A Guerra das Malvinas ocorreu no ano de 1982 e teve como seus protagonistas o Reino Unido e a Argentina. As duas nações disputaram a posse do arquipélago das Malvinas, que está localizado a 464 quilômetros da costa argentina, mas cujo controle é britânico desde 1833.
O início do confronto se deu no dia 2 de abril de 1982, tendo se estendido até o dia 14 de julho do mesmo ano. Os ingleses venceram o conflito, mantendo a posse do arquipélago. No artigo a seguir você poderá entender melhor esse conflito.
Desde 1833, o arquipélago das Malvinas, situado a 464 quilômetros da costa da Argentina, está sob posse do Reino Unido. O ex-ditador argentino Leopoldo Galtieri (1926-2003) decidiu, em 1982, contestar esse domínio britânico, tomando posse das ilhas. Galtieri justificou o conflito como uma forma de promover a unificação das ilhas ao território do seu país.
Tornar o território argentino indivisível era o grande objetivo de Galtieri. De acordo com o ex-ditador, a posse britânica desse território na costa argentina representava um grande risco para o país sul-americano.
Confira a seguir um resumo do que aconteceu nesse episódio que entrou para a história como a Guerra das Malvinas.
Leopoldo Galtieri, o então governante da Argentina, ordenou a invasão da ilha Port Stanley, no dia 2 de abril de 1982, por uma força conjunta da Marinha e do Exército. Assim teve início a chamada “Operação Rosário”, cujo objetivo era mandar os militares ingleses embora do arquipélago.
A posse das ilhas foi tomada sem grande resistência e seu nome foi alterado para Puerto. Houve grande celebração nas ruas argentinas diante desse êxito do governo. Muitos argentinos foram para a frente da Casa Rosada, a sede do governo argentino em Buenos Aires, para incentivar a ação militar. O apoio da população foi intenso para o fim dos 149 anos de ocupação inglesa desse território.
Enquanto a Argentina celebrava, o Reino Unido começou a tomar atitudes para revidar. Foi anunciado o fim das relações entre Grã-Bretanha e Argentina. Além disso, a então premiê britânica Margareth Thatcher (1925-2013) deu início à articulação de um poderoso contra-ataque com o envio de 27 mil soldados e 111 navios de guerra.
A ação argentina foi reportada ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). No âmbito diplomático, a Argentina se encontrava totalmente isolada. Havia ainda o fato de que eles tinham grande desvantagem militar.
Os Estados Unidos deram seu apoio ao Reino Unido, fornecendo armamento e informações táticas através de satélites. O país ainda contribuiu com apoio logístico, tendo aberto a passagem do Canal do Panamá para a passagem dos 111 navios de guerra britânicos.
O Brasil foi nomeado pela Argentina como seu representante no Reino Unido. Tal ação poderia ser interpretada como apoio. Ainda tinha o fato de que o nosso país reconhecia a posse das ilhas Malvinas pela Argentina desde 1833.
Porém, o Reino Unido era um importante parceiro comercial do Brasil. Criou-se uma situação delicada, já que assumir um lado seria comprometer-se com um importante aliado.
A ONU realizou diversas tentativas de negociação de paz. O papa João Paulo II também atuou como um agente em busca de paz, realizando viagens para dois destinos. Porém, nenhum acordo foi obtido.
O fim da guerra aconteceu no dia 14 de junho de 1982, com a recuperação da posse das ilhas Malvinas pelo Reino Unido. Após o término não ocorreu nenhum novo conflito em relação à posse desse território.
A guerra se estendeu por longos 75 dias e teve, ao todo, a baixa de 646 soldados argentinos, 255 britânicos e três civis. O conflito teve como uma de suas grandes consequências a derrubada da Junta Militar que governava a Argentina.
O fracasso na Guerra das Malvinas impulsionou a restauração da democracia no país sul-americano. No Reino Unido, uma das maiores consequências do sucesso nessa guerra foi a reeleição de Margaret Thatcher, em 1983.
Em 2012, três décadas após a Guerra das Malvinas, houve um incidente democrático em torno da questão. Nessa ocasião, a então presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou que o Reino Unido praticava colonialismo através da manutenção da soberania do território do arquipélago das Malvinas.
O então premiê, David Cameron, disse que a situação permaneceria igual e que os moradores das ilhas se consideravam britânicos, isso era o que bastava para nada mudar.
Com uma área de 12.173 km², as Ilhas Malvinas têm aproximadamente 3.200 habitantes. Boa parte da população é constituída por nativos de ascendência britânica.
O idioma oficial do território é o inglês. O arquipélago se tornou território do Reino Unido no século XIX. Como vimos, o domínio antes era espanhol. Em inglês, as ilhas se chamam Falkland Islands.
Essa é a história da Guerra das Malvinas!