O termo Nova Ordem Mundial passou a ser utilizado, na década de 1990, para referir-se à estrutura geopolítica delineada após o fim da União Soviética. A partir desse momento, o mundo deixou de estar dividido apenas entre duas nações para se tornar multipolar. No artigo a seguir explicaremos melhor essa configuração.
Recebe o nome de Nova Ordem Mundial a estrutura econômica, política e de poder instalada em escala global, a partir da segunda metade do século passado. Consiste no reordenamento da geopolítica mundial que tem como marco inicial a queda do Muro de Berlim, na Alemanha, em 1989.
O fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1991, consolidou essa mudança da lógica bipolar para a multipolar. Em linhas gerais, diz respeito à nova forma como o mundo está organizado.
A principal mudança que a Nova Ordem Mundial trouxe foi a transição de um mundo bipolar para um mundo multipolar. Mais de duas nações detêm o poder, anteriormente apenas Estados Unidos e URSS detinham esse status e lutavam pela liderança global. Contudo, os Estados Unidos continua tendo uma posição de destaque.
Um dos países que ascendeu à Nova Ordem Mundial é a China. No final da década de 1970, o país se tornou uma das principais economias globais ao lado dos Estados Unidos, Japão e União Europeia.
O novo critério para a divisão do mundo passou a ser o desenvolvimento econômico. Nesse cenário, os países estão categorizados da seguinte forma:
Ressaltamos que essa designação não considera necessariamente a posição geográfica das nações em relação a linha do Equador. Um exemplo é a Austrália, que está localizada no Sul do globo, mas faz parte do Norte Global. O México, por sua vez, está localizado geograficamente no Norte, mas pertence ao Sul Global.
Na Nova Ordem Mundial, os blocos econômicos têm grande relevância em termos de articulação. Esses blocos surgiram devido ao aumento do fluxo de capitais, informações e mercadorias entre os territórios. A globalização contribuiu para o surgimento de mais empresas transnacionais.
A existência desses blocos, na Nova Ordem Mundial, é determinante para que acordos bilaterais e multilaterais possam ser realizados. Eles permitem negociar a adoção de políticas conjuntas, especialmente para o desenvolvimento das regiões que representam.
Principais blocos econômicos da Nova Ordem Mundial:
Quando a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) terminou teve início um período que se tornou conhecido como Guerra Fria. Durante essa fase, o mundo esteve dividido em dois blocos: capitalista e socialista. Os Estados Unidos esteve à frente do bloco capitalista, enquanto a URSS liderava o bloco socialista.
As duas nações disputavam a hegemonia política e ideológica através de demonstrações de poderio bélico e avanços tecnológicos. Essa fase ficou marcada pela corrida armamentista e a corrida espacial.
Essa estrutura global começou a ruir quando a URSS chegou ao fim com a queda do Muro de Berlim, na Alemanha, em 1989. A dissolução da União Soviética, em 1991, consolidou o fim da antiga ordem vigente e o surgimento da Nova Ordem Mundial.
Esse termo “Nova Ordem Mundial” surgiu em um discurso proferido, em 1991, pelo então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. A consolidação dessa nova configuração se deu através da ascensão de nações consideradas emergentes e do aumento do fluxo de pessoas e informações.
Provavelmente você já ouviu alguma teoria da conspiração que tem como base a Nova Ordem Mundial. Em geral, essas teorias acreditam que existem acordos clandestinos para que um único governo seja instalado. Organismos internacionais estariam no topo da cadeia de comando global defendendo os interesses do grupo dominante.
Esse grupo seria formado por indivíduos da elite econômica ou de sociedades secretas e grupos que possuem poderes ocultos. Essas ideias não estão nem próximas do que significa verdadeiramente a Nova Ordem Mundial. Trata-se somente do novo quadro geopolítico global. As teorias da conspiração não possuem comprovação.
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