Estrutura interna de um caule e tipos de caules

O caule é um órgão dos vegetais cuja função é ligar as raízes até as folhas. Também garante a sustentação da planta e possibilita a elevação das suas folhas, frutos e flores. Continue lendo para saber mais sobre os tipos de caules e suas funções

O que é caule?

O caule é um órgão relevante do vegetal, pois atua assegurando a conexão entre as raízes e as folhas através de diferentes vasos condutores internos. Além da função de condução de substâncias, o caule é responsável pela sustentação geral do vegetal e sustentação das suas folhas. 

A sustentação das folhas, feita pelo caule, assegura que essas estruturas fiquem dispostas de forma a captar luz. Lembrando que a luz é um fator essencial para realizar a fotossíntese. Os caules ainda atuam elevando frutos e flores contribuindo, respectivamente, para a dispersão de sementes e polinização. 

Nós e entrenós

Uma característica marcante dos caules é a presença de nós e entrenós ou internós, sendo:

  • Nós – onde se posicionam as folhas e as gemas axilares.
  • Entrenós (também chamados de internós) – o espaço compreendido entre um nó e outro. 

Uma forma de diferenciar uma raiz de um calor é observar se possui gemas. Elas estão localizadas na axila das folhas ou no ápice do caule. Gemas axilares podem originar ramos caulinares, flores ou ainda um grupo de flores. Por sua vez, a gema situada no ápice (gema apical) é responsável pelo crescimento do vegetal. 

Estrutura primária e secundária do caule

Estrutura primária 

Verificando a anatomia de um caule em estrutura primária, em corte transversal, podemos identificar quatro regiões, começando de fora para dentro:

  • Epiderme – tecido mais externo que forma o sistema de revestimento do caule, é um tecido vivo;
  • Córtex – originado no meristema fundamental, pode ser formada somente por tecido parenquimático ou ter colênquima e esclerênquima;
  • Sistema vascular – formado por feixes vasculares constituídos por xilema e floema primários. O floema está situado externamente ao xilema;
  • Medula – constituída por tecido parenquimático que se encontra na região central do caule. Nas monocotiledôneas os feixes aparecem dispersos no parênquima. 

Estrutura secundária

O crescimento secundário acontece como consequência da atividade do câmbio, responsável por formar:

  • Tecidos vasculares secundários;
  • Felogênio (responsável por desenvolver a periderme). 

Nas monocotiledôneas normalmente não se observa o crescimento secundário. 

Tipos de caules

Os caules, assim como as raízes, podem ser aéreos, subterrâneos ou aquáticos. 

Caules aéreos

Nessa categoria estão os caules situados acima do solo. Podem ser classificados como:

  • Trepadores;
  • Eretos;
  • Rastejantes.

Caules aéreos eretos

Relacionados com plantas de floresta que competem por luminosidade. Exemplos: haste, tronco, estipe e colmo. 

  • Tronco – caule lenhoso e rígido. Apresenta ramificações concentradas no ápice. Exemplo: árvores. 
  • Estipe – não possui ramificações e têm folhas concentradas no ápice. Exemplo: palmeiras. 
  • Haste – caule flexível, macio, verde e fotossintetizante. Exemplo: plantas herbáceas e em plantas jovens. 
  • Colmo – possui gomos, que correspondem a entrenós e nós de formato anelar. Exemplo: bambu e cana-de-açúcar. 

Caules trepadores

São os caules encontrados em plantas que usam algum suporte para se apoiar. Os caules trepadores que se enrolam se ajudam com suportes, como raízes grampiformes e gavinhas, recebem o nome de volúveis. 

Caules rastejantes

São identificados em plantas que ocupam rapidamente a superfície do solo. O estolão é um tipo de caule rastejante, esse se caracteriza por enraizar na região dos nós. É um tipo de caule observado no morangueiro. 

Caules subterrâneos

Nesse grupo estão os caules que se desenvolvem sob o solo. Há três tipos de caules subterrâneos: 

  • Rizoma;
  • Tubérculo;
  • Bulbo. 

Rizoma

Tipo de caule espesso que possui nós e entrenós bem definidos. Normalmente são ricos em reservas. Possui formato quase cilíndrico com folhas modificadas em catafilos. Costuma ter um crescimento mais ou menos horizontal. O rizoma pode ser observado na bananeira e no gengibre. 

Bulbo

Possui uma estrutura achatada e mais rígida conhecida como prato, que está envolta por folhas modificadas, aclorofiladas chamadas catafilos. Considerada como estrutura responsável pela sobrevivência das condições adversas como épocas de seca e frio extremo. Lírio, cebola e alho possuem esse tipo de caule. 

Tubérculo

Trata-se de um caule bastante intumescido rico em substâncias de reserva, especialmente amido. Possui formato arredondado ou ovoide. Possui gemas com capacidade de produção de ramos e raízes. Um exemplo de tubérculo é a batata-inglesa. 

Caules aquáticos

Os caules aquáticos são aqueles que se desenvolvem dentro da água durante a vida toda da planta. Podem estar submersos ou ser flutuantes. Pelo fato da planta se desenvolver na água, o caule não precisa ser muito rígido. A sustentação da planta não é uma função tão necessária. Podemos citar como exemplo de caule aquático a elódea. 

Especializações do caule

Caules possuem algumas especializações que normalmente são adaptações a condições especiais. Tem como função garantir a fixação da planta a suportes. Há plantas que possuem gavinhas, estruturas alongadas que se assemelham a uma pequena mola. Podem se enrolar quando em contato com um suporte.

Gavinhas podem ter origem caulinar ou foliar. As gavinhas caulinares podem ser observadas no maracujazeiro, por exemplo. Os espinhos são outra especialização dos caules que atuam na defesa da planta e tem como característica serem estruturas duras e pontiagudas. Há espinhos de origem foliar. 

Também podemos citar como especializações, os cladódios, caules verdes com função fotossintética. São observados em regiões mais secas, podemos citar como exemplo, os cactos. 

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