Existem termos ligados à saúde que são bastante difundidos, mas que nem todos sabem exatamente do que se trata. Hoje iremos desmistificar um deles, explicando exatamente o que é o autismo, como ele se manifesta e quais são as suas causas. Ao se informar, além de aprender algo novo, poderá contribuir para garantir os direitos dos autistas e ajudar a combater o preconceito.
O termo mais correto utilizado na atualidade para se referir ao autismo é Transtorno do Espectro do Autismo, também conhecido pela sigla TEA. Essa nomenclatura envolve várias categorias que antes eram tratadas de forma independente, mas que possuem forte relação entre si, como é o caso do Transtorno Global do Desenvolvimento e da Síndrome de Asperger.
Basicamente, indivíduos que possuem algum transtorno do espectro autista possuem dificuldade de fala, interação social e comunicação não verbal, além de comportamentos restritos e repetitivos. A intensidade dos sintomas varia de acordo com cada caso, como poderá observar a seguir. A palavra funcionalidade se refere à capacidade de realização de atividades simples.
Como geralmente o problema surge na infância, a criança com autismo de baixa funcionalidade interage muito pouco com outras pessoas, realiza movimentos repetitivos e apresenta atraso mental.
É a categoria na qual se concentra a maior parte dos casos de autismo. O indivíduo tem comportamentos repetitivos, não costuma olhar nos olhos das pessoas e encontra dificuldades para se comunicar.
Os sintomas são praticamente os mesmos da média funcionalidade, com a diferença de que são mais leves. Por isso, os indivíduos com autismo de alta funcionalidade conseguem levar uma vida normal, estudar, ter uma profissão, ter relacionamentos.
Um a cada dez autistas faz parte de uma categoria denominada Savant, em que o indivíduo apresenta talentos específicos combinado com uma grande capacidade de memória. Aspectos que, muitas vezes, se sobrepõem aos déficits psicológicos. É chamada popularmente de síndrome da genialidade.
Como mencionado, o autismo costuma ser diagnosticado ainda na infância, embora existam casos de diagnóstico tardio, até mesmo em adultos. Mas, de modo geral, os sinais apresentados costumam ser:
Existem alguns sinais específicos do autismo que podem ser identificados logo nos primeiros meses de vida, como:
Vale dizer que nem todos os bebês se desenvolvem iguais à maioria e isso não significa que tenham um Transtorno do Espectro do Autismo. Apenas um médico capacitado para tal pode dar um diagnóstico correto.
Não existe uma causa única para o autismo, pesquisas sugerem que o transtorno seja causado por uma junção de fatores, que podem ser genéticos ou ambientais. São influências que demonstram aumentar o risco de um indivíduo desenvolver TEA, mas é importante deixar claro que aumentar o risco não é o mesmo que causar.
Esse esclarecimento se faz necessário porque nem todo indivíduo que possui esses fatores considerados de risco desenvolve autismo, assim como nem todo autista os apresenta.
Veja, a seguir, quais são os principais fatores considerados de risco para o autismo.
Pesquisas apontam que o autismo pode ter fatores de risco genéticos, como alterações em genes de pais não autistas que são transmitidos para os filhos, que nascem autistas. Além disso, podem ocorrer mudanças durante o desenvolvimento do embrião, ou no espermatozóide ou óvulo que se uniram para formá-lo.
Em relação aos fatores ambientais, foram observados os seguintes pontos como possíveis aumento dos riscos de autismo:
Muitos pesquisadores se dedicam a estudar o autismo e tentar entender quais são as suas causas, a fim de encontrar medidas para evitar o transtorno. Ao longo dessa jornada, acabam descobrindo fatores que não oferecem qualquer risco relacionado ao Transtorno do Espectro do Autismo, como é o caso das vacinas.
Agora que já sabe o que é o autismo, espalhe a informação, compartilhando através de suas redes sociais. Para conferir mais conteúdos de biologia e saúde, além de dicas para o Enem e o vestibular, fique ligado no Blog do Hexag!