O termo indústria cultural foi criado pelos teóricos da Escola de Frankfurt para se referir a indústria do entretenimento popular. Trata-se da cultura produzida para as massas de trabalhadores dos centros urbanos. Esse tipo de cultura é veiculada pelo cinema, rádio, TV, propagandas entre outros.
Como citamos acima, o termo indústria cultural foi primeiramente utilizado pelos teóricos da Escola de Frankfurt. Refere-se ao mecanismo comercial de fomento do consumo massificado de bens culturais e artísticos, em geral.
A gestão desse mecanismo está nas mãos de grupos de empresários que concentram a organização das cadeias produtivas de lazer e entretenimento. Basicamente, a indústria cultural é representada por empresários e trabalhadores que atuam na publicação, distribuição e venda de revistas, jornais, livros, filmes, músicas, entre outros.
Além disso, a indústria cultural também engloba a comunicação televisiva e radiofônica por assinatura, streaming, entre outros. Em linhas gerais, consiste nos mecanismos voltados para o entretenimento e lazer das populações de grandes cidades.
Os filósofos e teóricos da Escola de Frankfurt foram os responsáveis por definir o conceito de indústria cultural. O destaque, dentro desse grupo, é de Theodor Adorno e Max Horkheimer, os autores da Dialética do Esclarecimento. A obra foi publicada pela primeira vez, em 1947, em alemão.
Inclusive, por este motivo o termo indústria cultural é mais comumente utilizado na Europa. Por sua vez, nos Estados Unidos o termo mais utilizado é “indústria do entretenimento” para se referir ao cinema, música, televisão, entre outros.
Desde a década de 1930, os conglomerados de empresários que controlam os principais estúdios de cinema do mundo estão concentrados em Los Angeles. Filmes como Star Wars, Titanic, Avatar, Rei Leão foram produzidos em Hollywood.
A indústria cinematográfica indiana, Bollywood, é uma das principais do mundo. Os filmes produzidos nessa indústria estão em idiomas como hindi e outras línguas indianas populares na Ásia e no mundo.
Outro exemplo de indústria cultural mundial é a música pop coreana, conhecida como K-pop. Esse estilo musical se tornou um fenômeno global e pode ser definido como um produto da indústria cultural.
A invenção dos tipos móveis de imprensa, no século XV, por Gutenberg, é tida como a origem simbólica da indústria cultural. O desenvolvimento dessa indústria continuou devido ao avanço da sociedade industrializada com contornos de capitalismo liberal, iniciada com a Revolução Industrial do século XVIII.
A indústria cultural foi se transformando com revoluções em diferentes campos como o surgimento da eletricidade, no século XIX. Também podemos citar a revolução da eletrônica e cibernética, do século XX.
A existência de mídias que permitiram transmitir uma mensagem para um grande número de pessoas foi decisivo. Atualmente, vivemos na chamada sociedade da informação. Nesse cenário, a indústria cultural está baseada na divulgação imediata do que acontece no mundo. Tudo acontece “ao vivo” com a transmissão de imagens.
As relações sociais desenvolvidas em uma sociedade de consumo, inserida em uma economia de mercado, são outro fator que levou a origem da indústria cultural. A sociedade de consumo atua incentivando as pessoas a comprarem bens e serviços. Trata-se de uma forma de autoidentificação e busca por felicidade.
A indústria cultural cria produtos culturais comercializados para atender a desejos e necessidades das pessoas. O consumo cultura se torna então uma parte essencial do consumismo em geral.
A teoria crítica desenvolvida pela Escola de Frankfurt nos auxilia a distinguir as produções ideológicas daquelas que são massificantes.
A Escola de Frankfurt foi fundada, em 1922, na Universidade de Frankfurt, na Alemanha. O grupo de teóricos se transferiu para os Estados Unidos com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Em 1949, o grupo retornou para a Alemanha e seguiu produzindo até 1969.
Teóricos ligados a Escola de Frankfurt:
A perspectiva abordada pela Escola de Frankfurt é a de que seria criada a homogeneização dos comportamentos por meio da indústria cultural. A arte se transforma em um produto para ser consumido, conforme os interesses de quem produz. O interesse do público não é considerado.
Agora você sabe mais sobre a indústria cultural. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!