O escritor português Luís de Camões é o autor do poema épico Os Lusíadas, considerado o livro mais famoso da literatura de seu país. A obra apresenta as conquistas portuguesas empreendidas por Vasco da Gama, até chegar à Índia. Continue lendo para conhecer mais sobre o autor e a sua obra.
Nascido em Lisboa, em 1524 ou 1525, não há muitas informações sobre o escritor Luís de Camões. O tio dele era o frade D. Bento de Camões, chanceler da Universidade de Coimbra. Devido ao parentesco, acredita-se que o escritor estudou Literatura ou Filosofia nessa instituição de ensino.
Camões foi soldado em Ceuta tendo perdido seu olho direito em batalha. Mudou-se para Goa, na Índia, em 1553, onde teria iniciado a escrita de sua obra Os Lusíadas. Também foi provedor-mor de defuntos em Macau. Publicou Os Lusíadas, em 1572. Faleceu em 10 de junho de 1580, em Lisboa.
Os Lusíadas é a obra mais famosa da literatura de Portugal, esse poema épico é de autoria de Luís de Camões. A obra apresenta as conquistas portuguesas realizadas por Vasco da Gama ao longo da sua jornada até chegar à Índia. A epopeia é narrada com demonstrações de amor e admiração do narrador pelo rei português, D. Sebastião.
Ao longo da obra, há a defesa da fé cristã e do processo de expansão do império Portugal. O poema épico está inserido no classicismo português e nos apresenta uma visão antropocêntrica (o homem como o centro).
A obra também conta com elementos do semipaganismo referindo-se a cultura greco-romana e a fé cristã. Essa epopeia se divide em dez cantos com versos decassílabos com caráter narrativo e heroico.
A obra gira em torno da história de marinheiros portugueses, em alto mar rumo à Índia, sob o comando de Vasco da Gama. A primeira parada dessa viagem é na ilha de Moçambique, onde travam batalha com os mouros. Eles então navegam até a ilha de Mombaça, cujo rei parece ser amigável.
Porém, em sonho, Vasco da Gama é alertado por Mercúrio, de que o rei de Mombaça planeja uma armadilha para os lusitanos. Gama então ordena aos seus homens o içar de velas e a partida. Em seguida os marinheiros chegam ao Reino Melinde, onde são bem recebidos pelo rei local.
Nesse trecho de Os Lusíadas, Vasco da Gama narra para o rei de Melinde a história dos monarcas portugueses e do povo de Portugal. O herói fala sobre o matrimônio de “Anrique” (Henrique) e Teresa. Ele, conde filho de um “Rei da Hungria”, e ela filha de D. Afonso, “Rei Castelhano”.
Como presente de casamento, o casal recebe as terras de Portugal. Em seguida, é apresentado o príncipe Afonso, filho do primeiro rei português, coroado jovem e que triunfou sobre os mouros.
Fala-se então de Sancho I, o filho de Afonso, que o sucedeu no trono e do reinado seguinte de Afonso II. O próximo rei, Sancho II, é definido como sendo manso e descuidado. Ao encerrar a narrativa dos feitos dos reis, Gama segue a sua viagem chegando então aos “mares da Índia”.
Vasco da Gama precisa enfrentar a fúria do oceano para chegar à Índia e quando finalmente chega ao seu destino é recebido com festa. No entanto, o navegador descobre que os mouros têm um plano de deter os lusitanos pelo máximo de tempo nas Índias.
O herói português então carrega o navio com as especiarias (pimenta, cravo, noz, entre outras) e parte rumo a Portugal. Mas, antes de retornarem a terra natal, os marinheiros param em uma ilha para serem recompensados com o amor de belas e sedutoras ninfas.
Os Lusíadas é um poema épico que apresenta as seguintes características:
Essa epopeia está dividida em dez cantos que se iniciam com o prólogo ou proposição. Em seguida uma divindade é invocada e se faz uma dedicatória. As aventuras do personagem central, Vasco da Gama, são apresentadas como relatos. Por fim, há o epílogo ou a conclusão.
A obra Os Lusíadas está inserida no classicismo e possui uma das principais características desse estilo literário, a retomada da cultura greco-romana. Esse poema épico é a principal obra do classicismo português. Confira abaixo as suas principais características do estilo:
Esse poema épico foi escrito em versos decassílabos, com foco no enaltecimento da nação portuguesa. A obra retrata o povo lusitano composto de heróis conquistadores, indivíduos audaciosos e corajosos.
Ao longo do poema, o narrador a respeito das conquistas dos monarcas portugueses, assim como a expansão do império e a fé do povo lusitano. Mantendo a tradição epopeica, o narrador, no canto I, pede a inspiração ou evoca as tágides que são ninfas presentes no rio português do Tejo.
O narrador ainda segue os versos enaltecendo o rei D. Sebastião (1554-1578). Em alguns trechos do poema, o rei se torna o interlocutor do narrador. É apresentado ainda que os portugueses têm a proteção dos deuses do Olimpo.
O herói desse poema épico é o navegador Vasco da Gama (1469-1524). O capitão e seus marinheiros são descritos como cristãos invencíveis que estão lutando contra os mouros. Já os mouros são relatados como ardilosos ao tentar enganar os portugueses.
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