A nomenclatura científica é um sistema criado para atribuição de nomes para os seres vivos. Trata-se de uma forma de universalizar esses nomes permitindo que o trabalho dos pesquisadores se torne mais eficiente. Assim é possível realizar a troca de informações sem perda de registros. Continue lendo para saber mais.
Há uma grande variedade de seres vivos na Terra, em cada local diferentes espécies são nomeadas com nomes populares. Para os cientistas seria difícil trocar informações a respeito desses seres se em cada local eles tivessem nomes distintos. Por esse motivo foi criada a nomenclatura científica.
O botânico e zoólogo sueco Carl von Linné (conhecido como Lineu, no Brasil), foi o responsável por desenvolver esse sistema de nomenclatura. Em 1735, ele publicou um livro chamado Systema Naturae em que propôs a classificação dos seres vivos e regras para sua nomenclatura.
Essas regras permitiram padronizar a escrita dos nomes das espécies para reduzir as chances de confusões ao tratar de um organismo. A partir da criação de um padrão, tornou-se possível que cientistas de diferentes regiões trocassem informações pertinentes.
As regras que Lineu propôs em 1735, são utilizadas até os dias atuais. Contudo, passaram por algumas modificações ao longo do tempo. Confira a seguir algumas regras utilizadas para compor os nomes das espécies.
Em 23 de maio de 1707, nasceu Carl Linnæus ou Carl von Linné (Carlos Lineu, no Brasil), na cidade de Ráshutl, na Suécia. Tornou-se conhecido como pai da taxonomia devido aos seus interesses e contribuições com a ciência. Lineu desenvolveu o modelo de classificação de organismos utilizados até hoje.
O interesse de Lineu pela Biologia tem relação com o seu pai, que foi um pastor luterano apaixonado por jardinagem e botânica. Desde a infância, Lineu se mostrou interessado por botânica e nomenclatura.
A família do futuro zoólogo era pobre e por isso ele precisou enfrentar uma série de obstáculos para ter acesso ao ensino. Em 1927, o jovem Lineu ingressou na Universidade Lund para cursar medicina.
Ainda que amasse a medicina, Lineu se sentiu perdido no primeiro ano do curso. Assim, decidiu se transferir para a Universidade de Upsala. Nessa instituição, ele focou na área de taxonomia botânica.
Seu desempenho em botânica foi excelente e apenas dois anos após ingressar na universidade, já realizava estudos relevantes. Esses estudos eram voltados para a investigação de órgãos reprodutores de plantas, o que lhe conferiu o título de professor adjunto.
Lineu não via a natureza da mesma forma que outros pesquisadores da época. Para ele, a natureza e os organismos não eram algo caótico, dessa forma seria possível organizá-los. Poderia ser criada alguma correlação e forma de identificação.
Os estudos de Lineu foram desenvolvidos aproximadamente 120 anos antes das ideias de Charles Darwin sobre evolução. Então nesse período não havia esse conhecimento. A paixão de Lineu pela botânica o levou a conhecer diversos países da Europa.
Foi responsável pelo estudo e descrição de espécies da França, Noruega, Inglaterra e Holanda. Em 1735, durante uma viagem pela Holanda, Lineu publicou sua primeira obra “Systema Naturae”. Essa obra continua o primeiro rascunho sobre a classificação dos seres vivos.
No decorrer do tempo, o primeiro sistema criado por Lineu passou por algumas alterações de acordo com o avanço da ciência.
Houve ainda a colaboração de outros pesquisadores. Em 1737, foi realizada uma adaptação atualizada do seu primeiro sistema de classificação, publicado na obra “Genera Plantarum”.
Lineu se casou com Sara Lisa Moraea, filha de um médico, em 1739. O casal teve sete filhos, porém, apenas cinco sobreviveram. Durante a vida, o zoólogo teve somente dois amores, a esposa e a ciência. Voltou a estudar medicina e após se formar contribuiu com estudos sobre a malária, em 1942.
Lineu enfrentou alguns problemas de saúde ao longo da vida, incluindo três ataques de trombose. Sua memória e o seu corpo foram afetados. Em 10 de janeiro de 1778, faleceu em decorrência de um dos ataques.
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