Fisiologia vegetal: nutrição, transporte e reprodução das plantas
A fisiologia vegetal é um ramo da Botânica focado no estudo dos processos fundamentais da fisiologia das plantas. No artigo a seguir explicaremos com mais detalhes esse campo de estudos. Boa leitura!
O que é fisiologia vegetal?
A fisiologia vegetal é um ramo de estudos da Botânica focado na investigação do:
Metabolismo das plantas;
Desenvolvimento das plantas;
Reprodução das plantas;
Processos fundamentais para a fisiologia dos vegetais como nutrição, fotossíntese, respiração, hormônios e relação das plantas com a água.
Ao longo deste artigo iremos explicar com mais detalhes alguns desses processos estudados pela fisiologia vegetal.
Nutrição vegetal
Recebe o nome de nutrição vegetal ou nutrição das plantas, o estudo dos nutrientes inorgânicos essenciais para o crescimento de uma planta. Os elementos essenciais consistem naqueles elementos químicos cruciais para o desenvolvimento da planta. Esses elementos estão divididos em:
Macronutrientes – aqueles que a planta demanda em grande quantidade. Exemplos: hidrogênio, oxigênio, carbono, fósforo, potássio, entre outros.
Micronutrientes – os nutrientes que a planta precisa numa quantidade inferior. Exemplos: manganês, cloro, cobre, níquel, boro, molibdênio entre outros.
Fotossíntese
As plantas realizam a chamada fotossíntese para assegurar a quantidade necessária de nutrientes orgânicos. Esse é um processo que usa energia luminosa para a transformação de gás carbônico e água em compostos orgânicos.
Transporte da água
Nas plantas, a água é transportada através do xilema (tecido condutor) da raiz até as folhas. A água entra na planta por meio das suas células da raiz até chegar ao xilema que é o responsável pelo seu transporte.
Ao chegar às folhas, a água sai dos elementos condutores passando então para o mesófilo das folhas. Estando neste local, a água pode ser eliminada como vapor pela transpiração.
Reprodução
As plantas apresentam duas formas de reprodução: assexuada e sexuada.
Reprodução assexuada
Na reprodução assexuada um indivíduo idêntico ao indivíduo de origem é formado. Em outras palavras, se forma um clone da planta de origem. A reprodução assexuada pode acontecer por brotamentos de caules, folhas ou esporos. Sua principal vantagem é ser um método simples e rápido que não depende de polinizadores.
Reprodução sexuada
A reprodução sexuada consiste na união de dois gametas através da fecundação. Nesse processo há recombinação e variabilidade genética. Os gametas feminino e masculino podem ser encontrados nos órgãos reprodutivos da planta. Nesse tipo de reprodução ocorre a alternância de gerações, a planta se alterna entre a fase de:
Gametófito;
Haplóide (n);
Esporófito;
Diploide (2n).
O gametófito é o local onde o gameta masculino se junta ao gameta feminino para a formação do zigoto e do esporófito. Após sofrer meiose, o esporófito, produz vários esporos para originar novos gametófitos. Assim o ciclo se completa.
Ciclos reprodutivos das plantas
É importante destacar que cada tipo de planta tem um ciclo reprodutivo distinto uma vez que elas apresentam características morfofisiológicas e comportamentais diferentes.
A seguir explicaremos como é o processo de reprodução em cada grupo de plantas.
Briófitas
A reprodução assexuada ocorre em algumas espécies.
Esse tipo de reprodução acontece através da fragmentação de várias partes da planta mãe para a formação de novos indivíduos.
Há alternância de gerações na reprodução sexuada. O gametófito (2n) é a fase dominante.
Os esporos germinam no solo e originam os gametófitos.
Os gametas femininos e masculinos, após a chuva, podem entrar em contato.
Assim ocorre a fecundação e se forma o zigoto (2n).
O zigoto se desenvolve, e através de meiose forma a estrutura temporária conhecida como esporófitos (n).
Dessa forma, os esporos são liberados no solo e então recomeça o ciclo com um novo gametófito.
Pteridófitas
Também apresentam reprodução assexuada por brotamento.
Contudo, na reprodução sexuada é o esporófito (2n) a fase dominante.
Tal característica persiste em todas as plantas vasculares.
Nos soros (pequenas estruturas), ficam reunidos os esporófitos que produzem esporos (n).
Os esporos são liberados no ambiente quando os soros se rompem.
Ao cair no solo, os esporos germinam o gametófito (n).
O gametófito é responsável por produzir gametas femininos e masculinos.
Na presença de água, os gametas maduros fecundam e formam o zigoto (2n).
Finalmente, o zigoto se desenvolve e o gametófito se degenera.
Resta então a planta adulta.
Gimnospermas
A partir desse grupo, a reprodução acontece sem a necessidade de água e com a formação de sementes.
Os gametas se formam nos estróbilos.
O gameta masculino corresponde aos grãos de pólen.
O gameta feminino equivale aos óvulos.
O vento carrega os grãos de pólen que, então, chegam ao tubo polínico onde encontra o óvulo.
Dessa forma acontece a fecundação que forma o zigoto e em seguida o embrião.
O óvulo se transforma então em uma semente para proteger o embrião contra a dessecação.
A semente passa pela dispersão no solo e recomeça o ciclo.
Angiospermas
Essas plantas possuem flores e frutos, trata-se do grupo mais diverso.
Nessas plantas, a flor é o órgão reprodutivo dessas plantas.
A flor possui grande diversidade de cores e cheiros para atrair os animais polinizadores.
Os frutos também são um atrativo para os animais. Contudo, auxiliam mais na dispersão das sementes.
No processo de reprodução o grão de pólen é depositado sobre o estigma (aparelho reprodutor feminino) e origina dois gametas.
Também forma o tubo polínico que levará os gametas ao óvulo.
O zigoto se origina a partir da fecundação do óvulo por um gameta.
Forma-se então o embrião que será desenvolvido em plântula até chegar a maturidade e se tornar adulta.
O outro gameta se funde aos núcleos do gametófito feminino, dando origem ao endosperma (3n).
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