A Filosofia Moderna é marcada pelo surgimento do Humanismo, movimento iniciado no Renascimento. Nesse período, houve a valorização do ser humano e o entendimento de que o homem independe das instâncias racionais metafísicas.
Nesse contexto, a principal questão debatida pelos pensadores modernos é como é possível o conhecimento verdadeiro.
A chamada Filosofia Moderna surge a partir da guinada de pensamento voltado para o humanismo. No período do Renascimento, o homem passou a ter um papel mais central nas narrativas. A figura de um Deus deixou de ser o centro de tudo.
Contudo, no estudo da Filosofia é comum a separação da Filosofia Renascentista e Iluminismo da Filosofia Moderna. Ainda assim, podemos entender o conceito de Filosofia Moderna como um período intermediário entre os ideais do Renascimento e do Iluminismo.
Essa compreensão se baseia no fato de que a Filosofia Moderna nasceu do Renascimento e concebeu o Iluminismo. Logo, para entendermos a Modernidade é determinante olhar para o antes e para o depois dela.
Na Filosofia Moderna destacam-se os seguintes pensadores:
As duas principais correntes epistemológicas da modernidade são o racionalismo e o empirismo. O contratualismo pode ser apontado como a principal figura da teoria política moderna. Teve grande influência no pensamento iluminista e posteriores teorias políticas como o liberalismo e o socialismo.
Durante o Renascimento houve o resgate do humanismo antigo como forma de contrapor o teocentrismo medieval. Paralelamente, também ocorreu o resgate dos valores estéticos, morais e de conhecimento da Grécia Antiga. Obras filosóficas de Platão, como “O Banquete” e “Fédon” foram redescobertas.
Houve ainda o nascimento de novas teorias políticas com base em ideais políticos romanos clássicos. Um dos nomes de destaque foi Nicolau Maquiavel que enfatizava a importância de ter uma vida política ativa e liberdade para as cidades italianas em contraposição ao domínio do império Romano-Germânico.
A conjunção desses elementos renascentistas levaram a uma cultura efervescente e a política desenvolvida no Renascimento. Os ideais filosóficos da Antiguidade contribuíram para o fortalecimento do pensamento científico que, por sua vez, levou à Modernidade.
No período de transição do Renascimento para a Modernidade houve a criação da prensa de tipos móveis. A máquina projetada por Johannes Gutenberg permitiu a impressão de livros e a criação da imprensa.
Já as descobertas de Nicolau Copérnico, Johannes Kepler e Galileu Galilei contribuíram para o fortalecimento da Física Moderna e defesa do heliocentrismo. No tocante a economia e política, houve a formação dos Estados Nacionais europeus e desenvolvimento do capitalismo sob os contornos do mercantilismo (primeira forma).
O desenvolvimento naval levou ao nascimento das Grandes Navegações. Com a expansão náutica houve o desbravamento dos mares e de novos territórios. O imaginário europeu de que existiam grandes monstros marítimos foi colocado em xeque. A ideia de que o planeta era um grande terreno plano também ficou no passado.
A Modernidade é marcada pela formação de duas escolas principais relativas à teoria do conhecimento: empirismo e racionalismo. Houve ainda a consolidação de escolas políticas que culminaram no Iluminismo. Ocorreu a junção de conhecimento, moral e política.
Um dos destaques da Modernidade é o ceticismo em relação à atitude dogmática e alguns temas específicos. Na Antiguidade, os céticos eram liderados por Pirro e não acreditavam na possibilidade de chegar a algum conhecimento verdadeiro. Os juízos foram suspensos em uma atitude crítica diante do dogmatismo das filosofias gregas.
A atitude dogmática apresentou grande avanço na Idade Média no sentido de busca de compreensão de forma racional e plausível, a verdade absoluta. O dogmatismo voltou ao centro do debate entre racionalistas e empiristas. Assim surgiu o ceticismo construtivo que desejava criticar a atitude extremamente dogmática.
A escola racionalista é uma das grandes representantes do que foi a Filosofia na Modernidade. Os racionalistas modernos se mostraram bastantes críticos em relação à delimitação de como obter o conhecimento correto. Mas, o que define o racionalismo é a busca pelo conhecimento verdadeiro através de exercício racional.
Os racionalistas buscaram empreender um tipo de resgate e aperfeiçoamento das ideias de Platão. Nessa vertente se destacam nomes como Blaise Pascal, René Descartes e Wilhelm Gotffried Leibniz.
Acreditavam que o conhecimento verdadeiro somente poderia ser obtido através de dados coletados pela experiência empírica. O nascimento do conhecimento se dá quando ouvimos, sentimos, vemos, degustamos o mesmo. As ideias surgem de nossas experiências sensoriais.
Os filósofos contratualistas defendiam a existência de um hipotético estado pré-moral da humanidade. Afirmavam que as sociedades foram construídas a partir de um pacto social para acabar com o estado de natureza humana. Acreditavam que somente assim seria possível construir leis e fundar grupos humanos com fundamentos políticos.
Os teóricos do iluminismo foram responsáveis por unir questões relativas à teoria do conhecimento e da ciência com política. Acreditavam que através da evolução científica e do conhecimento é que acontece a evolução moral da sociedade. Para eles, o progresso técnico e científico é responsável pelo progresso moral e social.
Além disso, os iluministas defendiam que houvesse a separação entre domínios religiosos e políticos. O nome de destaque dessa corrente é o de Immanuel Kant que resolve a questão de embate entre empiristas e racionalistas. Ele funde os ideais racionalistas e empiristas.
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