A esquistossomose é uma doença que pode ou não apresentar sintomas, quando sintomática provoca febre, fraqueza e diarreia. Essa parasitose é causada pelo Schistosoma mansoni (espécie de platelminto). A doença é conhecida também como barriga d’água porque alguns pacientes têm aumento do volume do abdômen.
Conhecida popularmente como barriga d’água, doença do caramujo ou xistose, a esquistossomose, é uma enfermidade causada por um platelminto. Essa doença pode ser contraída por qualquer indivíduo, independente de sexo, idade ou raça.
O caramujo do gênero Biomphalaria é o hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni. Uma pessoa pode contrair a esquistossomose entrando em um ambiente aquático onde o hospedeiro intermediário do platelminto está liberando cercárias.
Os vermes platelmintos pertencentes à classe dos trematódeos e a espécie Schistosoma mansoni são os responsáveis pela transmissão da esquistossomose. Trata-se de um verme de cor esbranquiçada, machos e fêmeas possuem diferenças:
Machos:
Fêmeas:
Para ocorrer a fecundação, a fêmea se aloja no canal ginecóforo do macho.
O início do ciclo da esquistossomose se dá quando indivíduos infectados eliminam suas fezes perto ou em ambiente aquático. Nessas fezes, estão contidos ovos de Schistosoma mansoni que eclodem assim que entram em contato com a água. A larva ciliada conhecida como miracídio é então eliminada.
Após serem liberados na água, os miracídios penetram no caramujo do gênero Biomphalaria (hospedeiro intermediário). Uma vez dentro do hospedeiro, os miracídios se multiplicam passando por diversas transformações. É assim que surge a forma larval de cercária liberada no ambiente.
Durante o período de maior calor e intensidade solar (das 10h às 16h), ocorre a maior liberação. Esse é também o período em que há mais pessoas em contato com a água. Com uma cauda bifurcada, a cercária é a forma infectante do parasita e penetra no corpo humano através de pele e mucosas.
Ao passar pela mucosa ou pele, a cercária perde sua cauda sendo convertida em um esquistossômulo. Esses esquistossômulos entram na circulação venosa e chegam a órgãos como pulmões e coração. A partir do coração, eles chegam a outras partes do corpo pelas artérias. Esse parasita costuma ser mais encontrado na veia porta do fígado.
Ao chegar ao fígado, as formas jovens do parasita que chegam ao fígado se alimentam, crescem e então se diferenciam sexualmente. Em seguida, essas formas migram para o intestino tornando-se a sua forma adulta. Os vermes adultos se acasalam no intestino.
Depois do acasalamento, há a liberação de ovos que em seguida migram para a luz intestinal. Por fim, esses ovos são liberados com as fezes podendo reiniciar o ciclo se isso ocorrer próximo de ambientes aquáticos. A doença não é transmitida através de contato direto com o paciente.
A esquistossomose é uma doença que pode ser assintomática ou então evoluir para formas mais graves com sintomas. Na fase inicial, pós-contato com a cercária, o indivíduo pode ter coceira e vermelhidão no local de penetração das cercárias. Durante a fase aguda, o indivíduo infectado pode apresentar os sintomas abaixo:
Os pacientes que evoluem da forma aguda para a forma crônica podem ter diarreia mais frequente com presença de sangue nas fezes. Pode haver períodos alternados de diarreia e prisão de ventre. Outros sintomas incluem:
Em casos mais graves ocorre o aumento do volume do abdômen, pois líquido se acumula. Inclusive é por esse motivo que a esquistossomose é conhecida popularmente como barriga d’água.
Além disso, o indivíduo pode apresentar outros sintomas como hemorragia digestiva e hipertensão pulmonar e portal. Essa doença pode levar o indivíduo a óbito se não for diagnosticada e devidamente tratada.
Diagnosticar essa enfermidade em regiões de baixa ocorrência pode não ser uma tarefa simples. Para o diagnóstico correto ser feito é fundamental observar os sintomas do paciente assim como as condições em que ele vive.
Também é válido verificar se ele esteve exposto a ambientes potencialmente contaminados. Exames laboratoriais ajudam na confirmação do caso. No exame de fezes, por exemplo, é possível detectar a presença de ovos do parasita que causa essa doença.
O tratamento da esquistossomose é feito com o medicamento Praziquantel distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Esse remédio somente deve ser usado com prescrição médica.
O Praziquantel apresenta efeitos colaterais leves e toxicidade baixa. A dosagem varia de adultos para crianças, tem relação com o peso corporal. Nos casos mais graves, a internação é indicada.
Essa doença pode ser prevenida evitando entrar em contato com água em que haja os caramujos (hospedeiros intermediários do parasita). Redobre a atenção em locais sem saneamento básico adequado.
Agora você sabe mais sobre a esquistossomose. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!