Alguns verbos geram dúvidas em relação à sua regência, podendo até mesmo alterar os sentidos das frases. O estudo da regência verbal é essencial para interpretar corretamente o que nos dizem ou escrevem. Também contribui para termos uma comunicação mais efetiva.
Regência verbal: confira alguns verbos que geram dúvidas
Provavelmente você já teve dúvidas a respeito de regência verbal. Esclarecer essas questões é essencial, pois a regência pode levar a mudança de sentidos nas frases. O estudo da regência verbal em casos especiais é interessante para ter uma interpretação correta.
Pensando nessas dificuldades, listamos alguns dos verbos que mais causam dúvidas em relação a sua regência. Confira qual é a forma de regência verbal correta e saiba como usar esses verbos em seus textos.
Verbo: agradar (transitivo direto ou indireto)
Objeto direto: acariciar. Exemplo: “Agrada a mãe em todos os seus aniversários”.
Objeto indireto: ser agradável. Exemplo: “Suas falas não agradam esse público”.
Verbo: aspirar (transitivo direto ou indireto)
Objeto direto: inspirar o ar. Exemplo: “No campo aspirei um ar muito mais puro do que na cidade”.
Objeto indireto: desejar algo, ser ambicioso. Exemplo: “Aspiro chegar ao cargo de diretor dessa empresa”.
Verbo: assistir (transitivo direto, indireto ou intransitivo)
Objeto direto ou indireto: auxiliar, ajudar. Exemplos: “O enfermeiro assiste o paciente às 15h”. / “O enfermeiro assiste ao paciente às 15h.”.
Objeto indireto: ver, presenciar. Exemplo: “Assistimos à apresentação da escola da Raquel”.
Objeto indireto: caber, pertencer. Exemplo: “Esse novo departamento assiste ao contador”.
Intransitivo: morar, residir. Exemplo: “A humildade e a esperança assistem em pessoas boas”.
Verbo: chamar (transitivo direto ou indireto)
Objeto direto: vir, mandar, solicitar a presença. Exemplo: “A diretora chamou os funcionários”. Exemplo regido pela preposição por: “Ela chamou por nós”.
Objeto indireto: chamar pelo nome, dar apelido. Exemplos: “Chamaram o garoto de balão. / “Chamaram-no de balão” / “Chamaram o menino de balão”.
Objeto direto: pressupor, dar a entender. “Sua dedicação implicará em crescimento e ótimos resultados”.
Objeto direto e indireto: envolver, comprometer. Exemplo: “O discurso de Fabiano o implicou nesse processo”.
Objeto indireto: antipatizar. Exemplo: “Lara implicava com a colega de departamento que foi demitida”.
Verbo: precisar (transitivo direto e indireto)
Objeto direto: indicar de forma precisa. Exemplo: “O suspeito precisou o local em que ocorreu o crime”.
Objeto indireto: necessitar seguido da preposição de. Exemplo: “Gabriel precisa de sua ajuda”.
Verbo: querer (transitivo direto ou indireto)
Objeto direto: permitir, desejar. Exemplo: “Quero pedir-lhe sua atenção para me explicar”.
Objeto indireto com a preposição “a”: ter afeto, gostar. Exemplo: “Quero muito bem a todos nessa turma, mas não voltarei a ministrar as aulas”.
Verbo: reparar (transitivo direto ou transitivo indireto)
Objeto direto: consertar. Exemplo: “Somente o técnico pode reparar o computador agora”.
Objeto indireto seguido de preposição “em”: prestar atenção. Exemplo: “Ela reparou na (em+a) jaqueta nova dele”.
Verbo: visar (transitivo direto ou indireto)
Objeto direto: apontar, mirar, pôr visto. Exemplo: “Luís visou o centro do alvo e acertou todos os dardos”.
Objeto indireto (complemento precedido de preposição “a”): ter em vista, ter por objetivo. Exemplo: “Essas medidas visam controlar os ânimos do grupo”.
Confira mais dicas!
Acima apresentamos os verbos que costumam gerar dúvidas quanto a sua regência verbal. A seguir apresentaremos outras fontes de dúvidas quando se trata de verbos em português.
Afinal, é vimos ou viemos?
As duas formas do verbo “vir” estão corretas, mas é importante saber quando usar uma e quando usar a outra.
Usamos “vimos” para nos referir a uma ação do presente. Exemplo: “Hoje vimos para tentar falar com o diretor”.
Usamos “viemos” quando estamos falando sobre uma ação do passado. Exemplo: “Ontem viemos aqui e não encontramos o diretor”.
O correto é: “Se eu a vir” ou “Se eu a ver?”
A forma correta do verbo “ver” nesse caso é “Se eu a vir”. Em frases que são introduzidas por vocábulos “se” ou “quando”, o verbo “ver” assume as formas:
Vir;
Vires;
Virmos;
Virem.
É incorreto dizer:
“Se eu a ver, direi a verdade”.
“Se veres Luciano, diga a ele que preciso me desculpar”.
“Quando ele ver a mãe ficará emocionado”.
“Quando nos vermos, falaremos de tudo”.
“Quando eles me verem aqui, se surpreenderão”.
O correto é:
“Se eu a vir, direi a verdade”.
“Se vires Luciano, diga a ele que preciso me desculpar”.
“Quando ele vir a mãe ficará emocionado”.
“Quando nos virmos, falaremos de tudo”.
“Quando eles me virem aqui, se surpreenderão”.
O correto é “premia” ou “premeia”?
Seria correto dizer “Deus premia os bons” ou então “Deus premeia os bons”? O correto é “Deus premia os bons”.
Verbos terminados em “iar”, na terceira pessoa do singular do presente do indicativo, ficam com a terminação “ia”. Confira os exemplos:
Agenciar – ela agencia;
Negociar – ele negocia;
Premiar – ela premia;
Sentenciar – ele sentencia;
Silenciar – ela silencia;
Variar – ele varia.
Confira as exceções em cinco verbos:
Ansiar – ela anseia;
Incendiar – ele incendeia;
Mediar – ela medeia;
Odiar – ele odeia;
Remediar – ela remedeia.
Tirou suas dúvidas sobre esses verbos? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag!