Inversão dos polos magnéticos – Assunto em pauta em 2020

Quem deseja se sair bem nos vestibulares e no Enem deve estar atento aos assuntos que estão em pauta no momento. Em se tratando da disciplina de geografia, a inversão dos polos magnéticos da Terra é um tema a ser considerado na hora de planejar os estudos.

Quer saber mais a respeito? Continue lendo e fique por dentro desse fenômeno que aconteceu pela última vez há 780 mil anos e pode estar próximo de se repetir.

O que são polos magnéticos?

Nas profundezas da Terra, há ferro em estado líquido incandescente que se mantém em constante movimento e é carregado eletricamente. As correntes elétricas formadas através desse material geram o chamado campo magnético terrestre, que protege a atmosfera e os satélites da radiação solar nociva.

Para se ter uma ideia da sua importância, sem ele não haveria vida em nosso planeta. Em Marte, por exemplo, o campo é extremamente fraco, com capacidade de apenas 2% se comparado com o da Terra, o que impossibilita a existência de vida por lá.

Esse campo pode mudar com o tempo e se comportar de forma diferente em cada região do mundo. O fenômeno chamado inversão dos polos magnéticos ocorre quando norte e sul invertem de posição, sua última ocorrência foi há 780 mil anos.

Saiba mais sobre a inversão dos polos magnéticos da Terra

Quando o núcleo da Terra está estável, a polaridade do campo magnético é mantida. Contudo, se algo acontece no núcleo do planeta, como uma tempestade, por exemplo, os polos norte e sul podem se inverter, causando o fenômeno chamado de inversão dos polos magnéticos.

Essa tempestade que pode ocorrer no interior da Terra faz com que os líquidos se movimentem para direções diferentes, gerando redemoinhos, o que é capaz de inverter os polos de forma definitiva ou temporária.

Vale dizer que a última inversão temporária, ou seja, em que os polos mudaram de posição e, posteriormente, voltaram aos lugares de origem, aconteceu há 41 mil anos. O evento ocorreu de forma gradativa ao longo de mil anos, voltando para a posição anterior após cerca de 250 anos da conclusão da mudança.

Quando irá acontecer a próxima inversão dos polos magnéticos?

Este tema entrou em pauta em 2020 por causa de uma pesquisa que concluiu que a inversão dos polos magnéticos pode acontecer de forma mais rápida do que se imaginava.

Até então, os especialistas acreditavam que a mudança era de um grau por ano, contudo, encontraram indícios de que, na realidade, movimentos podem chegar a até 10 graus anuais, o que, consequentemente, aceleraria todo o processo.

Essa descoberta é baseada em simulações detalhadas realizadas em computador do núcleo externo da Terra, que é formado de níquel e ferro e fica a cerca de 2.800 quilômetros abaixo da superfície, e é o responsável por controlar o nosso campo magnético.

Outros indícios que podem mostrar que uma inversão de polos magnéticos estaria se aproximando são:

– Entre a América do Sul e o sul da África, existe uma região chamada Anomalia do Atlântico Sul, em que o campo magnético é bem mais fraco do que em outros locais do planeta. Acredita-se que os campos fracos e instáveis ​​sejam indícios de reversões magnéticas. Então, alguns geólogos argumentam que essa característica pode ser uma evidência de que estamos passando por esse processo.

– A regularidade média de fenômenos de inversão dos polos descoberta por cientistas é de 250 mil anos. Como o último episódio aconteceu há 780 mil anos, isso significa que já existe um atraso bastante significativo, o que, para alguns especialistas, seria mais um indício de que esse processo possa estar acontecendo atualmente.

Como a inversão dos polos magnéticos afetará a Terra?

Em primeiro lugar, é preciso dizer que não há motivo para pânico. Embora haja indícios de que uma possível inversão dos polos magnéticos está se aproximando, isso não deve ocorrer tão cedo, pois, apesar de ter acelerado, a movimentação continua lenta. Sem contar que os seres humanos já sobreviveram a esse evento por diversas vezes.

Além disso, a tecnologia que temos hoje permite que os especialistas entendam essas mudanças e as prevejam quando, de fato, forem acontecer. Assim, se tornará possível realizar as medidas necessárias, que vão desde reconfigurar satélites, até encontrar maneiras de lidar com as mudanças na exposição à radiação.

Até o momento, temos mais perguntas do que respostas, afinal de contas, o centro de tudo é o núcleo da Terra, um ambiente totalmente inacessível, e é lá que tudo acontece. Por conta disso, os estudos se baseiam na maior parte em simulações e outros tipos de pesquisa.

Os pesquisadores esperam que novas simulações possam nos dar mais pistas sobre esse processo. Até lá, nos resta aguardar e, você vestibulando, se manter atento às notícias que saírem a respeito do assunto.

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