Os robôs evolutivos representam um dos próximos passos de desenvolvimento da área tecnológica. No artigo a seguir apresentaremos com mais detalhes o conceito e como ele impactará esse setor em plena expansão. Boa leitura!
A área de tecnologia tem apresentado desenvolvimentos bastante interessantes nos últimos tempos e um dos destaques são os chamados robôs evolutivos. Esses robôs consistem em dispositivos eletromecânicos que reproduzem a lógica do processo evolutivo de maneira similar a aquela apontada por Charles Darwin. A ideia é que essas máquinas autônomas sejam capazes de evoluir com o passar do tempo, corrigindo as suas falhas.
Dessa forma, esses equipamentos se aperfeiçoariam, tornando-se mais independentes dos seres humanos. Os robôs já possuem uma inteligência artificial bastante evoluída, apresentando um tipo de “DNA digital” que pode ser misturado com o de outro dispositivo para gerar um descendente comum. Trata-se de um mecanismo bastante relevante para que as máquinas sejam cada vez mais sofisticadas para resolver tarefas.
A década de 1990 marca o início dos experimentos na área de robótica evolutiva. A coordenação desse trabalho ficou a cargo dos pesquisadores Dario Floreano e Francesco Mondada, os dois da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça. Nesse trabalho, os cientistas iniciaram a criação de um sistema de controle para um robô chamado Khepera, fundamentado em um mecanismo móvel.
Outro sistema, desenvolvido na Universidade de Sussex, se tornou o sucessor dessa invenção, sendo aplicado ao robô Gantry. O MIT Media Lab, na sequência, deu início ao desenvolvimento de projetos com robôs evolutivos. Porém, eles acabaram não evoluindo para máquinas mais práticas.
O projeto Autonomous Robot Evolution (ARE) está sendo realizado atualmente na Universidade de York, juntamente com outras instituições europeias. Essa iniciativa tem sido considerada bastante ambiciosa, uma vez que tem como foco desenvolver dispositivos eletromecânicos com a capacidade de evoluir sozinhos.
Os pesquisadores tencionam desenvolver uma tecnologia de robôs que seja capaz de “cruzar” entre si e se adaptar ao meio, em um período de quatro anos. Dessa forma, essa tecnologia seria capaz de se adaptar ao meio, isto é, as máquinas estariam aptas a se desenvolver e resolver tarefas complexas.
Afinal, qual é a motivação de criar robôs cada vez menos dependentes dos seus inventores? A ideia, segundo os cientistas dessa área, é oferecer benefícios para os humanos. Esses dispositivos poderiam ser empregados na realização de tarefas importantes, mas muito perigosas para os seres humanos, como a limpeza de reatores nucleares, por exemplo.
Por não saber exatamente como o reator está, não é possível desenhar um robô específico para essa atividade. Contudo, seria interessante poder colocar o sistema de produção dentro do reator para que os robôs apenas evoluíssem para realizar essa atividade. Há potenciais ganhos também para a área de exploração espacial.
Desenvolver e enviar robôs para outro planeta, sem saber ao certo quais são as condições, pode ser um processo muito dispendioso e repleto de incertezas. Porém, ao enviar o sistema de fabrico dos robôs, seria possível ter dispositivos adequados a qualquer circunstância.
A proposta, em longo prazo, dessa área é que a tecnologia evolua a ponto de possibilitar o surgimento de ecossistemas robóticos autônomos. Esses sistemas teriam a capacidade de trabalhar por longos períodos sem que fosse necessário ter a supervisão humana. Essa é uma possibilidade que representa grandes ganhos financeiros e de evolução tecnológica.
Existe um forte debate na área científica a respeito da necessidade e praticidade de dotar robôs de sentimentos, por exemplo. Afinal, do que adiantaria ter uma secretária eletrônica que se recusa a registrar os recados de alguém com quem não simpatiza? Ou de uma máquina de lavar que fica triste quando o dono não está em casa? Essas questões trazem a reflexão do quanto seria interessante ou não para o homem contar com esse tipo de recurso refinado.
Porém, diferente do que se imagina, os robôs inteligentes não fariam parte apenas de contextos distantes da realidade da maioria, como a exploração espacial. Já existem brinquedos que conversam com essa área de tecnologia evoluída, como cachorros robôs que mudam o comportamento de acordo com a interação das crianças. Esses brinquedos contribuem para o desenvolvimento de relações específicas entre os pequenos e o robô, que cumpre o papel de um animal de estimação.
Os filmes de ficção científica têm feito algumas previsões interessantes para essa área de robôs evolutivos, como o filme “Inteligência Artificial”, que conta a história de um robô com a capacidade de amar. Alguns cientistas que trabalham nessa área de desenvolvimento apontam que pode estar próximo o momento em que os robôs não poderão mais ser distinguidos dos seres humanos.
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