O que é Parasitologia?

A parasitologia é uma área da biomedicina que tem como foco o estudo de parasitas animais e vegetais, assim como a relação entre parasita e hospedeiro. A evolução do conhecimento dessa área permitiu que a humanidade reduzisse consideravelmente as mortes por doenças infecto-parasitárias. Continue lendo para saber mais.

O que é parasitologia?

A parasitologia é uma área de estudo dentro da biomedicina cujo foco é a investigação de organismos parasitários. Entende-se por parasita os organismos que vivem através da relação biológica de parasitismo (que se caracteriza por ser uma relação íntima e duradoura). 

O objeto de estudo da parasitologia enquanto área médica é a relação estabelecida entre seres eucariotos espoliadores e o homem. Nesse campo de estudos, estão incluídos:

  • Protozoários;
  • Helmintos;
  • Artrópodes.

Objetivos da relação de parasitismo

Como citamos anteriormente, uma relação de parasitismo é duradoura e íntima. Os objetivos de estabelecer essa ligação incluem:

  • Proteção para uma das partes;
  • Alimento para uma das partes.

A relação entre o parasita e o hospedeiro apresenta algum grau de dependência metabólica. Em outras palavras, é uma relação em que o hospedeiro é o fornecedor de nutrientes e condições fisiológicas fundamentais para o parasita sobreviver. 

Prejuízos para o hospedeiro

Na relação de parasitismo, normalmente, o parasita gera algum dano ao seu hospedeiro. Porém, dificilmente essa relação leva a óbito, pois para o parasita não há benefício na perda do hospedeiro. Se o hospedeiro morrer isso pode significar a morte do parasita também.

Doenças infecto-parasitárias representam um grande problema

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) aproximadamente 14% da população mundial apresenta algum tipo de doença parasitária. No Brasil, houve queda significativa nos óbitos devido a esse tipo de doenças nas últimas décadas. Porém, ainda há um grande volume de casos.

As doenças infecto-parasitárias estão intimamente relacionadas com as condições socioeconômicas daqueles que as contraem. Isso porque essas doenças são ocasionadas em muitos casos por falta de saneamento básico.

As regiões Norte e Nordeste do Brasil são as que apresentam maior número de casos desse tipo de doenças. As faixas etárias extremas são as mais afetadas, especialmente crianças menores de 1 ano. A parasitologia é uma área de estudo de grande importância para reduzir os efeitos dos problemas causados por parasitas. 

Estudo da evolução dos parasitas

Um dos pontos que dificulta contornar os problemas gerados pelos parasitas é o fato de eles terem evoluído. Ao longo do tempo, os parasitas passaram por adaptações:

  • Biológicas;
  • Morfológicas;
  • Fisiológicas.

Essas adaptações potencializaram a relação entre parasitas e hospedeiros. A parasitologia se dedica a investigar e entender como tornar essas adaptações menos danosas para o homem. Confira a seguir mais detalhes sobre essas adaptações. 

Adaptações morfológicas

Alguns parasitas sofreram degenerações ao longo do tempo, com perdas de órgãos e atrofias. Assim se facilitou estabelecer a relação de parasitismo com os hospedeiros. Um exemplo é o da pulga que perdeu suas asas ao longo da evolução.

Outros parasitas evoluíram morfologicamente passando por hipertrofia de órgãos, especialmente os de reprodução, fixação e resistência. Um exemplo é o desenvolvimento de uma enzima chamada antiquinase em alguns helmintos. 

A função dessa enzima é neutralizar a ação dos sucos digestivos permitindo que os parasitas resistam à ação de anticorpos ou macrófagos. Assim, as defesas do hospedeiro não representam ameaça para os helmintos. 

Adaptações biológicas

Em relação às adaptações biológicas se destaca a evolução das capacidades reprodutivas de alguns parasitas. Muitos deles passaram a produzir mais cistos, ovos e outros tipos de infectantes. Assim, esses parasitas puderam ter mais sucesso na perpetuação da espécie diminuindo possíveis dificuldades criadas pelo hospedeiro. 

Adaptações fisiológicas

Os parasitas passaram por uma grande evolução em seus mecanismos reprodutivos nos últimos anos. Destacamos:

  • Poliembrionia;
  • Partenogênese;
  • Hermafroditismo.

Os mecanismos reprodutivos mencionados tiveram papel fundamental para facilitar o processo de fecundação e consequentemente a reprodução da espécie. 

Relação sintomática ou assintomática

Alguns fatores relacionados ao hospedeiro ou ao parasita podem gerar uma relação sintomática ou assintomática. Dentre esses fatores estão:

  • Resposta imune do hospedeiro;
  • Hábitos de vida do hospedeiro;
  • Virulência (capacidade do parasita se multiplicar dentro do organismo levando ao desenvolvimento de doença).

Exemplo

Para tornar esse ponto mais claro apresentaremos como exemplo o caso de uma infecção causada por ancilostomídeos. Uma infecção causada por 10 ancilostomídeos irá se manifestar de forma branda, talvez nem se manifeste. 

Porém, se houver 1.000 ancilostomídeos no organismo haverá grande consumo de sangue do hospedeiro. Assim o paciente pode desenvolver uma anemia severa. Porém, é interessante citar que muitas das evoluções dos hospedeiros os levaram a causar menos danos.

É uma questão até mesmo de seleção natural uma vez que os parasitas mais agressivos têm mais chances de perder o seu hospedeiro. Sem hospedeiro, os parasitas não conseguem se perpetuar e acabam morrendo. Embora a relação de parasitismo cause danos tende a não ser fatal pelo bem do próprio parasita. 

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