A educação inclusiva é um dos grandes desafios da educação pública no Brasil. Para haver inclusão é essencial oferecer uma formação mais ampla para os professores. Também é preciso criar uma boa rede de apoio entre os alunos, famílias, docentes, gestores escolares e profissionais de saúde.
Iniciativas que visam à inclusão social e escolar de pessoas com necessidades especiais no Brasil são essenciais para remediar a segregação de pessoas. Inclusive esse tipo de medida visa alcançar o pleno desenvolvimento. Havia, até o início dos anos 2000, dois tipos de serviços no sistema educacional brasileiro:
Os alunos frequentavam uma ou outra. No entanto, na última década o sistema mudou adotando uma proposta mais inclusiva em que existe somente um tipo de escola: a regular. Essa escola acolhe todos os estudantes, para isso possui recursos adequados às diferentes necessidades para driblar barreiras de aprendizagem.
Em linhas gerais, a educação inclusiva abrange a educação especial dentro da escola regular transformando a escola em um espaço para todos. Há o favorecimento da diversidade na medida em que todos os alunos podem apresentar necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar.
Contudo, existem necessidades que impactam significativamente no processo de aprendizagem. Essas necessidades demandam uma atitude específica da escola como o uso de recursos especiais e apoio especializado. Resumidamente, a educação inclusiva refere-se a educar as crianças num mesmo contexto escolar.
A adoção desse tipo de Educação não significa que as dificuldades dos estudantes são negadas. Ao contrário, as diferenças não são mais vistas como problemas e sim diversidade, ampliando os horizontes. Essa variedade pode amplificar a visão de mundo criando boas oportunidades de convivência.
Um dos recursos mais relevantes para combater as barreiras de acesso de estudantes portadores de necessidades especiais é o desenvolvimento de um projeto pedagógico inclusivo. Há diversos fatores e dimensões da escolarização que podem impedir o pleno acesso dos alunos ao ensino.
Para haver realmente um projeto inclusivo é necessário que a diversidade humana seja abordada, assim como as diferenças individuais. A escola não deve somente receber a matrícula desses alunos, precisa estar adequada para atender às suas demandas. Crianças e jovens devem ter acesso à aprendizagem através de possibilidades diversas.
Alguns pontos essenciais de um projeto pedagógico inclusivo:
A formação dos professores para promover a inclusão também é de grande importância. Os professores precisam estar preparados para atender às necessidades desses estudantes. A construção do saber deve considerar as experiências e as práticas acumuladas. A formação continuada é determinante para uma prática profissional.
Inclusão é um conceito que faz parte da construção de uma sociedade mais democrática e cidadã. O projeto pedagógico norteia a ação dos alunos explicitando a política educacional através do compromisso com a formação dos alunos. Ações que possibilitem a inclusão social também são determinantes.
A flexibilização na escola inclusiva é essencial para ajustar o ensino para atender as demandas dos estudantes. As adaptações não podem representar a criação de segregação ou exclusão. As flexibilizações devem ser adequações na prática pedagógica que estejam a serviço de apenas uma premissa para diferenciar meios e igualar direitos.
Um dos principais desafios para a construção de uma escola mais inclusiva está em avançar na valorização da diversidade sem deixar o comum de lado. Ao enfatizar aquilo que diferencia podemos levar à construção de um cenário de intolerância. A exclusão nasce exatamente desse tipo de atitude.
Dentre as medidas que podem gerar esse sentimento de intolerância está a criação de currículos paralelos para diferentes culturas ou para atender necessidades especiais. Um projeto inclusivo demanda uma atitude positiva e disponibilidade do professor na criação de uma atmosfera de acolhimento.
Crianças com necessidades especiais deveriam contar com uma rede contínua de apoio. Essa rede deve oferecer desde a menor das ajudas até a mais significativa. Podem ser citados grupos de apoio à aprendizagem dentro da escola que se expandem até o necessário.
A rede de apoio começa a ser construída na própria escola, tanto na equipe quanto na gestão escolar. Um aluno com necessidades especiais não deve ser visto somente como responsabilidade do professor, mas sim de todos os integrantes do processo. Os professores devem ter momentos em que possam manifestar dúvidas e incertezas.
As necessidades dos docentes devem ser legitimadas para que a equipe gestora possa organizar os espaços para acompanhar os alunos. A equipe deve compartilhar os relatos e as condições de ensino que possuem. Tais ações contribuem para que sejam produzidos assuntos para estudos e pesquisa.
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