O poeta Manuel Bandeira foi um dos principais nomes da primeira geração modernista. Nascido em 1886, os seus poemas, inicialmente, tinham traços parnasianos e simbolistas. Com o tempo, a sua produção se transformou, ganhando a irreverência modernista. Lutou contra a tuberculose, algo presente em sua poesia.
Manuel Bandeira nasceu em Recife, no dia 19 de abril de 1886. Além de poeta ele também foi crítico, tradutor e professor. Os problemas de saúde associados à tuberculose tiveram início em 1904. Para reduzir o impacto da enfermidade em sua vida procurou viver em cidades com clima adequado.
Morou um tempo em Campanha, Minas Gerais e também em Teresópolis e Petrópolis, no Rio de Janeiro. Internou-se por meses no sanatório de Clavadel, na Suíça, em 1913, para tratar a doença. O primeiro livro do escritor foi publicado em 1917 com o título de “A cinza das horas”, suas poesias tinham grande melancolia devido à tuberculose.
Ao longo de sua produção literária, Bandeira produziu poemas com traços parnaso-simbolistas e depois aderiu ao modernismo. Participou, ainda que indiretamente, da Semana de Arte Moderna de 1922. Faleceu em 13 de outubro de 1968, no Rio de Janeiro.
Bandeira não pode participar pessoalmente da Semana de Arte Moderna de 1922. No entanto, o poema “Os sapos”, de sua autoria, foi declamado pelo poeta Ronald de Carvalho (1893-1935). O poeta também contribuiu escrevendo textos para revistas ligadas ao movimento modernista como:
Manuel Bandeira recebeu o prêmio da Sociedade Felipe d’Oliveira, em 1937. Na década seguinte, em 1946, foi agraciado com o prêmio do Instituto Brasileiro de Educação e Cultura. Ambos os prêmios foram entregues pelo conjunto da obra.
Em 29 de agosto de 1940, Manuel Bandeira foi eleito para ser o terceiro ocupante da Cadeira 24 da Academia Brasileira de Letras.
A obra de Bandeira contempla poesias, crônicas e críticas literária, musical, cinematográfica e de artes plásticas. Também trabalhou como tradutor sendo o responsável pela tradução de obras como:
Manuel Bandeira faleceu em 13 de outubro de 1968, no Rio de Janeiro. Em 19 de abril de 1986, foi celebrado o centenário do nascimento do poeta. Para comemorar foi criado o Espaço Pasárgada no casarão onde o poeta morou dos seis aos 10 anos de idade, em Recife.
Manuel Bandeira é um dos principais nomes da primeira geração modernista brasileira. Contudo, os seus primeiros poemas possuem traços característicos do parnasianismo e do simbolismo. Foi apenas depois que ele se voltou para o modernismo, também produziu poesia concretista.
As poesias de Manuel Bandeira estão categorizadas na primeira geração modernista. Suas características mais marcantes são:
Os especialistas em literatura dividem a obra de Manuel Bandeira em três fases.
Nessa fase estão incluídas as seguintes obras:
A principal característica é a presença de elementos tradicionalmente parnaso-simbolistas. São poesias consideradas um tanto convencionais, no entanto, alguns as classificam como “pré-modernistas”.
As obras incluídas nessa fase são:
Fase em que Bandeira se mostra um poeta mais maduro que dominou a técnica e consolidou o seu estilo. Sua obra demonstra despojamento, humildade e delicadeza. Coisas banais são apresentadas com um toque sublime poético.
Essa fase contempla as seguintes obras:
A obra de Bandeira nessa terceira fase combina as conquistas obtidas até então com o retorno aos princípios clássicos. Foram realizados experimentos esparsos. Embora haja grandes poemas não existem grandes desdobramentos.
Livros de prosa de Manuel Bandeira (em ordem de publicação):
Livros de poesia de Manuel Bandeira (em ordem de publicação):
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