Quando o número de nascimentos cai e a expectativa de vida aumenta, surge um fenômeno conhecido como envelhecimento populacional. Praticamente todos os países do mundo estão passando por esse processo, em maior ou menor grau.
Compreender a relação do envelhecimento da população em relação a demografia é fundamental para quem está se preparando para o Enem e vestibulares.
Uma situação comum a quase todos os países do mundo é a redução de natalidade e o prolongamento da expectativa de vida. A diferença entre essas nações está no ritmo com que essa queda e aumento, respectivamente, estão acontecendo.
A soma desses dois fatores leva ao processo de envelhecimento populacional global. Essa nova situação traz inúmeras consequências econômicas.
Em linhas gerais, o envelhecimento populacional é um fenômeno demográfico resultante da queda da taxa de fecundidade. Não necessariamente a queda da taxa de mortalidade tem relação. O envelhecimento da população se dá na medida em que se tem maior número de idosos. Isso acontece devido à redução do número de nascimentos, ou seja, há uma taxa de fecundidade menor.
Precisamos ressaltar que há outros fatores que contribuem para esse fenômeno crescente. O Brasil, por exemplo, teve sua expectativa média de vida elevada nos últimos anos. A média atual está em 76,7 anos. Atualmente, há mais acesso à informação, educação, qualidade de vida e saúde.
A combinação desses elementos leva ao processo de envelhecimento populacional mais saudável. A população que tem mais acesso à saúde e informação se cuida mais e envelhece com menos dificuldade. No Brasil, nossa sociedade vem experimentando esse envelhecimento populacional com mais saúde e durabilidade.
O fato da população estar envelhecendo gera uma série de mudanças estruturais na sociedade que, por sua vez, acarretam em algumas consequências. Podemos citar como um benefício desse fenômeno as melhores condições políticas e sociais da população. No entanto, nem todas as consequências são de caráter positivo.
Quando uma sociedade passa pelo processo de envelhecimento, precisa estar pronta para as novas demandas econômicas e sociais que terá. Um dos tópicos de maior preocupação nesse contexto é a política previdenciária.
Com mais idosos será necessário investir mais em aposentadoria e assistência social. A idade mínima para se aposentar precisa ser definida com mais critérios. Há maior urgência ainda na proteção social, entre outros pontos.
As demandas específicas da população mais velha também precisam ser colocadas em pauta. O envelhecimento populacional não é algo simples de gerenciar e nem barato. Com um número mais alto de idosos, se mostra essencial investir mais em amparo para essas pessoas.
Certamente, uma das consequências que mais chamam a atenção no âmbito do envelhecimento populacional é o desequilíbrio gerado. Há muito mais idosos do que indivíduos da chamada população econômica ativa (PEA).
Em alguns países já é uma realidade a sociedade composta por uma população majoritariamente idosa. Nesses casos, a população responsável pela geração de riquezas é menor.
O envelhecimento populacional global já é uma realidade observável desde o século XIX. As últimas décadas foram marcadas pelo processo de envelhecimento de populações de países subdesenvolvidos. Os países com menos recursos apresentaram queda nas taxas de natalidade e fecundidade. Em contrapartida, a expectativa de vida da população aumentou.
Inicialmente, esse fenômeno demográfico foi percebido em países desenvolvidos no período entre os séculos XIX e XX. Essa mudança está relacionada especialmente pela melhora da qualidade de vida das pessoas. As cidades se tornaram urbanizadas, a higiene pessoal se tornou mais difundida, assim como o saneamento básico e o acesso a uma alimentação balanceada. Esses fatores corroboram para uma vida mais longa e próspera.
A partir da década de 1960, os países subdesenvolvidos passaram a contar com essas melhores condições de vida, tendo a sua expectativa de vida prolongada. É por isso que o seu envelhecimento populacional está ocorrendo agora.
No continente europeu, o envelhecimento populacional já é uma realidade consolidada. Em países como Holanda, Portugal, Reino Unido, Espanha, Itália e Bélgica esse processo avança a passos largos. Essas nações têm sistemas previdenciários que consomem grande parte dos seus PIB. Tendo mais idosos do que população economicamente ativa, torna-se complicado alcançar o equilíbrio.
Em sociedades que têm o envelhecimento populacional destacado existe uma série de dificuldades para contornar os custos previdenciários. Também é necessário pensar em como amparar essa população. Algumas políticas vêm sendo adotadas na Europa com o objetivo de reverter esse quadro com destaque para:
– Incentivo da imigração para aumentar a população economicamente ativa;
– Oferta de bolsas financeiras;
– Incentivo para que os casais tenham um ou mais filhos;
– Aumento das oportunidades de renda e trabalho.
A população brasileira absoluta aumentou consideravelmente desde os anos 1970. O número de idosos vem crescendo, nos encaminhando para o envelhecimento da população. Condições sociais e políticas focadas no amparo contribuem para esse processo.
Algumas medidas podem ajudar a contornar e gerenciar o envelhecimento populacional de forma mais efetiva. Confira a seguir:
– Planejamento familiar mais eficiente;
– Melhora do sistema previdenciário através de investimentos;
– Políticas de amparo aos idosos;
– Inclusão da população idosa no mercado de trabalho;
– Política de prevenção de doenças;
– Planejamento para geração de renda para idosos.
O fenômeno do envelhecimento populacional deve ser encarado com seriedade e planejamento.