O Holocausto foi uma das marcas mais profundas deixadas pelo Nazismo. Tratou-se do assassinato em massa de minorias consideradas “inferiores” pelos nazistas. Os judeus foram os principais perseguidos, contudo, outros grupos também foram alvos como ciganos, pessoas com distúrbios mentais e homossexuais.
O Holocausto consistiu no genocídio empreendido pelo regime nazista contra os judeus de países europeus como Alemanha, Polônia, Áustria, Checoslováquia, Holanda entre outros.
Como citamos acima, a perseguição também teve como alvos minorias como ciganos, pessoas portadoras de necessidades especiais, negros, homossexuais, comunistas, povos de etnias eslavas entre outros.
O holocausto vitimou aproximadamente 9 milhões de pessoas em campos de concentração e extermínio durante a Segunda Guerra Mundial. É importante salientar que não se pode ter certeza quanto ao número de vítimas, pois muitas vezes não eram feitas contagens. Historiadores acreditam que esse número é muito mais elevado.
Indivíduos de origem judaica compõem o maior número de vítimas do holocausto. Nesse período, estima-se que em torno de 9 milhões de judeus viviam na Europa. Desses, 2/3 foram vítimas do holocausto incluindo mais de 1 milhão de crianças, 2 milhões de mulheres e 3 milhões de homens.
Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrota da Alemanha nazista, os prisioneiros dos campos de concentração foram libertados. Embora estivessem livres, precisavam conviver com a prisão dos traumas gerados pela experiência e pela perda de seus lares.
Muitas dessas pessoas não puderam voltar para as suas casas, pois elas haviam sido destruídas pela guerra. Então se depararam com um cenário de miséria, luto e fome. Uma parte significativa dos sobreviventes desenvolveram síndromes, transtornos psicológicos e depressão.
Também houve inúmeras sequelas físicas decorrentes da intensidade dos trabalhos nos campos de concentração e a subnutrição. Para muitos sobreviventes, voltar para a Europa não era mais uma opção, assim migraram para recomeçar suas vidas.
Os sobreviventes que decidiram voltar para seus lares se deparam com o forte antissemitismo. Embora o nazismo tenha sido derrotado no âmbito da guerra, o preconceito ainda existia e com ele a perseguição. Diante da intolerância e da violência muitos judeus precisaram migrar para longe de sua terra natal.
Os principais destinos escolhidos pelos judeus que fugiam da perseguição na Europa oriental foram a Europa ocidental e a América. Nesse contexto, parte dos judeus sobreviventes reavivaram o projeto sionista empreendendo migrações para a região da Palestina. Esse é o local considerado sagrado pelos judeus, inclusive era reivindicado por eles há anos.
Desde a Antiguidade, o território conhecido pelos judeus como Eretz Israel é considerado sagrado. Segundo a cosmogonia judaica, esse local seria a terra prometida por Deus aos patriarcas judaicos.
No decorrer da história, os judeus foram expulsos de Israel devido às invasões de outros povos como os assírios, babilônios, romanos e turco-otomanos. A presença da comunidade judaica na região oscilou durante a Idade Média e Moderna.
Havia fortes conflitos com a maioria muçulmana e com os católicos. Somente no século XIX aumentou o número de judeus na região. A pressão para que um Estado Judaico fosse criado na região aumentou após o holocausto. No dia 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 181.
Essa resolução dividiu o território da Palestina entre judeus que receberam 56% do território (representando 33% da população) e 44% para os árabes. A população árabe não aceitou de bom grado o acordo, contudo, os judeus se armaram para assegurar o seu cumprimento. O Estado de Israel foi fundado em 14 de maio de 1948.
Como resposta, os povos árabes se organizaram realizando uma aliança entre Egito, Líbano, Síria e Iraque para ocupar a Palestina. Esse conflito promoveu ainda mais instabilidade no Oriente Médio. Milhares de pessoas perderam suas vidas e outras milhares precisam migrar.
Em 1949, o Estado de Israel venceu os conflitos e garantiu que se manteria existindo. Contudo, a comunidade judaica ainda estava bastante abalada devido o holocausto e teria que se manter em combate constantemente nos anos seguintes.
Entre os anos de 1945 e 1949, colaboradores do nazismo foram julgados pelo Tribunal de Nuremberg. Compunham o grupo de presos oficiais militares, médicos, empresários, advogados e políticos.
O julgamento dos acusados, capturados no fim da guerra, teve como base a Carta de Londres desenvolvida pelos aliados. As acusações incluíam:
Esse foi um marco histórico para o direito institucional e para a formação da Corte Internacional de Justiça. Nomes importantes para o regime nazista foram julgados como Hermann Goering, o herdeiro indicado por Hitler, e Rudolf Hess, vice-líder do Partido Nazista. Dentre os réus, 12 foram condenados à morte.
O processo de construção de memórias sobre o holocausto foi um tanto conturbado. Informações e fontes a respeito do genocídio foram apagadas pelos próprios nazistas no fim da segunda guerra.
Dessa forma, a quantificação de mortos e o funcionamento dos campos de concentração ocorreram, muitas vezes, com base em relatos dos sobreviventes. Contudo, muitos desses sobreviventes estavam em luto e depressão profundos além de terem, em muitos casos, perdido suas identidades e lares.
Nas primeiras décadas após o holocausto era delicado tocar nesse assunto com essas pessoas. Até hoje, ainda há relatos e documentos sendo descobertos a respeito desse evento violento de nossa história.
Estudos a esse respeito são fundamentais para combater o negacionismo e o fascismo que se apoiam na ideia de que o holocausto não existiu ou teve proporções muito menores. O dia da Memória do Holocausto é celebrado mundialmente em 27 de janeiro.
Aqui você teve um panorama sobre o Holocausto e as suas consequências. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag.