Nova República: início, acontecimentos e presidentes
O período da história brasileira chamado de Nova República se iniciou em 1985, momento de transição da ditadura militar para a democracia. Em 1988, foi promulgada a nova Constituição.
Governos da Nova República
Governo de José Sarney (1985-1990)
A economia oferecia significativos desafios, a inflação chegou a marca de 222%.
Em 1986, foi implementado o Plano Cruzado que congelou os preços por tempo indeterminado.
Inicialmente a inflação foi controlada, mas gerou desabastecimento no mercado.
A prática do “ágio” – pagamento de valores acima dos tabelados para adquirir mercadorias – passou a ser realizada.
Em 1988, foi promulgada a nova Constituição que estabeleceu o Estado democrático de direito.
Foi definido que as eleições seriam diretas e os mandatos presidenciais durariam cinco anos. Foram adicionados Direitos Humanos e direitos sociais.
Em 1987, foi declarada moratória, sendo implementado o Plano Bresser.
Em 1989, foi instituído o Plano Verão que introduziu o cruzado novo e privatizou empresas estatais.
Governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992)
Foi um período tumultuado da história brasileira.
Os ministérios foram reduzidos de 23 para 12.
24 empresas estatais foram extintas.
A ministra Zélia Cardoso de Mello colocou o Plano Collor de estabilização econômica em prática.
Houve a volta do cruzeiro e o bloqueio de contas correntes e de poupança. Os salários e preços foram congelados.
Houve uma série de denúncias de corrupção que respingaram em figuras importantes como o empresário PC Farias.
Essas denúncias levaram à renúncia coletiva dos ministérios e a formação de um novo gabinete.
Pedro Collor, irmão do então presidente, fez denúncias a respeito da influência do tráfico no governo e de um esquema de corrupção de PC Farias.
Uma CPI começou em paralelo ao surgimento do movimento dos Caras Pintadas.
O pedido de impeachment de Fernando Collor foi aprovado em 29 de setembro de 1992, pela Câmara dos Deputados.
Itamar Franco assumiu interinamente a presidência.
Governo de Itamar Franco (1992-1994)
Em 1994, foi introduzido o Plano Real de Estabilização Econômica, com a liderança do ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.
O Plano Real trouxe resultados palpáveis, incluindo a queda da inflação e atração de investimentos estrangeiros.
Fernando Henrique Cardoso (PSDB) venceu as eleições presidenciais no primeiro turno.
Governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)
Fernando Henrique Cardoso teve dois mandatos: de 1995 a 1998 e de 1999 a 2002.
No primeiro mandato FHC conseguiu controlar a inflação através do Plano Real.
FHC deu início a um extenso programa de desestatização para reduzir o déficit público.
Estatais como a Telebras, a Eletrobras e a Companhia do Vale do Rio Doce foram estatizadas.
Foi FHC quem propôs a Emenda Constitucional nº 16 de 1997 que permitia a reeleição.
A aprovação dessa emenda esteve envolvida em acusações de corrupção e venda de votos dos parlamentares.
O segundo mandato de FHC teve diversos desafios econômicos como a crise das bolsas de valores asiáticas que se refletiram no Brasil.
Medidas impopulares como o aumento de impostos e desvalorização do real foram implementadas.
Foram introduzidos programas sociais.
Em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito.
Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010)
Luiz Inácio Lula da Silva foi uma importante liderança sindical no ABC Paulista que ascendeu à presidência.
Lula fundou o Partido dos Trabalhadores (PT).
A possibilidade de sua eleição gerou o chamado “efeito Lula” que levou à valorização do dólar.
Lula e sua equipe então publicaram a Carta ao Povo Brasileiro se comprometendo a respeitar contratos do governo anterior.
O primeiro mandato de Lula, de 2003 a 2006, foi marcado pela garantia da governabilidade com a coalizão parlamentar.
Os programas sociais foram expandidos como o Bolsa Família.
Houve o escândalo do Mensalão que abalou o governo.
No segundo mandato, de 2007 a 2010, Lula enfrentou desafios como o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Mesmo com a crise econômica mundial de 2008, o governo Lula se manteve com grande popularidade.
Governo de Dilma Rousseff (2011-2016)
A economista Dilma Rousseff iniciou sua trajetória política desde jovem participando de movimentos armados de resistência à Ditadura Militar.
Ingressou no PT em 2001.
Dilma venceu as eleições de 2010 no segundo turno contra José Serra.
Dilma formou uma coalizão com o PMDB.
No primeiro governo, de 2011 a 2014, Dilma implantou a Nova Matriz Econômica.
Houve queda no crescimento econômico.
Em junho de 2013, houve uma onda de protestos.
Em 2014, teve início a polarização devido aos desdobramentos da Operação Lava Jato.
Dilma foi reeleita com 51,64%.
Houve uma ampla crise política e econômica que culminou no impeachment de Dilma devido às “pedaladas fiscais”.
Governo de Michel Temer (2016-2018)
Michel Temer, vice de Dilma Rousseff, assumiu o governo.
Implementou medidas de controle de gastos que contribuíram para reduzir a inflação.
Porém, seu governo foi marcado por crises políticas.
Temer esteve envolvido na acusação de compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.
Em seu governo foi aprovada a reforma trabalhista que reduziu direitos dos trabalhadores.
Em 2018, Jair Bolsonaro foi eleito presidente.
Governo de Jair Bolsonaro (2019-2022)
O governo de Jair Bolsonaro foi marcado por controvérsias.
No começo do governo, Bolsonaro demitiu alguns de seus ministros.
Entrou em conflito com aliados de longa data como o ex-ministros da Justiça, Sérgio Moro.
Os filhos de Bolsonaro tiveram influência ativa no governo. Flávio Bolsonaro foi acusado no caso das “rachadinhas”.
A postura de Bolsonaro diante da pandemia de Covid-19 foi desastrosa com a defesa do fim das restrições e negação da gravidade da situação.
Bolsonaro emitiu opiniões controversas sobre as vacinas.
Mesmo dizendo que não faria alianças, Bolsonaro buscou alianças com o chamado Centrão.
Em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente novamente.
Governo atual de Luiz Inácio Lula da Silva (2023-atual)
Lula foi preso devido às investigações da Operação Lava Jato, porém, as acusações foram anuladas.
No terceiro mandato, tem se mostrado mais austero e prudente do que nos mandatos anteriores.
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