Taxonomia: conheça seu conceito e aplicação na biologia

A taxonomia é uma área da Biologia com foco na classificação e organização dos seres vivos. É por meio dos critérios estabelecidos por essa área que os cientistas nomeiam seres vivos e definem as ligações entre eles. Para isso, são consideradas as suas características biológicas. Acompanhe e saiba mais!

O que é taxonomia?

A taxonomia é o campo da Biologia responsável por organizar e classificar os seres vivos. Possui grande relevância, pois sem essa forma de classificação seria bastante difícil estudar a grande variedade de espécimes existentes. Trata-se de uma forma de organizar o conhecimento do mundo natural. 

Os estudos taxonômicos se baseiam na divisão dos seres vivos em grupos, assim possibilita chegar a resultados mais precisos em pesquisas com diferentes finalidades. Sem a taxonomia seria mais difícil realizar investigações científicas, por não haver uma sistematização.

História da taxonomia

Na Grécia antiga, bem antes dos modelos taxonômicos atuais existirem, Aristóteles elaborou uma divisão simples e interessante: 

  • Seres vivos de sangue vermelho;
  • Seres vivos com sangue de outra cor. 

Essa classificação levava em consideração apenas os animais, as plantas eram deixadas de lado. Contudo, foi o botânico, médico e zoólogo Carl von Linné, que projetou um modelo de classificação organizacional mais completo, no século XVIII. Em 1735, ele criou o chamado Systema Naturae, utilizado até hoje para os estudos biológicos. 

Os estudos dos seres vivos se tornaram muito mais precisos a partir da criação dessa divisão. No século XX, o biólogo, botânico e ecologista Robert Harding Whittaker contribuiu com acréscimos ao modelo de Linné. Também no século passado, o microbiologista Carl Woese contribuiu dando mais destaque aos seres microscópicos. 

Categorias taxonômicas

Categorias taxonômicas de Carl von Linné

Linné criou, ao todo, sete categorias taxonômicas, são elas: 

  • Filo (grupo de classes semelhantes);
  • Classe (grupo de ordens semelhantes);
  • Ordem (grupo de famílias semelhantes);
  • Família (grupo de gêneros semelhantes);
  • Gênero (grupo de espécies semelhantes);
  • Espécie.

Cada categoria dessas é chamada de táxon. 

Categorias taxonômicas de Robert Harding Whittaker

Whittaker adicionou a categoria de Reino às sete categorias de Linné. Ao todo existem cinco Reinos: 

  • Protoctista;
  • Fungi;
  • Animalia;
  • Plantae;
  • Monera (que foi dividido em Archaea e o Eubacteria). 

Categorias taxonômicas de Carl Woese

Carl Woese adicionou às divisões, a categoria de Domínio. Hierarquicamente, essa categoria fica acima dos Reinos. O Domínio é dividido em três: 

  • Archaea (dentro dele está o reino Archaea);
  • Bactéria (dentro dele está o reino Eubacteria);
  • Eukarya (dentro dele estão os reinos Protoctista, Fungi, Animalia e Plantae).

Caracteres taxonômicos

Os caracteres taxonômicos são outro tipo de divisão, dentro das divisões feitas por Linné. Esses caracteres permitem reunir indivíduos de alguns grupos que se diferenciam em relação a caracteres determinados. Confira abaixo como é feita a divisão dos caracteres taxonômicos:

  • Morfológicos – destacam-se por terem morfologias externa e interna além de estruturas especiais, Embriologia e Cariologia. 
  • Fisiológicos – dizem respeito ao nível de sangue e órgãos, além de fatores metabólicos, secreções e excreções. 
  • Moleculares – referem-se a questões imunológicas, a sequenciação de proteínas, eletroforese, sequenciação de DNA e aminoácidos. 
  • Comportamentais – passaram a ser consideradas somente recentemente e dividem as espécies conforme o comportamento específico de cada um. 
  • Ecológicos – referem-se ao habitat e hospedeiros, parasitas e alimentação. 
  • Geográficos – diferenciam-se dos demais por meio da Simpatria e Alopatria. 

Sistema binomial

O sistema binominal é um dos elementos mais relevantes da classificação de Linné e está em vigor desde 1758. Somente são aceitos na classificação taxonômica dos seres vivos, aqueles que podem ser classificados de acordo com esse sistema. 

A função do sistema binominal é o de atribuir nomes para todas as espécies que já foram descobertas e que ainda seriam descobertas. Ter um sistema é fundamental para definir regras de nomenclatura para uso na comunidade científica. 

Como funciona o sistema binominal?

  • O nome da espécie deve ser escrito sempre em latim.
  • Como o latim é uma língua morta não passa por atualizações ou correções, dessa forma é universal. 
  • Preferencialmente o nome da espécie deve ser escrito em itálico. 
  • A primeira letra do nome deve estar sempre em maiúscula. 
  • A nomenclatura binária é formada por dois nomes. 
  • O primeiro nome é sempre um epíteto genérico que será utilizado para definir o gênero da espécie.
  • Por sua vez, o segundo nome deve ter um epíteto específico. 
  • Uma espécie deve ter os dois epítetos. 

Um exemplo: Homo sapiens. Observe que o nome está em itálico, é formado por dois epítetos sendo Homo o epíteto genérico e sapiens o epíteto específico. 

Qual é a aplicação da taxonomia na Biologia? 

A taxonomia foi desenvolvida para facilitar a descrição e o estudo dos seres vivos. Foi de grande relevância para a ciência, pois as divisões feitas permitiram avançar e melhorar as pesquisas focadas em seres vivos. 

Atualmente, essa área não está limitada somente a divisão e facilitação do estudo do mundo biológico, busca também compreender as origens dessas divisões. As divisões, embora contribuam com os estudos, foram pensadas para um determinado ser vivo por algum motivo. 

A taxonomia, independente dos acréscimos realizados no decorrer dos anos, sempre foi uma ferramenta determinante na área biológica. Não existindo uma classificação correta dos seres vivos seria bastante complexo o trabalho de pesquisa na ciência. 

Gostou de saber mais sobre taxonomia? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!

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