O ensino da educação financeira e o impacto na vida das pessoas

Desde 2017, a educação financeira compõe a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). No entanto, foi apenas em 2020 que esse tópico passou a ser implementado nas escolas de ensino infantil e fundamental. Para os alunos de ensino médio esse conteúdo entra em vigor em 2022, já como parte da grade do Novo Ensino Médio. 

A inclusão de disciplinas dessa área na educação de crianças e adolescentes pode significar a mudança da dinâmica financeira de muitas famílias. Trata-se de um assunto em pauta que pode aparecer como tema de redação de vestibulares e Enem. Continue lendo e confira alguns tópicos interessantes de abordar em redações a respeito desse tema. 

Educação Financeira: um tema fundamental para a vida

Uma das pioneiras na defesa da importância da educação financeira na grade curricular de escolas é a consultora Cássia D’Aquino. Ela atua alinhada com instituições de ensino, jovens e adultos desde o ano de 1994. Identificando a relevância de ensinar crianças e adolescentes a respeito de finanças, defende que eles precisam primeiro entender o que desejam da vida.

Ter um objetivo claro é essencial para guiar todos os passos do planejamento financeiro da vida. Para os jovens é crucial compreender qual é a relação entre administrar bem o dinheiro e ter tranquilidade para realizar os seus sonhos. Além disso, tem se mostrado cada vez mais importante fazer um exercício de assimilação de como a realidade de outros países se reflete no cotidiano dos brasileiros. 

Ensinar os jovens a ler e refletir sobre o que acontece nos Estados Unidos, China, entre outros, os ajudará a viver em um mundo cada vez mais globalizado. Os jovens que têm a oportunidade de dar sequência aos estudos após o Ensino Médio devem compreender o valor disso e entender como fazer escolhas melhores.

Para boa parte dessas pessoas esse é o momento crítico de escolher uma profissão e se preparar por longas horas para conquistar sua vaga no vestibular. 

Os passos seguintes

Pensar no vestibular e na escolha de uma profissão é importante para o início da construção da vida adulta. No entanto, os jovens precisam ter em mente os passos seguintes para estruturar seu futuro e independência. Em outras palavras, além de escolher uma profissão, é necessário ter uma ideia de quais serão seus passos seguintes.

Essa organização da futura carreira é também uma aplicação dos ensinamentos de educação financeira. Há diversos filmes norte-americanos que retratam a vida de jovens que trabalham durante as férias em atividades temporárias.

Esse é um hábito comum nesse e em outros países e os jovens aprendem desde cedo que precisam ter seu próprio dinheiro. Para especialistas como D’Aquino, isso se constitui em uma experiência interessante para conhecer melhor a si mesmo e aos seus talentos.

No Brasil, no entanto, não é comum que jovens de classes média e alta busquem pelo seu próprio dinheiro, culturalmente isso não é bem visto pelos pais. Ainda há uma visão por parte dos genitores de que ter filhos adolescentes trabalhando é um sinal de fracasso. 

Agir dessa forma inibe os jovens de se aventurarem na compreensão do mundo e da forma de usar o dinheiro a seu favor. Não é incomum que esses jovens cheguem ao mercado de trabalho sem nenhuma ideia de como se inserir e conduzir sua vida.

Por que a educação financeira é importante? 

A presença do tema educação financeira em sala de aula é fundamental para oferecer uma boa qualidade de vida para os jovens no futuro. Vivemos em um país em que boa parte da população sofre com algum nível de endividamento. Em muitos casos, os pais não sabem como gerir o seu dinheiro e dessa forma não tem como transmitir esse conhecimento para os seus filhos.

Então, ter esse tema sendo apresentado na escola pode ter um grande impacto na vida financeira das famílias desses estudantes. Ao identificar que os brasileiros têm dificuldade de gerir seu dinheiro é necessário ensiná-los a como fazer isso. Os estudantes em sala de aula podem ser a ponta da transmissão dessa mensagem relevante para termos uma nação mais forte frente às adversidades. 

Como abordar o tema na redação?

Esse tema pode ser trabalhado na redação a partir da perspectiva do envelhecimento da população. A tendência é que em 2030, o Brasil detenha a quinta maior população idosa do planeta. A grande preocupação a esse respeito é que somente 21% dos brasileiros estão se preparando de alguma maneira para esse momento.

Outra forma de abordar o tema é falar a respeito do impacto que os conhecimentos de educação financeira podem ter no seio familiar. Como já mencionamos, os estudantes podem funcionar como agentes de educação dentro dos seus lares contribuindo para um melhor gerenciamento dos ganhos familiares.

Também é possível desenvolver esse tema sob o viés do empreendedorismo. O povo brasileiro é reconhecido por ter alma empreendedora. Porém, boa parte das empresas não consegue chegar aos cinco anos de mercado. Há grande número de empreendimentos indo à falência porque não há conhecimento financeiro por parte desses empreendedores.

A educação financeira nas escolas é o começo de uma grande mudança na vida dos brasileiros!

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