palavras.
Quando se sabe quais são os significados que uma palavra pode ter em diferentes contextos, torna-se mais fácil saber se ela é ou não perfeita para o objetivo do seu discurso.
Para que possamos usar o recurso do conhecimento dos significados das palavras é essencial conhecer alguns conceitos básicos desse ramo da linguística. Confira a seguir quais são esses conceitos.
Sinônimos são palavras que apresentam significados parecidos como, por exemplo: frágil e fraco; usar e utilizar ou andar e caminhar. Vale o adendo de que a palavra sinônimo vem do grego e significa “semelhante nome”. A classificação é feita a partir da semelhança que um termo compartilha com outro.
São chamados de sinônimos perfeitos aquelas palavras que têm significados idênticos como, por exemplo: léxico e vocabulário ou depois e após. Por sua vez, recebem o nome de sinônimos imperfeitos aquelas palavras têm significados semelhantes, mas não idêntico como, por exemplo, riacho e córrego ou obeso e gordo.
Palavras antônimas são aquelas que possuem significados opostos como, por exemplo, triste e feliz; escuro e claro; mau e bom. Essa palavra também vem do grego e significa “nome contrário ou nome oposto”.
Palavras que possuem pronúncia ou grafia igual, mas significados diferentes são chamados de homônimos. Palavras com a mesma grafia e com a mesma sonoridade de pronúncia são chamados de “homônimos perfeitos”. Confira a seguir alguns exemplos:
Pelo (de animais) e pelo (através):
Cedo (tempo) e cedo (de ceder):
Palavras parônimas são aquelas cujos significados são diferentes, mas têm semelhança na pronúncia e na escrita. Confira os exemplos a seguir:
Soar (de som) e suar (transpirar):
Acento (sinal gráfico) e assento (lugar para se sentar):
Acender (de luz) e ascender (subir):
A polissemia diz respeito aos múltiplos significados que uma única palavra pode ter. Alguns termos vão adquirindo novos significados com o passar do tempo, porém, ainda se mantêm relacionados com o significado original. Confira os exemplos a seguir.
Perna (de pessoas) e perna (de móveis):
Letra (de escrita) e letra (de canção):
O uso conotativo das palavras demanda a interpretação do contexto em que elas estão inseridas. Basicamente, a conotação diz respeito ao sentido figurado, virtual e subjetivo de uma palavra. O campo semântico das palavras é ampliado quando se faz o uso conotativo das mesmas.
É comum que a conotação seja utilizada em textos poéticos para produzir sensações em que está lendo, confira os exemplos a seguir:
Por sua vez, a denotação consiste no sentido real, objetivo e literal de uma palavra. Uma dica para se lembrar é pensar que denotação começa com “D” de dicionário, onde as palavras são apresentadas em seu sentido real.
O sentido denotativo se ocupa de explorar uma linguagem mais informativa, deixando de lado a linguagem poética (conotativa). Essa linguagem é bastante usada em trabalhos acadêmicos, manuais de instruções, bula de remédios, entre outros. Confira alguns exemplos abaixo:
No sítio da Fátima há cinco porcos.
A palavra “porco” pode ser empregada em sentido conotativo quando se quer ofender ou classificar a ação de alguém como repugnante.
Não foi aquele cara que comprou suas empadinhas ontem?
A palavra “cara” pode ser empregada em sentido conotativo como, por exemplo, na expressão “cara de pau”.
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