O Expressionismo foi um movimento artístico alinhado pela arte moderna do começo do século passado. Teve nomes de destaque nas artes visuais, na literatura, no cinema, na música, no teatro, na arquitetura, na dança e na fotografia. Continue lendo para saber mais sobre o seu contexto histórico.
No começo do século XX, a arte moderna estava em voga e se refletiu no surgimento de movimentos artísticos como o Expressionismo. Dentre as principais características desse movimento estão a oposição ao academicismo e a objetividade do Impressionismo.
Os artistas impressionistas visavam captar a realidade tal qual ela é. Por sua vez, os expressionistas criam a realidade através de um movimento do interior para o exterior. São valorizados, dessa forma, aspectos irracionais e instintivos da criação artística.
Os artistas do Expressionismo estavam bastante engajados em um projeto de crítica social. Dessa forma, destacam-se dentre as suas produções artísticas, temas como a angústia da condição humana, o medo, a morte e o sexo. Essas temáticas eram representadas quase sempre de forma sombria através de figuras deformadas.
O Expressionismo surgiu, no começo do século XX, momento em que a arte moderna ganhava destaque. O movimento foi uma tentativa de representar o mundo daquele período, que se encontrava em grande transformação.
A automatização da indústria em larga escala e o crescimento acelerado dos centros urbanos trouxe uma nova perspectiva para a sociedade. Criaram-se novas formas de o ser humano existir e interagir com o mundo à sua volta.
Era essencial que a arte contemplasse a vivência do ser humano nesses novos tempos. Os expressionistas procuraram, através de suas produções, retratar o drama dessa existência. Havia a necessidade de captar a tentativa do homem de dominar a realidade, mas sem se deixar ser levado por ela.
Os artistas do Expressionismo foram bastante influenciados pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O conflito ceifou um número significativo de vidas e devastou o continente europeu. Esse cenário era composto também pela fome, pela deterioração moral e por uma grande recessão econômica.
A Alemanha é considerada a nação berço do Expressionismo. No período pós-guerra, o país se viu diante de um cenário ainda mais dramático de miséria e derrota. A moeda alemã não tinha mais valor e o país foi à falência.
O povo alemão se sentia envergonhado e humilhado, sensação que favoreceu o golpe parlamentar de Hitler e a ascensão do partido nazista ao poder. É importante destacar que o regime nazista empreendeu grande repressão contra o Expressionismo. A arte moderna era classificada como “degenerada”.
O movimento artístico do Expressionismo é bastante diversificado. Foi fundado por dois grupos:
Ambos os grupos, eram formados majoritariamente por artistas alemães. Num segundo momento, foi criado um terceiro grupo chamado “Nova Objetividade”, de viés internacional. Não havia um manifesto ou declaração programática dos objetivos do Expressionismo. Contudo, ainda assim, há características que podem ser mencionadas:
Os pintores Edvard Munch e Vincent Van Gogh são considerados os precursores da arte expressionista. Também podem ser citados como os nomes de maior destaque do movimento:
A vanguarda expressionista também influenciou a produção de artistas brasileiros como Anita Malfatti, Oswaldo Goeldi e Lasar Segall.
O principal nome do expressionismo no cinema é o diretor Fritz Lang que se tornou conhecido por clássicos como:
Outro nome de grande destaque do cinema expressionista é Robert Wiene com a direção do clássico “O gabinete do Dr. Caligari” (1920). Vale ainda a menção de F. W. Murnau e seu longa “Nosferatu” (1922).
Os principais nomes da literatura expressionista são:
Os escritores brasileiros Mário de Andrade e Oswald de Andrade também foram influenciados pela estética expressionista.
O braço literário do Expressionismo tem como sua base a fundação da revista Der Sturm (A Tempestade). A edição do periódico era feita por Herwart Walden, o grande responsável pela popularização do termo “expressionismo”.
Essa foi a revista expressionista mais influente e esteve em circulação entre os anos de 1910 e 1932. A publicação divulgou a obra de vários escritores, muitos deles morreram durante a Primeira Guerra Mundial.
Outra revista de grande relevância foi Die Aktion (A Ação), fundada por Franz Pfemfert. Esse periódico esteve em circulação entre os anos de 1911 e 1932. Era uma publicação mais politizada que abordava temas sociais e se alinhava com ideologias de esquerda. Também se destacaram as revistas expressionistas:
Gostou de saber mais sobre o Expressionismo e o seu contexto? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!S