O Dia Mundial sem Carne (Farm Animal Rights Movement) é celebrado no dia 20 de março como uma data de protesto. O movimento é uma iniciativa da ONG Farm (Farm Animal Rights Movement), organização sem fins lucrativos de defesa dos direitos dos animais e veganismo, desde 1976. Essa data existe desde 1985.
O Dia Mundial sem Carne, iniciativa da ONG Farm, existe desde 1985 como uma data-protesto que amplia o alcance da mensagem vegana. Esse evento tem como objetivo promover a reflexão das pessoas a respeito de deixar produtos de origem animal de fora dos seus pratos.
Ao longo das décadas de existência, essa data, defende que as pessoas deixem o hábito de comer carne. Anualmente, adeptos e simpatizantes do veganismo e vegetarianismo, dos Estados Unidos e mais de 20 outros países, prestam homenagem aos animais.
As manifestações visam conscientizar e potencializar ações focadas em uma dieta sem violência animal. No dia 20 de março, há também um trabalho de alerta sobre o impacto que o consumo de carne tem no meio ambiente. É feito ainda o reforço de como uma alimentação baseada em legumes, frutas, grãos e verduras é mais saudável.
As celebrações do Dia Mundial sem Carne visam divulgar a mensagem de uma alimentação sem base animal e mais saudável. Nessa data são realizadas atividades, dentre as quais estão: debates e exposições, festivais e degustações. A data faz parte do calendário vegetariano brasileiro.
A SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira) realiza ações conjuntas com mais de 20 restaurantes, espalhados por todo o país, desde 2014. Uma das ações mais realizadas nessa data é a de oferecer descontos de até 20% para todos os clientes que optarem por algum dos pratos selecionados.
A escolha do dia 20 de março como data do Dia Mundial sem Carne não foi feita por acaso. Esse dia foi escolhido por ser o início de uma nova estação do ano, outono no hemisfério sul e primavera no hemisfério norte.
Assim, se passa a mensagem de que é possível iniciar um recomeço e uma chance para a alimentação vegana.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência, em 2018, 14% da população brasileira se declarava vegetariana. O percentual sobe para 16% nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife. Houve um crescimento de 75% em relação a 2012, quando somente 8% da população se declarava vegetariana.
O crescimento do vegetarianismo é uma tendência mundial, em especial após a ocorrência da pandemia de Covid-19. As pessoas estão mais preocupadas com a sua saúde, especialmente com os alimentos que estão em seus pratos. O Brasil tem observado o reflexo dessas escolhas alimentares dos consumidores.
Segundo uma pesquisa intitulada O Consumidor Brasileiro e o Mercado de Plant-based, os brasileiros vêm buscando opções mais saudáveis para seus pratos. As receitas têm menos proteína animal e mais proteínas alternativas. Esse hábito recebe o nome de flexitarianismo e cresceu de 29%, em 2018, para 50% em 2020.
Em 2020, foram divulgados dados, através do Projeto Colabora, sobre o mercado global de alimentos. O estudo observou uma redução de 3%, em torno de 9,5 milhões de toneladas, no consumo mundial de carne. Esse é o nível mais baixo desde o começo do século XXI.
Dentre as possíveis razões estão as inúmeras denúncias de contaminação por Covid-19 de frigoríficos em diferentes países. Podemos citar ainda as denúncias pertinentes à qualidade da carne em si que eclodiram nos últimos anos. São fatores que impactam as escolhas dos consumidores.
A segunda-feira sem carne é outra ação que tem destaque à mesa e fora dela. Cada vez mais restaurantes estão aderindo ao movimento de conscientização da alimentação livre de produtos de origem animal. Trata-se de uma ação de ter alguns dias reservados somente para pratos sem carne, pelo menos uma vez por semana.
Além de divulgar os impactos que o consumo de carne traz para o planeta, esse movimento ajuda a desmistificar a comida vegetariana e vegana. É uma possibilidade de oferecer proteína vegetal ao invés de proteína animal para que esses consumidores possam provar e descobrir se gostam ou não.
A segunda-feira sem carne foi criada em 2003, nos Estados Unidos, e já está presente em mais de 40 nações como o Reino Unido. Inclusive, entre os britânicos o destaque fica para o apoio do ex-Beatle Paul McCartney.
A campanha chegou ao Brasil, em outubro de 2009, através da SVB e tem o apoio de empresas, personalidades e governos. Algo interessante é que a segunda-feira sem carne do Brasil é considerada a maior do mundo. Para se ter uma ideia, em 2018, foram oferecidas 67 milhões de refeições. Em 2019, foram mais de 42 milhões de refeições.
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