Escritores brasileiros: conheça os mais famosos e suas principais obras

Algumas obras são atemporais e seus autores bastante representativos para seus países. Nesse artigo elaboramos uma lista com os escritores brasileiros mais famosos e as suas principais obras. 

Conheça os escritores brasileiros mais famosos e as suas principais obras

A literatura brasileira é bastante rica, contando com diversos escritores de renome. A seguir elaboramos uma lista com os nomes mais famosos e que se tornaram referência para as gerações seguintes. 

Machado de Assis (1839-1908)

Joaquim Maria Machado de Assis é considerado um dos maiores escritores de língua portuguesa do mundo. Para muitos críticos literários, inclusive, ele é o maior escritor brasileiro de todos os tempos. Autodidata, ele publicou seu primeiro poema aos 18 anos. Nesse período, começou a trabalhar como jornalista escrevendo sobre política. 

Suas principais obras são: 

  • Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881);
  •  Quincas Borba (1892);
  • Dom Casmurro (1900);
  • Esaú e Jacó (1904).

Machado de Assis foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. 

Guimarães Rosa (1908-1967)

Nascido em Cordisburgo, Minas Gerais, João Guimarães Rosa aprendeu a ler e a escrever assim como interpretar a realidade social. Algo essencial em sua obra de ficção. Formou-se em Medicina e teve uma carreira diplomática. 

Suas principais obras são: 

  • Sagarana (1946);
  • Grande Sertão: Veredas (1956); 
  • Primeiras Estórias (1962). 

Em 1967, ano de sua morte, Guimarães Rosa entrou na Academia Brasileira de Letras. 

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)

Carlos Drummond de Andrade é considerado um dos maiores poetas brasileiros. Nascido em Itabira, Minas Gerais, em 1902, se formou em Farmácia e iniciou sua carreira literária, nos anos 1920, quando fundou uma revista modernista. Trabalhou no Ministério da Educação do governo de Getúlio Vargas, entre 1934 e 1945. 

Suas principais obras são:

  • Brejo das Almas (1934);
  • Sentimento do Mundo (1940);
  • Rosa do Povo (1945);
  • Claro Enigma (1951);
  • Lição de Coisas (1962);
  • As Impurezas do Branco (1973). 

Embora também tenha escrito textos narrativos, contos e crônicas, se destacou na poesia. 

Clarice Lispector (1920-1977)

Clarice Lispector nasceu em 1920 em uma aldeia ucraniana chamada Chechelnyk. Veio ainda criança para o Brasil, sua família fugiu da perseguição a judeus na Ucrânia. A família Lispector, primeiro se estabeleceu em Maceió e depois no Recife. Embora tenha nascido na Europa, Clarice sempre se considerou brasileira. 

Suas principais obras são:

  • Perto do Coração Selvagem (1943); 
  • A Paixão Segundo G. H. (1964);
  • Água Viva (1973);
  • Um Sopro de Vida (1978);
  • A Hora da Estrela (1977).

Estudou Direito no Rio de Janeiro, trabalhou como jornalista e tradutora. Posteriormente passou a se dedicar à literatura. 

Mário de Andrade (1893-1945)

Além de ser um grande escritor, Mário de Andrade, foi músico e estudioso da cultura e do folclore brasileiros. Teve participação decisiva para a realização da Semana de Arte Moderna de 1922. 

Suas principais obras são:

  • Paulicéia Desvairada (1922);
  • Losango Cáqui (1926); 
  • Amar, Verbo Intransitivo (1927); 
  • Macunaíma (1928); 
  • Contos Novos (1947).

Foi o primeiro diretor do Departamento de Cultura do Município de São Paulo. 

Graciliano Ramos (1892-1953)

A vida de Graciliano Ramos foi repleta de acontecimentos que renderiam um romance. Ele foi prefeito de uma cidade do interior de Alagoas, mas renunciou ao cargo. Também foi diretor da Imprensa Oficial de Alagoas e fundou uma escola. 

Suas principais obras são:

  • Caetés (1933);
  • São Bernardo (1934); 
  • Angústia (1936);
  • Vidas Secas (1938). 

Em 1936, foi preso sob a acusação de envolvimento com a militância comunista. Nos 11 meses de prisão escreveu e publicou, com o auxílio de amigos, a obra “Angústia”. 

Manuel Bandeira (1886-1968)

Um dos principais nomes do modernismo brasileiro. A leitura do seu poema “Os Sapos”, na abertura da Semana de Arte Moderna, em 1922, gerou grande polêmica. Seu trabalho tem a sátira e a crítica como suas bases.

Suas principais obras são:

  • Carnaval (1919);
  • Libertinagem (1930);
  • Lira dos cinquent’anos (1940). 

Foi eleito para ocupar a cadeira número 24 da Academia Brasileira de Letras, em 1940. 

Lima Barreto (1881-1922)

A obra literária de Lima Barreto somente recebeu o reconhecimento devido após a sua morte. Seu trabalho, em grande parte, era ignorado devido à discriminação racial que ele sofria. Anarquista e um ferrenho crítico da imprensa e da corrupção, Barreto incluiu em suas obras algumas denúncias sociais.

Suas principais obras são: 

  • Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909);
  • Triste Fim de Policarpo Quaresma (1911);
  • Clara dos Anjos (publicado postumamente em 1948).

Na década de 1910, tornou-se alcoólatra e foi internado duas vezes no manicômio Nacional. Tentou três vezes ingressar na Academia Brasileira de Letras, mas não conseguiu. 

Cecília Meireles (1901-1964)

A obra de Cecília Meireles é reconhecida como uma das mais significativas da poesia em língua portuguesa do século passado. Trabalhou como professora da Universidade do Distrito Federal e também nos Estados Unidos, em 1940. 

Suas principais obras são:

  • Viagem (1938);
  • Vaga Música (1942);
  • Romanceiro da Inconfidência (1953).

O livro “Viagem” foi premiado pela Academia Brasileira de Letras, em 1938. Isso fez de Cecília Meireles a primeira mulher a receber tal reconhecimento. 

Jorge Amado (1912-2001)

Jorge Amado é provavelmente o escritor brasileiro mais popular de todos os tempos. As suas obras já foram traduzidas para 49 idiomas. Foi premiado dentro e fora do Brasil. Alguns de seus livros foram adaptados para a televisão e o cinema.

Suas principais obras são: 

  • Capitães da Areia (1937);
  • Gabriela, Cravo e Canela (1958); 
  • Tocaia Grande (1984);
  • Tieta do Agreste (1977). 

Ocupou a cadeira número 23 na Academia Brasileira de Letras, que pertenceu a José de Alencar. 

João Cabral de Melo Neto (1920-1999)

João Cabral de Melo Neto dizia que para se tornar poeta precisou “desaprender” a rígida estrutura do soneto. Ele definia sua poesia como sendo, uma “poesia com textura áspera”. 

Suas principais obras são: 

  • Pedra do Sono (1942);
  • Morte e Vida Severina (1955);
  • A Educação pela Pedra (1966).

Recebeu o Prêmio Jabuti em 1967 pela obra “A Educação pela Pedra”. Em 1968, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. 

Aproveite essas excelentes dicas de leitura! Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!

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