O agronegócio no Brasil é um setor econômico bastante forte, especialmente pela extensão territorial e condições climáticas do país. No artigo a seguir iremos explicar como funciona esse setor da economia e suas principais características no Brasil.
O setor econômico do agronegócio abrange atividades econômicas relacionadas à:
O termo foi criado na década de 1950, mas se tornou popular somente nos anos 1970, o ápice da Revolução Verde. Também fazem parte do universo do agronegócio:
O agronegócio abrange uma grande variedade de setores da economia, demonstrando sua força e relevância.
A base do agronegócio é constituída pelas médias e grandes propriedades rurais que oferecem alta produtividade em seus ramos (agricultura ou pecuária). A prática da monocultura (cultivo de somente um tipo de plantio) é frequente na agricultura. Há propriedades que investem nas duas modalidades, criação de gado e plantação.
Nas últimas décadas, o campo vem passando por um profundo processo de modernização. Em grande parte, esse processo é resultado do trabalho das grandes e médias propriedades. A partir da década de 1950, ocorreram diversas transformações científicas e tecnológicas que contribuíram para esse cenário.
Esse processo de modernização contempla:
Como explicamos acima, o agronegócio atual tem como suas principais bases a extensão das propriedades e a modernização dos processos produtivos. Esses dois fatores estão fortemente ligados a grandes investimentos de capital. Logo, a característica mais destacada do agronegócio é a concentração de renda e riquezas.
O ciclo de funcionamento do agronegócio pode ser dividido em três etapas:
O agronegócio é uma atividade econômica complexa de que participam praticamente todas as etapas da economia. Confira abaixo com mais detalhes cada uma das etapas desse processo de funcionamento.
O ciclo se inicia com a produção rural dos médios e grandes proprietários rurais. Eles atuam na criação de gado, extração vegetal, plantação de lavouras, entre outros.
Na sequência do ciclo temos o envolvimento das indústrias que fornecem itens como:
Fechando o ciclo temos o setor de atividades comerciais e logísticas que incluem tarefas como:
Precisamos destacar que embora esteja incluso no ciclo do agronegócio, o setor de comércio, não pode ser definido como agronegócio. Trata-se de um integrante da cadeia produtiva.
O Brasil é o quinto maior país em extensão territorial do mundo. Ao longo de seu amplo território, possui uma grande diversidade de recursos naturais como biomas, solos férteis, hidrografia entre outros. Por esses motivos, se constitui em um dos principais agentes do agronegócio mundial.
O país possui os maiores rebanhos de gado, galináceos e suínos do planeta. Para se ter uma ideia, esses rebanhos são responsáveis por alimentar um sexto da população mundial, segundo o Ministério da Agricultura.
Além de ser forte na pecuária, o agronegócio brasileiro, também se destaca na produção agrícola. Nosso país é um dos líderes no ranking internacional de produção de soja, cana-de-açúcar e laranja.
A estimativa da produção de grãos brasileira, para 2027, é de 335 milhões de toneladas. Esse número representa um aumento de pouco mais de 25% se comparado com a safra de 2018, de 232 milhões.
No Brasil, a soja e o milho estão entre os grãos de maior destaque na produção. Para se ter uma ideia, em 2019, a produção chegou a 38 milhões de toneladas de soja e 16 milhões de toneladas de milho.
A maior parte dessa produção acontece no Centro-Oeste do Brasil, especialmente no estado de Mato Grosso. Esse estado possui o maior número de cabeças de gado do país, mais de 30 milhões. Também é líder no cultivo de soja.
Uma das principais vantagens do agronegócio é o aumento da produção de alimentos e produtos do campo como vinhos, óleos, tecidos, entre outros. Esse aumento é um reflexo do processo de modernização do campo.
O aumento da produção é fundamental para atender a uma demanda alimentícia cada vez maior, haja vista que a população vem crescendo. Porém, esse aumento da produção não alcança todos os lugares.
Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a cada quatro segundos uma pessoa morre de fome no mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 870 milhões de pessoas se encontram em estado de subnutrição no mundo.
O aumento da produtividade, decorrente da modernização, ainda se reflete num alto custo ambiental. Dentre as principais consequências ambientais estão o desmatamento e a contaminação do solo. Também há consequências sociais como o desemprego, o êxodo rural, propagação de doenças por alimentos contaminados, entre outros.
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