Conheça dez fatos sobre a Independência do Brasil

A Independência do Brasil foi declarada, no dia 7 de setembro de 1822, por D. Pedro I às margens do rio Ipiranga. Continue lendo para conhecer dez fatos sobre esse episódio histórico tão importante para a história do Brasil.

Dez fatos sobre a Independência do Brasil

Quando alguém fala sobre a Independência do Brasil qual é a imagem que vem à sua mente? D. Pedro I em um cavalo gritando a frase “Independência ou Morte” às margens do rio Ipiranga, em São Paulo? Será que foi exatamente assim? Continue lendo e conheça dez fatos interessantes sobre esse episódio. 

1. O processo da Independência do Brasil começou no Rio de Janeiro

A independência do Brasil foi declarada oficialmente, em setembro de 1822, em São Paulo. No entanto, o processo já havia sido iniciado muito tempo antes, no Rio de Janeiro. 

Em 9 de janeiro de 1822, ocorreu o chamado “Dia do Fico”, no Paço Imperial, no centro do Rio de Janeiro. A Coroa Portuguesa estava pressionando D. Pedro I, exigia o seu retorno a Portugal. 

No entanto, o príncipe decidiu permanecer no Brasil e declarou a célebre frase: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico”.

2. Foi Leopoldina que assinou a Independência 

Quem decretou a Independência do Brasil foi Maria Leopoldina da Áustria, a esposa de D. Pedro I, durante uma viagem do marido. Atuando como princesa regente, ela assinou o decreto da Independência em uma reunião com o Conselho do Estado do Rio de Janeiro. 

A separação do Brasil de Portugal foi oficializada no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, no dia 2 de setembro de 1822. Porém, a notícia apenas chegou a D. Pedro I no dia 7 de setembro através de uma carta. 

3. D. Pedro I teve dor de barriga no dia da declaração da Independência do Brasil 

Segundo historiadores, D. Pedro I estava com dor de barriga no momento da declaração da Independência do Brasil. Não se sabe se o motivo teria sido a ingestão de água contaminada ou um alimento estragado. A comitiva apenas passou pelas margens do Riacho Ipiranga para que pudesse fazer paradas não programadas. 

Esse fato foi comentado por algumas testemunhas oculares como o subcomandante da guarda de honra, o coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo. Segundo ele, o príncipe precisava parar de tempos em tempos para “prover-se” do matagal às margens da estrada. 

4. Mais do que “Independência ou Morte”

A frase “Independência ou Morte” se tornou um dos símbolos do 7 de setembro. Porém, existem indícios históricos de que D. Pedro I teria dito mais. De acordo com fontes, o discurso foi: “Brasileiros! A nossa divisa de hoje em diante será Independência ou Morte! E as nossas cores, verde e amarelo, em substituição às da corte”.

Contudo, há também relatos de que essa famosa frase nunca foi dita. O Padre Belchior de Oliveira, conselheiro de D. Pedro, deixou um registro do que o príncipe teria dito. Seria: “Nada mais quero com o governo português e proclamo o Brasil para sempre, separado de Portugal”.

5. O quadro “Independência ou Morte” é apenas ilustrativo 

O quadro “Independência ou Morte”, do artista brasileiro Pedro Américo, se tornou bastante conhecido como “O grito do Ipiranga”. Porém, aquela imagem é apenas uma idealização do momento da declaração da Independência do Brasil. Inclusive, a pintura pouco se pareceria com o momento real. 

Dentre as diferenças entre o quadro e a realidade podemos citar:

  • Os animais da comitiva eram mulas e não cavalos;
  • Os participantes não estavam com seus trajes reais, usavam roupas confortáveis;
  • Havia apenas quatorze pessoas em volta do príncipe e não dezenas como na pintura.

Também é válido citar que a primeira pintura sobre esse episódio histórico foi feita pelo pintor francês François-René Moreaux, em 1842. A obra integra o acervo do Museu Imperial, o antigo palácio de veraneio da Família Real, em Petrópolis. 

6. O grito do Ipiranga demorou para repercutir

  1. Pedro I proclamou a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822 com o famoso grito do Ipiranga. Porém, a frase “Independência ou Morte” só se popularizou em 1826, quatro anos após o episódio, e um ano depois do reconhecimento da independência por Portugal.

7. Indenização 

A independência do império brasileiro apenas foi reconhecida após o pagamento de uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas para Portugal. Em 29 de agosto de 1825, após receber o pagamento, a Coroa Portuguesa assinou o Tratado de Paz e Aliança. Esse documento reconhecia a independência do Brasil. 

8. D. Pedro foi coroado alguns meses depois

  1. Pedro I foi coroado imperador no dia 1° de dezembro de 1822, alguns meses após a declaração. A cerimônia foi realizada na Capela Real (conhecida atualmente como Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé), no centro do Rio de Janeiro. Anos depois, D. Pedro II foi coroado na mesma igreja. 

9. Argentina foi o primeiro país a reconhecer a Independência do Brasil

Durante muito tempo, acreditou-se que os Estados Unidos foi o primeiro país a reconhecer a independência brasileira. Porém, em um artigo publicado pelo pesquisador e diplomata Rodrigo Wiese Randig é citado o reconhecimento da Argentina em 1823. Os Estados Unidos reconheceram a independência apenas em 1824. 

10. Hino em homenagem à Independência criado por D. Pedro I

O trecho “Ou ficar a Pátria livre, Ou morrer pelo Brasil” é bastante conhecido. No entanto, o que poucos sabem é que ele teria sido extraído do Hino de Independência, escrito pelo próprio D. Pedro I. 

Gostou de saber mais sobre a Independência do Brasil? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!

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